GRI 304-1 – Unidades operacionais próprias, arrendadas ou geridas dentro ou nas adjacências de áreas de proteção ambiental e áreas de alto valor de biodiversidade situadas fora de áreas proteção ambiental
Para identificar e monitorar possíveis Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), a Bracell realiza diagnósticos que avaliam os atributos biológicos, ecológicos, sociais e culturais de cada local. Com a expansão das atividades florestais, a empresa está revisando as potenciais AAVCs com base em critérios e premissas estabelecidos pela Proforest, organização sem fins lucrativos que apoia empresas, governos e outras organizações na implementação de seus compromissos com a produção e compra responsáveis de commodities agrícolas e produtos florestais.
AAVCs no estado de São Paulo
- Fazenda Nova América, em Cabrália Paulista (117,74 hectares – AVC 1): possui alta concentração de biodiversidade, incluindo espécies endêmicas, raras e ameaçadas, como a canela-sassafráz (Ocotea odorifera) e a raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus).
- Fazenda Rio Verde, em Bauru (190,40 hectares – AVC 2): abriga o maior fragmento de Cerradão em um raio de 2 km, sendo um ecossistema crucial para a manutenção da diversidade biológica em nível regional.
AAVCs no estado da Bahia
- Fazenda Santo André, em Aramari (229,83 hectares – AVCs 1 e 3): localizada em um enclave de Cerrado entre os biomas Caatinga e Mata Atlântica, tem finalidade extrativa, com alto valor de biodiversidade, mas fora da área de proteção ambiental, abriga espécies como angelim-rasteiro (Andira humilis) e batuqueiro (Saltatricula atricollis), além de felinos como gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae), gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e jaguatirica (Leopardus pardalis). Apesar de sua relevância ecológica, a área não está incluída em nenhuma lista oficial de proteção ambiental.
- Fazenda Jaboticaba, em Jandaíra (197,05 hectares – AVCs 1 e 3): Reserva de Mata Atlântica que abriga ecossistemas como floresta ombrófila densa, restinga e muçununga. Entre as espécies registradas estão Cabeça-de-frade-violeta-da-praia (Melocactus violaceus), Anambé-de-asa-branca (Xipholena atropurpurea) e Guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai).
- Fazenda Raiz, em Água Fria (675,77 hectares – AVCs 1 e 3): localizada no agreste baiano, conserva importantes espécies da Caatinga, incluindo a única população registrada de gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae), espécie de felino endêmica do Brasil.
- RPPN Lontra, nos municípios de Itanagra e Entre Rios (1.378,16 hectares – AVCs 1,2 e 3): é a maior reserva privada do litoral norte da Bahia, com alto valor de biodiversidade, abrigando uma rica diversidade herpetológica e ornitológica. Entre as espécies monitoradas estão macaco-prego-do-peito-amarelo (Sapajus libidinosus), sapo-foguete (Allobates olfersioides) e papa-taoca-da-bahia (Pyriglena atra). A área, que possui operação extrativa fora da área de proteção ambiental está inserida no Plano Nacional de Espécies Ameaçadas (PAN Preguiça-de-coleira e Ouriço-preto), reforçando sua importância na conservação da biodiversidade e na proteção de espécies ameaçadas.
Em relação às RPPN localizadas na Bahia, são realizadas operações de manejo da Bracell em áreas adjacentes. A RPPN Pedra do São José II está localizada em área de plantio de eucalipto.
A Bracell segue rigorosos protocolos ambientais para minimizar impactos e preservar os atributos ecológicos das regiões onde está inserida. A gestão inclui o monitoramento contínuo da fauna e flora, além da implementação de práticas sustentáveis para garantir a integridade dos ecossistemas e a manutenção dos serviços ambientais essenciais dessas áreas de alto valor ecológico.
RPPN Lontra
A RPPN Lontra é a maior reserva ambiental particular do litoral norte da Bahia, com 1.378,16 hectares, antigo remanescente de floresta ombrófila que abriga uma vasta biodiversidade, sendo a área com mais diversidade herpetológica e ornitológica monitorada pela Companhia na Bahia. A área está inserida no Plano Nacional de Espécies Ameaçadas, reforçando sua importância na conservação da biodiversidade.
Em 2024, construímos uma trilha ecológica na reserva para receber com acessibilidade a comunidade local para visitação agendada.