GRI 3-3 Gestão do tema material Mudanças Climáticas
Reconhecemos que as mudanças climáticas representam um dos principais desafios globais da atualidade e entendemos a importância de atuar de forma proativa e responsável frente a esse cenário. Temos dado passos importantes em relação à nossa estratégia climática e na adoção de ações que contribuam para a mitigação de emissões e o fortalecimento da resiliência de nossas operações.
O Comitê Diretivo de Sustentabilidade da Bracell é responsável pelas decisões e iniciativas dentro da temática de mudanças climáticas, além de apresentar o planejamento estratégico da empresa a curto, médio e longo prazos nessa área.
A Bracell vem construindo sua estratégia de Ação pelo Clima por meio da quantificação e gestão de suas emissões corporativas, de metas climáticas e ações planejadas para as suas operações que integram os compromisso e metas do Bracell 2030.
Metas 2030
Pilar | Meta 2030 | Meta 2030 | Meta 2024 | Desempenho 2024 | ODS atendidos |
AÇÃO PELO CLIMA | 75% de redução nas emissões de carbono por tonelada de produto | 0,122 tCO2e/adt | 0,151 tCO2e/adt | 0,208 tCO2e/adt | 13, 14, 15 |
25 MtCO₂e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030 | 25 MtCO2e | 22,22 MtCO2e | 4,30MtCO2e | 13, 14, 15 |
Nota: a meta de intensidade de emissões da Bracell (tCO₂e/adt considera as produções de celulose kraft e celulose solúvel (dissolving). A linha de base de 2020 foi calculada com a soma direta dos volumes físicos dos dois produtos, sem aplicação de fator de conversão. A partir de 2022, com o início da produção de dissolving na unidade de São Paulo, passou-se a aplicar um fator técnico de conversão para expressar a produção de dissolving em equivalente kraft. Essa atualização traz mais aderência à realidade dos processos industriais, ao considerar as diferenças entre os tipos de produto e seus respectivos consumos e emissões.
No Bracell 2030, temos dois compromissos relacionados ao tema material Mudanças climáticas. Nossas metas foram elaboradas considerando a análise de riscos e impactos – positivos e negativos – das operações da Bracell no contexto das mudanças climáticas. Nossas operações emitem gases de efeito estufa (GEE) e capturam CO2 da atmosfera, por meio do crescimento e conservação das áreas florestais sob gestão da Companhia, tanto as plantadas, de eucalipto, como as nativas.
Até 2030, assumimos o compromisso de reduzir em 75% nossas emissões de carbono por tonelada de produto fabricado, tendo 2020 como ano de referência para realizar a comparação dos dados medidos. Isso significa chegar a 0,122 tCO2e/adt. Adicionalmente, vamos remover 25 MtCO2e da atmosfera considerando o intervalo de uma década — de 2020 até 2030.
Para 2024, estabelecemos como metas intermediárias fechar o ano com 0,151 tCO2e/adt e tendo removido 22,19 MtCO2e. Os resultados mensurados são detalhados abaixo:
Meta 1: reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt.
De 2020 a 2024, reduzimos 61% de emissões de carbono por tonelada de produto, atingindo o valor de 0,208 tCO2e/adt.
Embora tenhamos alcançado uma redução de 63% de nossas emissões em intensidade nesse período, alguns fatores contribuíram para que não fosse atingida a meta estabelecida para 2024. A redução das emissões foi afetada negativamente, principalmente pelo aumento da combustão móvel nas nossas operações e mais ocorrência de incêndios. Por outro lado, nesse ano alcançamos resultados significativos em nossas operações, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, o que reduziu nossas emissões de combustão estacionária – nossa categoria de mais emissão de escopo 1 – e nos coloca no caminho certo para cumprir nossas metas de longo prazo.
Estamos implementando, ainda, diversas ações para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas e continuar avançando em direção à descarbonização de nossas operações. Os investimentos realizados para o uso de caminhões elétricos no transporte de celulose, em fase de testes, e para a geração e utilização de energia renovável são exemplos que detalhamos no capítulo Eficiência energética.
Meta 2: 25MtCO2e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030
De 2020 a 2024, removemos 4.229.568 tCO2e. Esse valor considera o balanço de carbono de nossas operações, ou seja, a diferença entre o total de remoções e emissões (antropogênicas e biogênicas — sigla em inglês para Land Use, Land-Use Change and Forestry, que em português significa Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra e Florestas, ou seja, as emissões referentes ao setor que engloba as atividades relacionadas ao uso da terra e suas mudanças).
Em 2024, enfrentamos o mais desafiador cenário hidrológico dos últimos cinco anos na região do estado de São Paulo. Essa condição extrema foi provocada, principalmente, pelo aumento das temperaturas e pela redução significativa do volume de chuvas. O déficit hídrico tem impacto direto na produtividade florestal: quanto maior o déficit, menor o crescimento das florestas de eucalipto, o que compromete a capacidade de remoção de CO₂ da atmosfera, realizada por essas florestas em processo de crescimento.
Além disso, as condições climáticas adversas intensificaram significativamente a ocorrência de incêndios florestais.
Como resultado desses fatores climáticos extremos, alcançamos apenas 19% da meta de remoções estabelecida para 2024.
A Bracell tem desenvolvido uma série de iniciativas para mitigar esses impactos e aumentar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas. Entre as principais ações estão: o monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto; investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal (P&D); a gestão integrada de riscos e impactos relacionados ao clima; e a realização de estudos de zoneamento climático. Saiba mais nos capítulos Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto e Estudo de zoneamento climático.
Impactos e riscos
A Bracell realiza uma análise dos impactos potenciais e reais relacionados a cada tema material de sua matriz de materialidade, considerando os efeitos positivos e negativos na economia, meio ambiente e nas pessoas, incluindo os impactos em direitos humanos. Para o tema Mudanças climáticas, identificou os seguintes impactos:
Impactos | Detalhamento | Ocorrência |
Impactos reais positivos | Removemos carbono da atmosfera, por meio da fixação do gás nas florestas plantadas de eucalipto, nativas e no solo. | Em 2024, nossas florestas plantadas removeram 2.745.849 tCO2e, enquanto nossas florestas nativas removeram 1.373.161 tCO2e, totalizando 4.119.010 tCO2e de remoções brutas. |
Impactos reais negativos | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopos 1 e 2, cujo impacto tem extensão restrita e intensidade média. Dispomos de mecanismos de s internos eficientes para gerenciar e reduzir essas emissões (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões). |
Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopo 3, cujo impacto tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle internos e reconhecemos a importância de fortalecer a estratégia de mitigação das emissões de GEE no escopo 3. Com esse objetivo, temos atuado ativamente em comitês e grupos de trabalho dedicados ao tema (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões)). |
CDP
Em 2024, respondemos pela primeira vez aos questionários do CDP (Carbon Disclosure Project) e obtivemos classificação B nos três temas avaliados: Mudanças climáticas, Florestas e Segurança hídrica. Esse resultado é considerado positivo para empresas em seu primeiro ano de reporte e reflete nosso compromisso com a transparência e a gestão responsável dos temas ambientais.
O CDP é uma das principais plataformas globais de divulgação ambiental, reconhecida por promover a padronização e comparabilidade das informações utilizadas por diversos stakeholders, como bancos, clientes, parceiros e sociedade civil. Nossa participação reforça o compromisso com a melhoria contínua da gestão ambiental e o alinhamento às melhores práticas internacionais.
Clima | Floresta | Segurança hídrica |
B | B | B |
Inventário de GEE
Como parte essencial da agenda climática, a Bracell elabora anualmente o inventário corporativo de suas emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Em 2024, esse documento abrangeu a cadeia de valor de celulose, cujas emissões consideram as operações industriais, localizadas no Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP) e no Polo Industrial de Camaçari (BA), além de operações florestais nesses dois estados e no Mato Grosso do Sul, e respectivas operações logísticas (leia mais sobre nossas operações florestais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Os dados do nosso Inventário de GEE são auditados externamente, por terceira parte independente, com carta de verificação publicada em nosso Relatório de Sustentabilidade e nesta Central de Indicadores (leia mais no conteúdo GRI 305 – Emissões).
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell abrange os escopos 1, 2 e 3, sendo desenvolvido de acordo com as orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, com o GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Desde 2022, a Bracell publica os dados de seu Inventário de Emissões de GEE no Registro Público de Emissões.
Somos membro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) e divulgamos nossos dados de Inventário GEE no Registro Público de Emissões, sendo certificada com o selo Ouro do Programa em 2024.
O PBGHG visa promover o reconhecimento das organizações participantes pela iniciativa voluntária de transparência, frente a stakeholders cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental corporativa. O reconhecimento é concedido a organizações que alcançam o mais alto nível de qualificação e transparência na publicação de seus inventários de emissões de gases de efeito estufa no Registro Público de Emissões (RPE) do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Balanço de carbono
As florestas plantadas de eucalipto da Bracell e as áreas de florestas nativas de nossas operações desempenham um papel essencial na remoção de CO₂e da atmosfera, absorvendo e estocando carbono ao longo do ciclo de crescimento das árvores. Isso contribui para a mitigação parcial das nossas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Em 2024, nosso balanço de carbono demonstrou que nossas remoções foram maiores do que nossas emissões, um desempenho melhor comparado aos anos anteriores. O saldo de nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e. Veja os detalhes na tabela abaixo.
Removemos -4.119.009,65 tCO2e da atmosfera em 2024 e nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto
Somos parte do Programa Cooperativo Eucflux-IPEF, que estuda o fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto no Brasil. Por meio dessa iniciativa, contribuímos com o melhor entendimento desses fenômenos em uma área de plantação de eucalipto sob gestão da Bracell, no município de Itatinga (SP), onde dispomos de uma torre de fluxo com os equipamentos que monitoram esses componentes.
O Eucflux é liderado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e pelo Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), com participação de instituições representantes da academia, como a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Nossos investimentos para o monitoramento
A Bracell monitora o fluxo de água e carbono em cinco áreas de plantações de eucalipto e de floresta nativa
Como parte dos compromissos assumidos pela Companhia por meio do Bracell 2030, investimos diretamente na construção de cinco torres de fluxo para monitorar o fluxo de água e carbono em nossas operações. Em 2024, instalamos duas delas – uma em área de floresta nativa em São Paulo e outra torre na Bahia, em área de eucalipto. Também serão instaladas outras duas torres no estado do Mato Grosso do Sul, uma para cada tipo de área de floresta em nossas operações, e uma torre na Bahia, em área de floresta nativa. Os dados são gerenciados e analisados por nosso time de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal.
P&D Florestal e gestão de riscos e impactos em mudanças climáticas
Investimos em melhoramento genético clássico, silvicultura, manejo florestal, extensão florestal e transferência de tecnologia, para garantir o fornecimento sustentável de madeira de alta qualidade em médio e em longo prazos, assegurando, assim, a perenidade do negócio e a excelência de nossos produtos.
A missão da P&D Florestal é melhorar o IMA (Incremento Médio Anual de Madeira) e o IMACEL (Incremento Médio Anual de Celulose) de maneira sustentável. Anualmente, um portfólio de projetos é criado com esse objetivo, respeitando as peculiaridades e características de cada local que a Companhia atua.
Melhoramento genético clássico
A Bracell não utiliza organismos geneticamente modificados (OGM) e desenvolve seus clones de eucalipto por meio do melhoramento genético clássico. Esse processo envolve a geração, avaliação e seleção de clones aprimorados por ciclos sucessivos. O foco do melhoramento genético também está no desenvolvimento de técnicas que visam aumentar a eficiência da clonagem, garantindo madeira de alta qualidade e mais sustentabilidade ao longo do tempo.
Em 2024, a área de P&D Florestal recomendou o plantio comercial de compostos clonais – um em São Paulo e outro na Bahia. Trata-se de um tipo único de cultivar, formado por uma mistura de clones, o que garante menos vulnerabilidade e mais proteção contra pragas, doenças e eventos climáticos adversos. O trabalho desenvolvido foi testado nos viveiros da Companhia e os compostos estão aptos a serem plantados a partir de 2025, para uso comercial da empresa.
Além dos dois compostos clonais, foram recomendados dois novos clones clássicos, um para a operação em São Paulo e outro para a Bahia (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Silvicultura e manejo florestal
A Bracell busca a melhoria contínua dos processos de monitoramento e zoneamento climático, além de adotar práticas de conservação, preparo e fertilização do solo. O controle sustentável de pragas, doenças e plantas daninhas também é uma prioridade, garantindo a saúde e a produtividade das florestas a longo prazo (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell) .
Controle biológico por meio de inimigos naturais
Produzimos 6 milhões de inimigos naturais em São Paulo e 89 milhões na Bahia, em 2024, totalizando 95 milhões de inimigos naturais produzidos no ano (46% a mais que em 2023, quando produzimos 65 milhões). O controle biológico substitui o uso de químicos, prevenindo emissões de gases de efeito estufa N2O.
Extensão florestal e transferência de tecnologia
A empresa oferece assistência técnica especializada e promove a transferência de tecnologia para suas operações florestais, assegurando a implementação de melhores práticas e o aprimoramento constante dos processos.
Estudo de zoneamento climático
Realizamos continuamente estudos de zoneamento climático, a partir da análise de dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. Por meio desse mapeamento, são identificadas áreas de mais aptidão para o plantio de eucalipto. Além disso, a partir desse zoneamento, são feitas recomendações técnicas específicas por região, como alocação de clones, adubação, entre outras.
Em 2024, incluímos um novo parâmetro de diferenciação para o zoneamento na Bahia: a altitude. A partir do trabalho realizado, serão recomendadas formas específicas de plantio, bem como de uso de tipos de cultivares para cada região.
Eficiência energética
Nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP) são autossuficientes na geração de energia. Possuímos caldeira de recuperação que gera vapor e alimenta os turbogeradores para a produção energética. O uso da rede elétrica nacional só é realizado nas paradas realizadas para manutenção de equipamentos. Nesse caso, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conta com cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, destacadamente hidráulica, eólica e solar.
Há compra de energia também para as operações florestais e viveiros, nos quais também utilizamos diesel em geradores de energia.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Energia renovável
Essas linhas foram desenvolvidas para operar livres de combustíveis fósseis e para gerar energia limpa e renovável para a operação, assim como disponibilizar o excedente no grid nacional.
No site de Lençóis Paulista (SP), possuímos uma subestação de 440 kV, com capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para suprir a demanda da fábrica e injetar no SIN um excedente de energia limpa e renovável na ordem de 150 MW a 180 MW, capaz de atender 750 mil residências ou cerca de 3 milhões de pessoas.
Em nossa fábrica da Bahia, também contamos com caldeira de recuperação que gera energia renovável a partir da biomassa de eucalipto.
Em 2024, geramos 192.803.255,26 GJ de energia renovável. Comercializamos para o mercado livre de energia brasileiro 2.718.409,21 GJ de energia gerada a partir de biomassa de eucalipto (leia mais no conteúdo GRI 302).
Temos Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC, na sigla em inglês), uma comprovação de que a energia elétrica que usamos em nossas operações e comercializamos é proveniente de uma fonte renovável.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Atributos de sustentabilidade na Bracell Papéis
As fábricas da Bracell Papéis têm tecnologias para o uso de energia renovável em nossas operações e prevenção de emissões de gases de efeito estufa no transporte de celulose para a fábrica de Tissue do site de Lençóis Paulista (SP).
Energia solar
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) conta com uma área de painel solar de 50 mil m2, em toda cobertura da planta industrial, gerando 7,21 MW de energia renovável e livre de combustíveis fósseis. A geração é capaz de atender a 20% do total consumido pela unidade.
Armazém vertical automatizado e eficiência energética
Os produtos fabricados no site são armazenados em um armazém vertical automatizado, que utiliza elevadores operados por robôs para otimizar a movimentação das mercadorias. Com isso, garantimos mais eficiência energética no processo. A automação reduz a necessidade de iluminação e climatização, resultando em economia de energia na operação de armazenagem.
O sistema proporciona ainda melhor controle logístico, permitindo armazenagem otimizada e movimentação rápida dos produtos, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.
Também agrega segurança e eficiência às nossas operações. A automação minimiza interferências humanas, tornando o processo mais preciso, seguro e sustentável.
Caldeira de biomassa
Na fábrica da Bracell Papéis em Feira de Santana (BA), adquirimos uma caldeira sustentável de biomassa, inaugurada em dezembro. O novo equipamento, mais seguro e eficiente, faz parte do projeto Inovar, que marca o maior volume de investimentos da história da unidade.
Transporte de celulose para a produção de Tissue
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) está localizada no mesmo site das linhas flexíveis da Bracell, onde é produzida a celulose kraft utilizada na fabricação de Tissue. Essa integração logística permite o transporte da celulose por tubulação, eliminando a necessidade de secagem e do transporte rodoviário, o que evita emissões de GEE e otimiza os processos.
Caminhões elétricos
Desde 2023, a Bracell realiza testes com caminhões elétricos no transporte de celulose, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável em todas as etapas da operação. A iniciativa, ainda em fase experimental, contribui para a redução das emissões de GEE em nossa logística e utiliza energia renovável gerada no próprio processo industrial.
Em 2024, os caminhões elétricos transportaram 33,2 mil toneladas de produtos, rodando um total de 91,5 mil quilômetros.
GRI 305-1 Emissões diretas (Escopo 1) de gases de efeito estufa (GEE)
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além do Mato Grosso do Sul.
Em 2024, as emissões fósseis da Bracell de escopo 1 representaram 43% do total e somaram 731.362,80 tCO2e, um aumento de 22,4% em comparação ao ano anterior. Esse acréscimo foi impulsionado majoritariamente pelo incremento no uso de combustíveis fósseis em nossa logística, principalmente devido ao aumento no raio do transporte de madeira das áreas de plantio até a fábrica, e crescimento expressivo no número de incêndios florestais.
Os gases incluídos no cálculo do escopo 1 de emissões são: CO2, CH4, N2O, HFCs e SF6.
Categorias Escopo 1 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Combustão móvel | 96.418,86 | 15,7 | 121.700,47 | 20,4 | 214.992,18 | 29,4 |
Combustão Estacionária | 356.481,66 | 58,0 | 309.539,10 | 51,8 | 296.113,67 | 40,5 |
Resíduos e efluentes gerados | 46.321,353 | 7,5 | 596,11 | 0,1 | 13.974,3 | 1,9 |
Fugitivas | 3.139,38 | 0,5 | 5.231,53 | 0,9 | 12.284,43 | 1,7 |
Atividades Agrícolas | 111.079,27 | 18,1 | 155.955,17 | 26,1 | 154.586,98 | 21,1 |
Mudança do Uso do Solo | 1.232,10 | 0,2 | 4.431,98 | 0,7 | 39.411,23 | 5,4 |
Total | 614.672,64 | 100 | 597.454,38 | 100 | 731.362,80 | 100 |
A Bracell reporta suas emissões biogênicas de CO₂ associadas às suas operações florestais e industriais. Elas incluem a combustão de biomassa, o uso de biocombustíveis renováveis na frota logística, ocorrência de incêndios e a dinâmica natural do ciclo do manejo do eucalipto. Diferentemente das emissões de origem fóssil, as emissões biogênicas são geralmente consideradas neutras em termos de carbono no longo prazo, uma vez que derivam de biomassa renovável que, durante seu crescimento, absorve CO₂ da atmosfera.
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 1 – Biogênicas | 10.415.840,85 | 10.810.512,98 | 9.156.105,51 |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu 4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Por outro lado, em 2024 tivemos reduções consideráveis na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-2 Emissões indiretas (Escopo 2) de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 2 representou 1% das nossas emissões totais. Tivemos um aumento de 37,5% de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN). Isso se deve a fatores como a expansão dos escritórios da MS Florestal, mais uso de energia em nosso terminal portuário e variações operacionais, como paradas das turbinas geradoras nas unidades de São Paulo e Bahia. Além disso, na unidade da Bahia, a priorização estratégica da importação de energia elétrica em substituição ao gás natural, junto a períodos de menos eficiência na área de evaporação, que limitaram o uso do licor para geração de energia, contribuíram para esse aumento.
Categoria Escopo 2 | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | |
Aquisição de energia elétrica | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Total | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471, tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-3 Outras emissões indiretas (Escopo 3) de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 3 representou das nossas emissões totais. Houve redução de 11,2% nas emissões, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Nesse ciclo, a Bracell cobriu 10.936,50 tCO₂e de emissões geradas nos fretes marítimos destinados à Europa, por meio da aquisição das licenças de emissão exigidas pelo EU ETS (European Union Emissions Trading System) – mecanismo de precificação de carbono da União Europeia que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio da limitação e comercialização de licenças de emissão (EUAs – European Union Allowances). Em 2024, o transporte marítimo passou a integrar o escopo do sistema. Com isso, embarcações que acessam portos europeus devem adquirir allowances proporcionais às emissões de CO₂ geradas durante suas rotas, desde a partida do Brasil.
A participação no EU ETS representa um avanço importante na gestão climática da cadeia logística da Bracell. Além de assegurar conformidade com a regulação ambiental europeia, essa medida contribui para a precificação do carbono nas operações logísticas internacionais. Indiretamente, os recursos gerados pela compra de licenças de emissão são destinados pela União Europeia a iniciativas de inovação, energia limpa e adaptação climática, contribuindo para a transição energética na região.
Categorias Escopo 3 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Bens e serviços comprados | 114.281,440 | 12,22% | 63.152,273 | 5,77% | 47.464,05 | 4,88% |
T&D Upstream | 24.542,906 | 2,62% | 62.808,497 | 5,74% | 61.756,05 | 6,36% |
Resíduos sólidos da operação | 828,425 | 0,09% | 41.579,743 | 3,80% | 26.523,86 | 2,73% |
Viagens a negócio | 541,395 | 0,06% | 547,172 | 0,05% | 364,99 | 0,04% |
Deslocamento de funcionários | 5.103,384 | 0,55% | 12.744,223 | 1,16% | 9.603,34 | 0,99% |
T&D Downstream | 789.995,711 | 84,47% | 913.771,498 | 83,48% | 826.027,12 | 85,01% |
Total | 935.183,261 | 100,00% | 1.094.603,40 | 100,00% | 971.739,41 | 100,00% |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
GRI 305-4 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, a Bracell aumentou em aproximadamente 19% sua intensidade de emissões de GEE dos escopos 1 e 2 em relação ao ano de 2023. Esse acréscimo foi impulsionado, principalmente, pelo maior uso de combustíveis fósseis em nossa logística e pelo crescimento expressivo no número de incêndios florestais, além do aumento de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN) em decorrência do aumento das nossas operações
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 e 2 | 0,167 | 0,174 | 0,208 |
Nota: a métrica de intensidade de emissões da Bracell considera os escopos 1 e 2 das unidades de São Paulo e Bahia, por considerar o volume de emissões de gases de efeito estufa no processo de fabricação de celulose.
GRI 305-5 Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Em 2024, não houve reduções totais. No ano, observamos, no entanto, reduções na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, além de reduções no escopo 3, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Unidade Operacional | Emissões totais 2023 (tCO2e) | Emissões totais 2024 (tCO2e) | Redução das emissões (tCO2e) |
---|---|---|---|
São Paulo Celulose | 1.204.383,06 | 1.235.985,47 | 31.602,41 |
Bahia Celulose | 367.239,46 | 357.234,41 | -10.005,05 |
MS Florestal | – | 123.095,97 | 123.095,97 |
Total | 1.701.669,08 | 1.716.315,84 | 14.646,76 |
GRI 305-6 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO)
Dentre as substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO), a Bracell emitiu em 2024 o total de 4.890,11 tCO2e, contemplando HCFC-22 e HCFC-141b.
Essas substâncias, ao atingirem a estratosfera, degradam o ozônio, que atua como um escudo contra a radiação ultravioleta (UV) do sol. Controlar essas emissões é crucial para preservar a vida na Terra e mitigar desequilíbrios ambientais globais.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||
HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | |
São Paulo Celulose | 2.010,62 | 63,34 | 2.073,96 | 1.795,20 | 10,64 | 1.805,84 | 3.498,18 | 92,28 | 3.590,46 |
Bahia Celulose | 553,70 | 0,00 | 553,70 | 538,28 | 0,00 | 538,28 | 1.299,65 | 0,00 | 1.299,65 |
Bracell | 2.564,32 | 63,34 | 2.627,66 | 2.333,48 | 10,64 | 2.344,12 | 4.797,83 | 92,28 | 4.890,11 |
Escopo | Gás | 2022 | 2023 | 2024 | |||
Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | ||
Escopo 1 | CO2 | 477.674,63 | 477.674,63 | 491.508,77 | 491.508,77 | 561.224,17 | 561.224,17 |
CH4 | 2.006,85 | 56.191,88 | 433,48 | 12.137,29 | 1.919,79 | 53.782,94 | |
N2O | 293,10 | 77.671,10 | 334,36 | 88.606,19 | 291,54 | 104.422,94 | |
HFC | 2,41 | 3.134,44 | 4,00 | 5.199,24 | 6,38 | 11.932,69 | |
HFC-32 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 1.970,24 | |
HFC-125 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 9.242,76 | |
HFC-134a | 0,000 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,55 | 719,22 | |
HFC-152a | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,46 | |
SF6 | 0,00 | 0,59 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,05 | |
TOTAL ESCOPO 1 | 479.976,99 | 614.672,64 | 492.280,60 | 597.451,49 | 551.283,74 | 692.013,28 | |
Escopo 2 |
CO2 |
5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 |
TOTAL ESCOPO 2 | 5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 | |
Escopo 3 | CO2 | 920.172,96 | 920.172,96 | 1.035.677,11 | 1.035.677,11 | 910.252,13 | 910.252,13 |
CH4 | 47,77 | 1.336,62 | 1.504,97 | 42.138,76 | 947,31 | 26.218,61 | |
N2O | 51,60 | 13.673,67 | 63,35 | 16.787,53 | 140,08 | 35.268,67 | |
TOTAL ESCOPO 3 | 920.272,30 | 935.183,26 | 1.037.245,42 | 16.787,53 | 911.339,52 | 971.739,41 |
GRI 305-7 Emissões de NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas
Os óxidos de nitrogênio (NOx), os óxidos de enxofre (SOx), o material particulado (MP) e os compostos de enxofre reduzido total (TRS) estão entre os poluentes atmosféricos mais críticos devido aos seus impactos diretos e indiretos sobre o clima e a saúde humana. Esses poluentes são principalmente gerados pela queima de combustíveis fósseis e processos industriais.
Substância | Unidade | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | ||
NOX | t | NA | 451,93 | 448,42 | NA | 2.847,74 | 3.131,48 | NA | 3.299,64 | 3.579,90 |
SOX | t | NA | 30,47 | 39,65 | NA | 139,89 | 59,05 | NA | 170,36 | 98,70 |
MP | t | NA | 197,30 | 199,99 | NA | 643,26 | 473,22 | NA | 840,56 | 673,21 |
TRS | t | NA | 2,70 | 12,57 | 59,14 | 43,04 | 30,93 |
59,14 |
45,74 | 43,5 |
Notas: 1. Pela materialidade do tema, a Companhia passou a reportar os dados a partir de 2023, incluindo emissões de NOx, SO₂ e material particulado.
2. Dados consideram os reportes para EU Ecolabel e Nordic Swan para celulose kraft.
3. Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs, na sigla em inglês) não são mensurados em emissões atmosféricas.
Essas substâncias afetam o meio ambiente e a saúde humana, contribuindo para a formação da chuva ácida, que danifica ecossistemas e estruturas, e contribui para a ocorrência de problemas respiratórios. Portanto, reforça a necessidade de controle e redução de suas emissões para mitigar seus impactos.
No estado de São Paulo, as emissões atmosféricas da Bracell foram calculadas com base nos fatores de emissão fornecidos pela Cetesb. A metodologia adotada seguiu a Decisão de Diretoria nº 10/2010/P de 12/01/2010. O cálculo das emissões foi realizado por meio da medição direta, utilizando analisadores contínuos na linha de produção. Todos os valores reportados estão expressos em t/ano.
Na Bahia, a metodologia utilizada seguiu as diretrizes da Portaria nº 18.841, de 03/08/2019, especificamente no que se refere à manutenção do plano de monitoramento das emissões atmosféricas para garantir o cumprimento dos padrões em valores de médias diárias, abrangendo TRS, MP, SOx e NOx. Também foram seguidas as disposições da Resolução Conama nº 382, de 26 de dezembro de 2006.
Assim como em São Paulo, o cálculo das emissões na Bahia foi feito por meio da medição direta, com analisadores contínuos na linha de produção. O objetivo principal é atender integralmente à Portaria nº 18.841, garantindo o monitoramento adequado das emissões e o cumprimento das normas regulamentadoras. Além disso, busca-se a meta de zero desvio no cumprimento dos parâmetros legislados.