GRI 3-3 Gestão do tema material Biodiversidade e Ecossistemas
A preservação das florestas e da biodiversidade é parte indissociável de nosso negócio. Em nossas operações florestais, adotamos estratégias voltadas à proteção da vegetação nativa e da biodiversidade nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, onde estão localizadas as áreas sob nossa gestão (leia mais no conteúdo GRI 304-1).
Nossa celulose é produzida a partir de plantações certificadas de eucalipto, cultivadas de forma responsável em áreas que se intercalam com vegetação nativa destinada à conservação, promovendo equilíbrio ecológico e conservação da biodiversidade local por meio do manejo em mosaicos.
Como parte do compromisso firmado por meio do Bracell 2030, buscamos ampliar nosso impacto positivo sobre a biodiversidade e paisagens naturais. Nossa meta é apoiar a conservação de 230 mil hectares de matas nativas em áreas públicas até 2025, a partir de parcerias firmadas com os governos dos estados onde atuamos. Em 2024, atingimos 187 mil hectares, distribuídos entre unidades de conservação nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, cumprindo plenamente a meta planejada para o ano.
Além disso, investimos em pesquisa científica para conservação da biodiversidade. Em 2024, apoiamos oito projetos de pesquisa com foco em preservação ambiental, cumprindo a meta anual de oito iniciativas.
Outro destaque é nosso compromisso de dobrar o número de áreas certificadas por órgãos ambientais para a soltura de animais silvestres em florestas nativas sob gestão da empresa, alcançando o total de seis ou mais áreas até 2030. Encerramos 2024 com quatro áreas certificadas na região Nordeste, incluindo biomas da Mata Atlântica e, mais recentemente, da Caatinga. São elas:
- Mata Atlântica (baseline 2022):
- Fazenda Cachoeira (Entre Rios, Bahia)
- Fazenda Sergipe (Jandaíra, Bahia)
- RPPN Lontra (Entre Rios, Bahia)
- Caatinga (certificada em 2024):
- Fazenda Raiz (Água Fria, Bahia)
A Fazenda Raiz, localizada em Água Fria (BA), é a primeira área certificada do bioma Caatinga. Ao todo, em 2024, foram 476 animais silvestres soltos nas quatro áreas certificadas para soltura sob gestão da empresa, reafirmando nosso compromisso com a proteção da fauna nativa e a recuperação dos ecossistemas nos quais atuamos.
Plano 2030 de monitoramento da biodiversidade
Para a meta de proteção de espécies endêmicas e ameaçadas, executamos o primeiro ano de nosso plano de ação, realizado em áreas prioritárias de conservação da Bracell. Em 2024:
- Realizamos workshop com especialistas para definição das premissas – métricas e metodologia – do projeto;
- Definimos as áreas prioritárias para conservação da Bracell, localizadas nos municípios de Oriente (SP), Santa Rita do Pardo (MS) e Esplanada (BA);
- Definimos as áreas de referência para parâmetros comparativos entre as condições de hábitat e composição de espécies– localizadas nos municípios de Gália (SP), Três Lagoas (MS) e Itanagra (BA).
Principais práticas para preservação da biodiversidade
A biodiversidade e os ecossistemas são temas materiais para a Bracell e estratégicos na visão dos nossos stakeholders. Nosso compromisso com a conservação ambiental se reflete em uma gestão estruturada, baseada em políticas, programas e práticas operacionais que visam proteger e recuperar os recursos naturais nas regiões em que atuamos.
Nossa abordagem para gestão do tema material inclui ações voltadas para:
- Preservação e recuperação de áreas florestais;
- Proteção de espécies da fauna e da flora;
- Prevenção de incêndios florestais;
- Desmatamento zero.
Essas práticas de gestão integram a Política de Sustentabilidade da Bracell e procedimentos internos do nosso Sistema Integrado de Gestão. Os procedimentos internos apresentam diretrizes para garantir a efetividade dessas ações, com execução de práticas de manejo florestal sustentável alinhadas aos padrões internacionais de certificações florestais, assegurando a conservação dos ecossistemas e a conformidade com a legislação.
Para garantir a efetividade dessas ações, adotamos práticas de manejo florestal sustentável, alinhadas aos padrões internacionais de certificações florestais, assegurando a conservação dos ecossistemas e a conformidade com os mais altos padrões ambientais.
Em nossas operações, implementamos estratégias específicas para a proteção da vegetação nativa e da biodiversidade nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica – ecossistemas que abrigam grande diversidade biológica.
Todas essas diretrizes estão formalizadas na nossa Política de Sustentabilidade, que orienta nossas decisões e reforça o compromisso da Bracell com a proteção da natureza como parte essencial do nosso modelo de negócios.
Conheça as principais práticas adotadas pela Bracell para preservar a biodiversidade e os ecossistemas:
- Não realizamos conversão de áreas de floresta nativa para plantio do eucalipto. Nossas operações florestais ocorrem em áreas já antropizadas, geralmente de pastagens de baixa produtividade e/ou degradadas ou previamente utilizadas por outras culturas agrícolas. Não operamos em áreas de conservação (Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal) nem em solos turfosos.
- Realizamos o plantio em mosaicos florestais, ou seja, intercalando áreas de plantações de eucalipto com áreas de vegetação nativa destinadas à conservação (nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), promovendo a formação de corredores ecológicos e, assim, favorecendo a biodiversidade, os serviços ecossistêmicos e as paisagens;
- Manejo do solo com ênfase na conservação de seus atributos físicos, químicos e biológicos, por meio da prática do cultivo mínimo;
- Manutenção de resíduos pós-colheita no solo, como cascas, ramos e folhas. Essa ação reduz o uso de fertilizantes químicos, aumenta a proteção do solo contra lixiviação e favorece o aumento dos teores de matéria orgânica no solo;
- Controle natural de pragas, com o Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIPD). Por meio da resistência genética e uso de inimigos naturais, promovemos mais equilíbrio ambiental. O controle químico somente é adotado como última alternativa;
- Proteção de áreas de conservação e da biodiversidade. Não operamos em áreas de vegetação nativa (Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal) nem em solos turfosos;
- A Bracell utiliza dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para georreferenciar todas as fazendas sob sua gestão. Essas informações são integradas ao sistema de informação geográfica, permitindo o cruzamento com outras bases, como unidades de conservação, zonas de amortecimento e áreas de proteção ambiental. Esse processo orienta os procedimentos operacionais em cada propriedade, considerando as restrições e condições dos planos de manejo.
- Destinamos mais de 30% das áreas de nossa operação florestal à preservação e conservação da vegetação nativa. A demarcação do uso de solo das fazendas é realizada a partir dos critérios estabelecidos no Código Florestal Brasileiro (Lei n° 12.651/2012).
- Temos o Programa de Restauração de Áreas Degradadas, que utiliza técnicas de plantio, melhorias na qualidade do solo e controle de processos erosivos para a recuperação de áreas degradadas.
Possuímos 4 RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no estado da Bahia, totalizando mais de 3 mil hectares de áreas de proteção integral. Entre elas, a RPPN Lontra, a maior área privada de preservação ambiental do litoral norte da Bahia, com 1.400 hectares, é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Metas e compromissos
Na gestão do tema material Biodiversidade e Ecossistemas, contamos com metas incluídas no Bracell 2030, parte do pilar Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade. São elas:
- Conservação de 230 mil hectares de matas nativas em áreas públicas de proteção ambiental nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul;
- Proteção de espécies endêmicas e ameaçadas em áreas prioritárias de conservação da Bracell;
- Apoio na reintrodução de animais na natureza, com o objetivo de ter pelo menos seis áreas certificadas para essa finalidade;
- Pesquisa científica sobre conservação da biodiversidade, por meio do apoio a pelo menos dez projetos de pesquisa por ano sobre conservação da biodiversidade.
Conheça o detalhamento de cada uma delas e os resultados obtidos em 2024 no conteúdo Bracell 2030.
Impactos e riscos
Realizamos um amplo levantamento dos impactos potenciais e reais (efetivos), positivos e negativos, relacionados ao tema material Biodiversidade e ecossistemas, com o objetivo de construir ações para mitigá-los.
Impactos | Detalhamento | Ocorrência |
Impactos potenciais negativos | Perda de espécies e populações de fauna e flora nativas. | Durante o monitoramento de biodiversidade, nenhum impacto foi observado até o presente momento, devido às boas práticas de manejo da Bracell. |
Impactos reais positivos | Melhora dos serviços ecossistêmicos dentro das florestas manejadas intercaladas com áreas de floresta nativa, proporcionando controle biológico natural às pragas e doenças, favorecendo espécies e populações de fauna e flora e trazendo benefícios para a sociedade. | Registramos melhora dos serviços ecossistêmicos. O impacto tem extensão abrangente e intensidade baixa. |
Impactos reais negativos | Distúrbios à fauna e flora devido à poluição sonora e luminosa (tráfego de veículos, uso de maquinários etc.). | Tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle externo para prevenir esse risco e minimizar seus impactos. |
Impactos reais negativos | Alteração na vegetação nativa, biodiversidade, microclima, paisagem e características do solo decorrente das atividades da empresa. | Tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle internos eficientes para mitigá-lo. |
Impactos reais negativos | Alteração da qualidade do solo proveniente de más práticas de manejo florestal. | Tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle internos eficientes para mitigá-lo. |
Compromisso Um-Para-Um
Iniciativa pioneira no setor de celulose no Brasil, o Compromisso Um-Para-Um estabelece que para cada 1 hectare de eucalipto plantado, a Bracell compromete-se a apoiar 1 hectare de áreas de conservação. O compromisso apoia a conservação de áreas sob gestão da Bracell e de áreas públicas por meio de parcerias com governos nos estados onde atuamos.
Em 2024, atingimos 98% da meta, o que representa 0,98 hectare de área conservada para cada hectare de plantio de eucalipto. Esse dado foi verificado de forma independente por terceira parte especializada.
Por ser um compromisso permanente, uma vez que seja atingido 100% da meta, o total de áreas destinadas à conservação ambiental seguirá crescendo, para manter a proporção um para um, conforme a expansão das áreas de plantio de eucalipto da Bracell, mesmo depois de 2025, garantindo assim o equilíbrio entre produção e preservação ambiental.
O avanço do Compromisso também contribui diretamente para o atingimento da meta de conservar 230 mil hectares de matas nativas em áreas públicas de conservação até 2025, definida no pilar Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade do Bracell 2030. Em 2024, nos comprometemos com a proteção e conservação de 186 mil hectares em áreas públicas, localizadas nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
0,97 ha de florestas nativas para cada 1 ha de floresta plantada de eucalipto em 2024
186 mil hectares em áreas públicas destinadas à conservação, parte das metas de Biodiversidade e Paisagens do Bracell 2030
Destaques de 2024
Por meio do Compromisso Um-Para-Um, a Bracell firmou novas parcerias em 2024, ampliando a área de abrangência da iniciativa e fortalecendo ações estruturantes de conservação em diferentes regiões do país.
Um dos principais avanços foi a celebração de um acordo de dez anos com o Governo do Mato Grosso do Sul, que contempla ações de preservação e conservação em quatro importantes unidades de conservação estaduais: Parques Estaduais Nascentes do Rio Taquari, Pantanal do Rio Negro, Prosa e Matas dos Segredos — que totalizam uma área de conservação de 116.087 hectares.
Também avançamos nas negociações com o Governo da Bahia, com foco na conservação de áreas de floresta no Parque de Pituaçu, localizado na Região Metropolitana de Salvador.
No estado de São Paulo, o Compromisso Um-Para-Um já contempla mais de 69 mil hectares, abrangendo 11 Unidades de Conservação, incluindo parques estaduais, estações ecológicas e refúgios de vida silvestre. Esses acordos são realizados em parceria com a Fundação Florestal de São Paulo e fazem parte de um plano de conservação de longo prazo.
As ações previstas no Compromisso Um-Para-Um são desenvolvidas de forma colaborativa com os parceiros locais, com base em uma estratégia de impacto estruturada em cinco frentes principais:
- Proteção territorial e prevenção de incêndios florestais;
- Restauração, monitoramento e manejo da biodiversidade;
- Capacitação e educação ambiental;
- Programa de zeladoria local, por meio do investimento da melhoria da infraestrutura dos parques;
- Inovação tecnológica aplicada à conservação.
Acordos de 10 anos com os governos dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul viabilizam a implementação de ações estruturantes por meio do Compromisso Um-Para-Um.
Iniciativas do Compromisso Um-Para-Um em 2024
Passagem de primatas | Construção de passagem superior de fauna na Estação Ecológica Barreiro Rico, no município de Anhembi (SP). | A estrutura reestabelece a conectividade de áreas que são atravessadas por uma estrada municipal. A passagem permite a circulação segura dos primatas e reduz riscos de atropelamento.
Cinco espécies de primatas ameaçadas são beneficiadas, entre as quais o muriqui-do-sul, maior primata das Américas, criticamente ameaçado de extinção. |
Monitoramento acústico | Monitoramento acústico de fauna no Parque Estadual Carlos Botelho e Nascentes do Paranapanema (SP) – ação em andamento. | Coleta de informações essenciais para a compreensão das variáveis ecológicas que influenciam a ocorrência das espécies, considerando fatores como o ciclo hidrológico.
Inovação na gestão e proteção da fauna nos parques estaduais, por meio da coleta de dados a partir do monitoramento acústico contínuo das espécies. |
Prevenção de incêndios | Construção de aceiros e estradas para apoio à gestão dos parques e estações ecológicas. | Criação de barreiras naturais a incêndios florestais, por meio de aceiros, auxiliando na contenção do fogo.
Facilitação do acesso às unidades de conservação, por meio da construção de estradas, contribuindo para a gestão dessas áreas e viabilizando rápido acesso a focos de incêndio. |
Prevenção de incêndios | Doação de equipamentos de combate ao incêndio para os brigadistas capacitados dos parques e estações ecológicas. | Equipamentos para controle de focos de incêndio, como motobombas. |
Combate a incêndios | Treinamentos de brigadistas em prevenção e combate a incêndios. | Capacitação das equipes das unidades de conservação dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. |
Coleta de sementes | Treinamento para coleta de sementes. | Capacitação da equipe do Jardim Botânico de Bauru (SP), a fim de contribuir para a coleta de sementes e produção de mudas do projeto de restauração e conservação de flora “De volta para casa: restauração e conservação da nossa flora”. |
Monitoramento de incêndios | Inclusão de três unidades de conservação no sistema de monitoramento de incêndios regional da Bracell em São Paulo. | Monitoramento das áreas por meio de câmeras 360° instaladas na base florestal da empresa e de um canal 24 horas, para recebimento de informações da comunidade local sobre focos de incêndio em áreas florestais. |
Controle de espécies exóticas invasoras | Análise geoespacial por meio de deep learning e do plano de controle da invasão da espécie de árvore Pinus spp. na Estação Ecológica de Itapeva (SP). | O controle de espécies exóticas invasoras é importante para preservação da biodiversidade, proteção dos ecossistemas locais e prevenção do impacto de espécies exóticas invasoras no desenvolvimento de plantas nativas. |
Áreas protegidas pelo Compromisso Um-Para-Um
Estado | Unidade de Conservação | Município | Ano da inclusão da área no Compromisso |
São Paulo | Estação Ecológica Sebastião Aleixo | Bauru | 2022 |
Estação Ecológica Caetetus | Gália | 2022 | |
Estação Ecológica Santa Bárbara | Águas de santa Bárbara | 2022 | |
Estação Ecológica Barreiro Rico | Anhembi | 2022 | |
Refúgio de Vida Silvestre Aimorés, Jardim Botânico | Bauru | 2022 | |
Parque Estadual Carlos Botelho | São Miguel Arcanjo | 2022 | |
Parque Estadual Nascentes do Paranapanema | Capão Bonito | 2022 | |
Estação Ecológica Avaré | Avaré | 2023 | |
Estação Ecológica Paranapanema | Paranapanema | 2023 | |
Estação Ecológica Angatuba | Angatuba | 2023 | |
Estação Ecológica Itapeva | Itapeva | 2023 | |
Mato Grosso do Sul | Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari | Alcinópolis | 2023 |
Parque Estadual Prosa | Campo Grande | 2023 | |
Parque Estadual Matas do Segredo | Campo Grande | 2023 | |
Parque Municipal Natural Pombo | Três Lagoas | 2023 | |
Parque Estadual Pantanal do Rio Negro | Aquidauana | 2024 | |
Bahia | Parque Metropolitano de Pituaçu | Salvador | 2023 |
Prêmio Expressão de Ecologia
A Bracell recebeu o Troféu Onda Verde ao vencer a categoria Conservação de Recursos Naturais do Prêmio Expressão de Ecologia, pelo Compromisso Um-Para-Um. A premiação, promovida pela Editora Expressão, é a mais antiga do setor ambiental brasileiro e conta com o reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente.
Em 2024, de forma inédita, a premiação passou a abranger iniciativas de fora da região Sul do país. Ao todo, cem projetos foram inscritos.
Em 2024, a Bracell participou da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, a COP-16, em Cali, na Colômbia, tendo como destaque o Compromisso Um-Para-Um.
Histórico de iniciativas
Além das ações realizadas em 2024, o Compromisso Um-Para-Um já conta com uma série de marcos relevantes para o atingimento da meta estabelecida. A partir de sua criação, em 2022, já registramos as seguintes ações:
- Bracell assinou, em 2023, um termo de compromisso de longo prazo, com duração de dez anos, com a Fundação Florestal de São Paulo para patrocinar ações de proteção em áreas relevantes da Mata Atlântica e do Cerrado Paulista.
- Assinamos, em 2022, termo de cooperação mútua com a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) e com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) para contribuir para a conservação e a manutenção das unidades de conservação e salvaguardar o patrimônio natural, protegendo espécies da fauna e da flora, os recursos hídricos, e o sequestro e estoque de carbono da atmosfera, garantidos pelas formações florestais.
- Em 2024, firmamos um termo de longo prazo, de dez anos, também com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Incluindo o Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, com 76.852 hectares.
Gestão integrada de paisagens
Desenvolvemos, em conjunto com a organização não governamental Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil), o projeto “Gestão Integrada de Paisagens: geoinformação para tomada de decisão no território de atuação da Bracell”.
A iniciativa tem relação direta com os compromissos do Bracell 2030, ao desenvolver um sistema integrado de inteligência territorial para gerir o capital natural da Companhia e garantir paisagens sustentáveis em toda região de influência da empresa. Para isso, utilizamos uma metodologia inovadora, que conecta 19 indicadores, em uma abordagem integrada e holística em três eixos: conservação, restauração da vegetação nativa e uso e ocupação do solo.
Corredor ecológico em Bauru (SP)
A Bracell estabeleceu, em 2024, uma parceria com o Jardim Botânico de Bauru (SP) para criar um corredor ecológico que conecta fragmentos de vegetação nativa. A ação foi viabilizada após uma agenda positiva com atores-chave da Área de Proteção Ambiental Rio Batalha (mais especificamente, da região do município de Bauru) para discussão dos resultados do projeto “Gestão Integrada de Paisagens: geoinformação para tomada de decisão no território de atuação da Bracell”.
Com o plantio de 8 mil árvores nativas, o corredor ecológico integra dois fragmentos de floresta nativa em uma fazenda sob gestão da Bracell, fortalecendo o compromisso da Companhia com práticas regenerativas e a conservação da biodiversidade. O objetivo é promover o fluxo de espécies entre áreas que estavam isoladas.
Ações e compromissos pela biodiversidade
A Bracell mantém uma atuação ativa em iniciativas voluntárias que reforçam seu compromisso com a proteção da biodiversidade, a restauração de ecossistemas e a gestão sustentável das paisagens nos territórios em que está presente. Conheça os principais compromissos assumidos pela Companhia a seguir.
- Taskforce on Nature-related Financial Disclosure (TNFD): desde 2022, somos signatários do TNFD por meio da Plataforma Ação pela Natureza, coordenada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A iniciativa visa promover transparência, responsabilização e mudanças na gestão dos recursos naturais nas áreas de atuação das empresas.
- Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS): como membros do CEBDS, assumimos o compromisso de integrar a biodiversidade como um pilar estratégico da sustentabilidade corporativa. Acesse aqui nossas metas estabelecidas com o CEBDS.
- Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) – Bahia: parceria para o desenvolvimento de ações voltadas à proteção da biodiversidade na Mata Atlântica, em alinhamento com os esforços estaduais de conservação.
- Fundação Florestal de São Paulo: assinamos um termo de cooperação técnica de longo prazo(dez anos) com a Fundação Florestal, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo, para apoio em ações de proteção e de conservação de unidades de conservação, que incluem áreas relevantes da Mata Atlântica e do Cerrado.
- Instituto de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso do Sul (Imasul):firmamos um termo de cooperação técnica de dez anos com o Imasul, voltado à conservação da vegetação nativa e ao fortalecimento das ações ambientais no estado.
- Empresa Amiga da Mata Atlântica: aderimos à iniciativa promovida pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), sendo reconhecidos como uma empresa que contribui para a conservação e o uso sustentável do bioma.
- Pacto pela Restauração da Mata Atlântica: movimento de adesão voluntária que busca restaurar 15 milhões de hectares até 2050. Fazemos parte do Conselho de Coordenação e participamos ativamente dessa iniciativa por meio de projetos de recuperação florestal.
- SOS Mata Atlântica: em colaboração com a ONG, promovemos ações de restauração de 30 hectares de áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, contribuindo para a formação de corredores ecológicos, a proteção da biodiversidade e a melhoria da qualidade das águas.
iForest+
O projeto iForest+, lançado em abril de 2024, englobará uma série de ações voltadas para os desafios do setor florestal, desde a conservação dos recursos naturais e biodiversidade até o uso econômico responsável das áreas de plantio. Como principal ação, atualizamos nosso Sistema de Gestão Florestal (SGF), visando ao gerenciamento unificado dos processos da área nas três unidades da Companhia.
As ações que fazem parte do projeto são:
– Planejamento florestal: definição de metas e objetivos para o uso da terra e dos recursos florestais, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos;
– Monitoramento e controle: acompanhamento das atividades florestais para garantir conformidade com as diretrizes estabelecidas, incluindo regulamentações ambientais e de uso da terra;
– Certificação: garantia de que as florestas são certificadas por entidades independentes como o PEFC, assegurando a rastreabilidade dos produtos florestais;
– Manejo sustentável: implementação das melhores práticas de plantio, colheita e transporte a fim de promover a capacidade de sustentar os recursos naturais.
GRI 304-1 – Unidades operacionais próprias, arrendadas ou geridas dentro ou nas adjacências de áreas de proteção ambiental e áreas de alto valor de biodiversidade situadas fora de áreas proteção ambiental
Para identificar e monitorar possíveis Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC), a Bracell realiza diagnósticos que avaliam os atributos biológicos, ecológicos, sociais e culturais de cada local. Com a expansão das atividades florestais, a empresa está revisando as potenciais AAVCs com base em critérios e premissas estabelecidos pela Proforest, organização sem fins lucrativos que apoia empresas, governos e outras organizações na implementação de seus compromissos com a produção e compra responsáveis de commodities agrícolas e produtos florestais.
AAVCs no estado de São Paulo
- Fazenda Nova América, em Cabrália Paulista (117,74 hectares – AVC 1): possui alta concentração de biodiversidade, incluindo espécies endêmicas, raras e ameaçadas, como a canela-sassafráz (Ocotea odorifera) e a raposinha-do-campo (Lycalopex vetulus).
- Fazenda Rio Verde, em Bauru (190,40 hectares – AVC 2): abriga o maior fragmento de Cerradão em um raio de 2 km, sendo um ecossistema crucial para a manutenção da diversidade biológica em nível regional.
AAVCs no estado da Bahia
- Fazenda Santo André, em Aramari (229,83 hectares – AVCs 1 e 3): localizada em um enclave de Cerrado entre os biomas Caatinga e Mata Atlântica, tem finalidade extrativa, com alto valor de biodiversidade, mas fora da área de proteção ambiental, abriga espécies como angelim-rasteiro (Andira humilis) e batuqueiro (Saltatricula atricollis), além de felinos como gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae), gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e jaguatirica (Leopardus pardalis). Apesar de sua relevância ecológica, a área não está incluída em nenhuma lista oficial de proteção ambiental.
- Fazenda Jaboticaba, em Jandaíra (197,05 hectares – AVCs 1 e 3): Reserva de Mata Atlântica que abriga ecossistemas como floresta ombrófila densa, restinga e muçununga. Entre as espécies registradas estão Cabeça-de-frade-violeta-da-praia (Melocactus violaceus), Anambé-de-asa-branca (Xipholena atropurpurea) e Guigó-de-coimbra-filho (Callicebus coimbrai).
- Fazenda Raiz, em Água Fria (675,77 hectares – AVCs 1 e 3): localizada no agreste baiano, conserva importantes espécies da Caatinga, incluindo a única população registrada de gato-do-mato-pequeno (Leopardus emiliae), espécie de felino endêmica do Brasil.
- RPPN Lontra, nos municípios de Itanagra e Entre Rios (1.378,16 hectares – AVCs 1,2 e 3): é a maior reserva privada do litoral norte da Bahia, com alto valor de biodiversidade, abrigando uma rica diversidade herpetológica e ornitológica. Entre as espécies monitoradas estão macaco-prego-do-peito-amarelo (Sapajus libidinosus), sapo-foguete (Allobates olfersioides) e papa-taoca-da-bahia (Pyriglena atra). A área, que possui operação extrativa fora da área de proteção ambiental está inserida no Plano Nacional de Espécies Ameaçadas (PAN Preguiça-de-coleira e Ouriço-preto), reforçando sua importância na conservação da biodiversidade e na proteção de espécies ameaçadas.
Em relação às RPPN localizadas na Bahia, são realizadas operações de manejo da Bracell em áreas adjacentes. A RPPN Pedra do São José II está localizada em área de plantio de eucalipto.
A Bracell segue rigorosos protocolos ambientais para minimizar impactos e preservar os atributos ecológicos das regiões onde está inserida. A gestão inclui o monitoramento contínuo da fauna e flora, além da implementação de práticas sustentáveis para garantir a integridade dos ecossistemas e a manutenção dos serviços ambientais essenciais dessas áreas de alto valor ecológico.
RPPN Lontra
A RPPN Lontra é a maior reserva ambiental particular do litoral norte da Bahia, com 1.378,16 hectares, antigo remanescente de floresta ombrófila que abriga uma vasta biodiversidade, sendo a área com mais diversidade herpetológica e ornitológica monitorada pela Companhia na Bahia. A área está inserida no Plano Nacional de Espécies Ameaçadas, reforçando sua importância na conservação da biodiversidade.
Em 2024, construímos uma trilha ecológica na reserva para receber com acessibilidade a comunidade local para visitação agendada.
GRI 304-2 Impactos significativos de atividades, produtos e serviços na biodiversidade
Reconhecemos que nossas operações e atividade exercem impactos diretos e indiretos sobre a biodiversidade. São impactos decorrentes de nossas operações e da infraestrutura associadas às nossas operações. Os impactos são temporários e reversíveis. Entre os riscos, são mapeados impactos que possam ter efeitos indeterminados, ou seja, quando não cessam em um horizonte temporal conhecido, como perda de biodiversidade e alteração atmosférica.
A gestão desses impactos é parte de nosso Sistema Integrado de Gestão. Todos são registrados na Matriz de Aspectos e Impactos Ambientais (AIA).
Sempre que um impacto é identificado, atuamos imediatamente para repará-lo ou atenuá-lo em conjunto com as partes envolvidas, reforçando nosso compromisso com a conservação ambiental e a sustentabilidade operacional. Além de ações preventivas e mitigatórias, realizamos capacitações e comunicações com nossas partes interessadas, com foco em prevenção.
Nos comprometemos com o desmatamento zero em nossas operações desde o início de nossas atividades (leia mais em nossa Política de Sustentabilidade). Nossas operações florestais ocorrem em áreas já antropizadas, geralmente de pastagens de baixa produtividade e/ou degradadas ou previamente utilizadas por outras culturas agrícolas. Não operamos em áreas de conservação (Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal) nem em solos turfosos.
Impactos | Direto/indireto | Detalhamento |
Perda de hábitat | Direto | Causado por operações e atividades motorizadas, transporte de trabalhadores, abertura e manutenção de estradas, reabertura de estradas sobre corpos d’água, colheita, transporte de máquinas e madeira, preparo do solo e operações silviculturais. O ruído gerado por essas atividades pode afugentar a fauna silvestre (grau de significância: médio). |
Erosão e sedimentação em corpos d’água próximos | Direto | Decorrente do cisalhamento edáfico causado por operações motorizadas e atividades de apoio, podendo contribuir para erosão do solo (grau de significância: baixo). |
Atropelamento de fauna | Direto | Relacionado ao trânsito de veículos e máquinas em estradas internas, podendo resultar na perda de biodiversidade (grau de significância: baixo). |
Mudanças climáticas | Direto | Derivadas da emissão de gases de efeito estufa (GEE) provenientes das operações, como transporte, colheita, abastecimentos e aplicação aérea de inseticidas (grau de significância: alto a médio). |
Impactos | Direto/indireto | Detalhamento |
Poluição da água | Direto | Resultante da aplicação de pesticidas e fertilizantes no viveiro, podendo gerar efluentes e impactar a qualidade da água (grau de significância: baixo). |
Poluição do ar | Direto | Geração de poeira devido ao transporte e operações motorizadas, afetando a qualidade atmosférica (grau de significância: médio). |
Poluição do solo | Direto | Provocada por resíduos de manutenções, lavagem de máquinas no campo com resíduos químicos e disposição incorreta de resíduos (grau de significância: baixo). |
Poluição por plásticos | Direto | Decorrente da geração e descarte inadequado de resíduos em atividades operacionais e administrativas (grau de significância: baixo). |
Poluição sonora | Direto | Ruídos gerados por operações e transporte podem afugentar a fauna (grau de significância: médio). |
Poluição química | Direto | Aplicação de pesticidas e inseticidas pode causar deriva terrestre e atmosférica, afetando plantas, fauna e a biologia do solo (grau de significância: médio). |
Impactos | Direto/indireto | Detalhamento |
Perda de biodiversidade |
Direto |
Todas as atividades mapeadas na Matriz de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) podem impactar a biodiversidade, com amplitude variando de pontual a local. O critério de probabilidade varia entre baixo e alto, e o grau de significância entre baixo e médio. Para todos os impactos, há medidas mitigadoras e de conscientização. |
GRI 304-3 Habitats protegidos ou restaurados
A Bracell conduz um programa de restauração florestal no estado de São Paulo desde 2021, reformulado em 2023 para ampliar e acelerar a recuperação ecológica. Em parceria com terceiros, protegemos e restauramos hábitats após análises ambientais e a definição de metodologias recomendadas e adequadas.
As ações seguem normativos como a Instrução Normativa 04 do Ibama e a Resolução SMA da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A metodologia abrange a condução da regeneração natural, roçada, coroamento, aplicação de herbicidas e enriquecimento com mudas.
Desde 2015, executa o Programa de Restauração de Áreas Degradadas na Bahia, aprovado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), com técnicas de plantio, melhoria do solo e controle de erosão. O Programa de Regularização de Áreas na Bahia inclui diagnóstico, execução e monitoramento por três anos.
Em 2024, na Bahia, 1.821 ha passaram por restauração ativa e 450 ha por controle de espécies exóticas invasoras. Em São Paulo, são 393 ha em restauração. Também, em parceria com a SOS Mata Atlântica, foram plantadas 77 mil mudas em Botucatu, Agudos e Piratininga (SP), restaurando matas ciliares e protegendo recursos hídricos.
Dos 393 hectares em processo de restauração, 0,7 ha já foram restaurados e aprovados pela Cetesb, em atendimento a uma exigência oficial. Os 30 hectares restaurados pela SOS Mata Atlântica também já atingiram os parâmetros legais e são considerados restaurados, porém ainda não possuem aprovação formal do órgão ambiental, que será solicitada ainda em 2025.
Todas as áreas em restauração, independentemente de serem exigências legais ou projetos voluntários, são monitoradas conforme os parâmetros estabelecidos na Resolução da Cetesb SMA 32, visando garantir o cumprimento dos critérios necessários.
As áreas são monitoradas por imagens de satélite e drones, permitindo identificação de ameaças e falhas no plantio. O Programa de Monitoramento da Biodiversidade avalia fauna e flora nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, garantindo boas práticas de manejo florestal.
Localização das áreas protegidas ou restauradas
Área | Condição | Região | Tamanho (km2) | Status |
RPPN Lontra | Protegida | Bahia | 13,77 | Em monitoramento de longo prazo |
Falcão | Protegida | Bahia | 94,24 | Em monitoramento de longo prazo |
Lua Alta | Protegida | Bahia | 60,94 | Em monitoramento de longo prazo |
Pedra do São José II | Protegida | Bahia | 23,22 | Em monitoramento de longo prazo |
Total Bahia | 192,17 |
Área | Condição | Região | Tamanho (km2) | Status |
Casa da Rocha | Restaurada | São Paulo | 0,24 | Em andamento |
Nova América II | Restaurada | São Paulo | 0,001 | Em andamento |
Recreio | Restaurada | São Paulo | 0,31 | Em andamento |
Santa Izabel | Restaurada | São Paulo | 0,02 | Em andamento |
São Benedito IV | Restaurada | São Paulo | 0,24 | Em andamento |
Sossego II | Restaurada | São Paulo | 0,52 | Em andamento |
Paraíso VII | Restaurada | São Paulo | 0,16 | Em andamento |
Santa Mariana II | Restaurada | São Paulo | 0,0001 | Em andamento |
Nova América II | Restaurada | São Paulo | 0,29 | Em andamento |
Córrego do Campo | Restaurada | São Paulo | 0,23 | Em andamento |
Monte Líbano I | Restaurada | São Paulo | 1,09 | Em monitoramento de longo prazo |
Monte Líbano II | Restaurada | São Paulo | 0,35 | Em monitoramento de longo prazo |
Santa Izabel | Restaurada | São Paulo | 0,01 | Em monitoramento de longo prazo |
Dona Lourdes | Restaurada | São Paulo | 0,01 | Em monitoramento de longo prazo |
Mamedina | Restaurada | São Paulo | 0,03 | Em monitoramento de longo prazo |
São Luiz V Vera Cruz | Restaurada | São Paulo | 0,24 | Em monitoramento de longo prazo |
Arataba | Restaurada | São Paulo | 0,05 | Em monitoramento de longo prazo |
Regina | Restaurada | São Paulo | 0,03 | Em monitoramento de longo prazo |
São Benedito IV | Restaurada | São Paulo | 0,02 | Em monitoramento de longo prazo |
Selva | Restaurada | São Paulo | 0,04 | Em monitoramento de longo prazo |
Corvo Branco | Restaurada | São Paulo | 0,004 | Em monitoramento de longo prazo |
Revolta | Restaurada | São Paulo | 0,04 | Em monitoramento de longo prazo |
Santa Branca | Restaurada | São Paulo | 0,01 | Em monitoramento de longo prazo |
Total São Paulo |
3,8851 |
Áreas protegidas ou restauradas de parceiros
Áreas | Organização parceira | Condição | Região | Tamanho (km2) | Status |
Projeto Riacho Mole | SOS Mata Atlântica | Restaurada | Bahia | 0,3 | Em andamento |
Projeto Riacho Mole | SOS Mata Atlântica | Restaurada | Bahia | 0,2 | Em andamento |
Santa Rita II, Santa Cruz e Nova América II | SOS Mata Atlântica | Restaurada | São Paulo | 30,8 | Em andamento |
Shangrilá | Bracell e Jardim Botânico | Restaurada | São Paulo | 4,5 | Em andamento |
Prevenção e combate a incêndios florestais
Nas unidades de manejo, um dos principais riscos à biodiversidade e à integridade dos ecossistemas protegidos são os incêndios florestais. Como medida de mitigação, são construídos aceiros, doados equipamentos para prevenção e controle de incêndios à comunidade local, instaladas placas de sinalização e realizados workshops para brigadistas destinados a vizinhos e membros de comunidades locais.
A Bracell planejou sua área de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais pensando na preservação do meio ambiente, no bem-estar das pessoas e do planeta, e na sustentabilidade e competitividade dos seus negócios. A Companhia possui 39 torres de monitoramento de incêndios com câmeras de alta resolução que cobrem 76% das áreas em São Paulo e 70% na Bahia, contemplando áreas de florestas plantadas e de conservação.
Na brigada de incêndio, auxiliares de segurança patrimonial e trabalhadores florestais se dividem em dois grupos: Grupo de Ação Rápida (GAR) e Grupo de Identificação e Combate (GIC). Anualmente, no início do período crítico de incêndio, são divulgados mapas nos quais constam os pontos de captação de água que serão acessados pelos caminhões de combate a incêndios e brigadas ligeiras. Esses pontos são distribuídos de forma estratégica a fim de otimizar o tempo de abastecimento e chegada ao local da ocorrência. Durante a estação do fogo, são mantidos especialmente limpos os aceiros internos e externos, com mais atenção àqueles que margeiam áreas críticas.
Além disso, a Companhia assinou Acordo de Cooperação Técnica com o Estado da Bahia, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), com a interveniência do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), para planejar e executar ações para prevenir e reduzir incêndios florestais.
GRI 304-4 Espécies incluídas na lista vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações da organização
Para a classificação das espécies identificadas nos monitoramentos de biodiversidade da Bracell, utilizamos listas de proteção oficiais, legislações locais e literatura aplicável de grau de ameaça, raridade, endemismo, importância econômica e migração das espécies, entre outros parâmetros.
Para o grau de ameaça de extinção, a classificação é feita nos âmbitos internacional, nacional e estaduais. As listas de conservação utilizadas incluem:
- Lista Vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature – União Internacional para a Conservação da Natureza);
- Portaria MMA nº 148/2022;
- Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA nº 444/2014);
- Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA nº 443/2014);
- Lista das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA nº 298/2019);
- Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (Portaria MMA nº 2.546/2020).
Região | Nível de risco de extinção | 2022 | 2023 | 2024 | |||
IUCN | ICMBio | IUCN | ICMBio | IUCN | ICMBio | ||
São Paulo | Criticamente ameaçadas de extinção | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
São Paulo | Ameaçadas de extinção | 9 | 5 | 0 | 5 | 10 | 5 |
São Paulo | Vulneráveis | 8 | 8 | 9 | 8 | 9 | 8 |
São Paulo | Quase ameaçadas | 12 | 0 | 12 | 0 | 12 | 0 |
São Paulo | Pouco preocupantes | 0 | 0 | 625 | 0 | 643 | 0 |
Bahia | Criticamente ameaçadas de extinção | 7 | 0 | 1 | 2 | 1 | 2 |
Bahia | Ameaçadas de extinção | 7 | 5 | 6 | 10 | 5 | 9 |
Bahia | Vulneráveis | 13 | 15 | 11 | 13 | 13 | 18 |
Bahia | Quase ameaçadas | 7 | 2 | 7 | 2 | 7 | 11 |
Bahia | Pouco preocupantes * | 252 | 250 | 252 | 250 | 1.306 | 1.080 |
* O número de espécies nesta categoria aumentou em função da realização de uma revisão da base.
Em 2024, houve aumento de 117% de espécies incluídas no reporte desse indicador. O padrão de reporte de 2023 considerou espécies ameaçadas — nas categorias criticamente em perigo, em perigo e vulnerável — e excluiu as espécies classificadas como pouco preocupantes e quase ameaçadas.