GRI 3-3 Gestão do tema material Mudanças Climáticas
Reconhecemos que as mudanças climáticas representam um dos principais desafios globais da atualidade e entendemos a importância de atuar de forma proativa e responsável frente a esse cenário. Temos dado passos importantes em relação à nossa estratégia climática e na adoção de ações que contribuam para a mitigação de emissões e o fortalecimento da resiliência de nossas operações.
O Comitê Diretivo de Sustentabilidade da Bracell é responsável pelas decisões e iniciativas dentro da temática de mudanças climáticas, além de apresentar o planejamento estratégico da empresa a curto, médio e longo prazos nessa área.
A Bracell vem construindo sua estratégia de Ação pelo Clima por meio da quantificação e gestão de suas emissões corporativas, de metas climáticas e ações planejadas para as suas operações que integram os compromisso e metas do Bracell 2030.
Metas 2030
Pilar | Meta 2030 | Meta 2030 | Meta 2024 | Desempenho 2024 | ODS atendidos |
AÇÃO PELO CLIMA | 75% de redução nas emissões de carbono por tonelada de produto | 0,122 tCO2e/adt | 0,151 tCO2e/adt | 0,208 tCO2e/adt | 13, 14, 15 |
25 MtCO₂e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030 | 25 MtCO2e | 22,22 MtCO2e | 4,30MtCO2e | 13, 14, 15 |
Nota: a meta de intensidade de emissões da Bracell (tCO₂e/adt considera as produções de celulose kraft e celulose solúvel (dissolving). A linha de base de 2020 foi calculada com a soma direta dos volumes físicos dos dois produtos, sem aplicação de fator de conversão. A partir de 2022, com o início da produção de dissolving na unidade de São Paulo, passou-se a aplicar um fator técnico de conversão para expressar a produção de dissolving em equivalente kraft. Essa atualização traz mais aderência à realidade dos processos industriais, ao considerar as diferenças entre os tipos de produto e seus respectivos consumos e emissões.
No Bracell 2030, temos dois compromissos relacionados ao tema material Mudanças climáticas. Nossas metas foram elaboradas considerando a análise de riscos e impactos – positivos e negativos – das operações da Bracell no contexto das mudanças climáticas. Nossas operações emitem gases de efeito estufa (GEE) e capturam CO2 da atmosfera, por meio do crescimento e conservação das áreas florestais sob gestão da Companhia, tanto as plantadas, de eucalipto, como as nativas.
Até 2030, assumimos o compromisso de reduzir em 75% nossas emissões de carbono por tonelada de produto fabricado, tendo 2020 como ano de referência para realizar a comparação dos dados medidos. Isso significa chegar a 0,122 tCO2e/adt. Adicionalmente, vamos remover 25 MtCO2e da atmosfera considerando o intervalo de uma década — de 2020 até 2030.
Para 2024, estabelecemos como metas intermediárias fechar o ano com 0,151 tCO2e/adt e tendo removido 22,19 MtCO2e. Os resultados mensurados são detalhados abaixo:
Meta 1: reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt.
De 2020 a 2024, reduzimos 61% de emissões de carbono por tonelada de produto, atingindo o valor de 0,208 tCO2e/adt.
Embora tenhamos alcançado uma redução de 63% de nossas emissões em intensidade nesse período, alguns fatores contribuíram para que não fosse atingida a meta estabelecida para 2024. A redução das emissões foi afetada negativamente, principalmente pelo aumento da combustão móvel nas nossas operações e mais ocorrência de incêndios. Por outro lado, nesse ano alcançamos resultados significativos em nossas operações, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, o que reduziu nossas emissões de combustão estacionária – nossa categoria de mais emissão de escopo 1 – e nos coloca no caminho certo para cumprir nossas metas de longo prazo.
Estamos implementando, ainda, diversas ações para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas e continuar avançando em direção à descarbonização de nossas operações. Os investimentos realizados para o uso de caminhões elétricos no transporte de celulose, em fase de testes, e para a geração e utilização de energia renovável são exemplos que detalhamos no capítulo Eficiência energética.
Meta 2: 25MtCO2e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030
De 2020 a 2024, removemos 4.229.568 tCO2e. Esse valor considera o balanço de carbono de nossas operações, ou seja, a diferença entre o total de remoções e emissões (antropogênicas e biogênicas — sigla em inglês para Land Use, Land-Use Change and Forestry, que em português significa Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra e Florestas, ou seja, as emissões referentes ao setor que engloba as atividades relacionadas ao uso da terra e suas mudanças).
Em 2024, enfrentamos o mais desafiador cenário hidrológico dos últimos cinco anos na região do estado de São Paulo. Essa condição extrema foi provocada, principalmente, pelo aumento das temperaturas e pela redução significativa do volume de chuvas. O déficit hídrico tem impacto direto na produtividade florestal: quanto maior o déficit, menor o crescimento das florestas de eucalipto, o que compromete a capacidade de remoção de CO₂ da atmosfera, realizada por essas florestas em processo de crescimento.
Além disso, as condições climáticas adversas intensificaram significativamente a ocorrência de incêndios florestais.
Como resultado desses fatores climáticos extremos, alcançamos apenas 19% da meta de remoções estabelecida para 2024.
A Bracell tem desenvolvido uma série de iniciativas para mitigar esses impactos e aumentar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas. Entre as principais ações estão: o monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto; investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal (P&D); a gestão integrada de riscos e impactos relacionados ao clima; e a realização de estudos de zoneamento climático. Saiba mais nos capítulos Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto e Estudo de zoneamento climático.
Impactos e riscos
A Bracell realiza uma análise dos impactos potenciais e reais relacionados a cada tema material de sua matriz de materialidade, considerando os efeitos positivos e negativos na economia, meio ambiente e nas pessoas, incluindo os impactos em direitos humanos. Para o tema Mudanças climáticas, identificou os seguintes impactos:
Impactos | Detalhamento | Ocorrência |
Impactos reais positivos | Removemos carbono da atmosfera, por meio da fixação do gás nas florestas plantadas de eucalipto, nativas e no solo. | Em 2024, nossas florestas plantadas removeram 2.745.849 tCO2e, enquanto nossas florestas nativas removeram 1.373.161 tCO2e, totalizando 4.119.010 tCO2e de remoções brutas. |
Impactos reais negativos | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopos 1 e 2, cujo impacto tem extensão restrita e intensidade média. Dispomos de mecanismos de s internos eficientes para gerenciar e reduzir essas emissões (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões). |
Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopo 3, cujo impacto tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle internos e reconhecemos a importância de fortalecer a estratégia de mitigação das emissões de GEE no escopo 3. Com esse objetivo, temos atuado ativamente em comitês e grupos de trabalho dedicados ao tema (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões)). |
CDP
Em 2024, respondemos pela primeira vez aos questionários do CDP (Carbon Disclosure Project) e obtivemos classificação B nos três temas avaliados: Mudanças climáticas, Florestas e Segurança hídrica. Esse resultado é considerado positivo para empresas em seu primeiro ano de reporte e reflete nosso compromisso com a transparência e a gestão responsável dos temas ambientais.
O CDP é uma das principais plataformas globais de divulgação ambiental, reconhecida por promover a padronização e comparabilidade das informações utilizadas por diversos stakeholders, como bancos, clientes, parceiros e sociedade civil. Nossa participação reforça o compromisso com a melhoria contínua da gestão ambiental e o alinhamento às melhores práticas internacionais.
Clima | Floresta | Segurança hídrica |
B | B | B |
Inventário de GEE
Como parte essencial da agenda climática, a Bracell elabora anualmente o inventário corporativo de suas emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Em 2024, esse documento abrangeu a cadeia de valor de celulose, cujas emissões consideram as operações industriais, localizadas no Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP) e no Polo Industrial de Camaçari (BA), além de operações florestais nesses dois estados e no Mato Grosso do Sul, e respectivas operações logísticas (leia mais sobre nossas operações florestais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Os dados do nosso Inventário de GEE são auditados externamente, por terceira parte independente, com carta de verificação publicada em nosso Relatório de Sustentabilidade e nesta Central de Indicadores (leia mais no conteúdo GRI 305 – Emissões).
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell abrange os escopos 1, 2 e 3, sendo desenvolvido de acordo com as orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, com o GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Desde 2022, a Bracell publica os dados de seu Inventário de Emissões de GEE no Registro Público de Emissões.
Somos membro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) e divulgamos nossos dados de Inventário GEE no Registro Público de Emissões, sendo certificada com o selo Ouro do Programa em 2024.
O PBGHG visa promover o reconhecimento das organizações participantes pela iniciativa voluntária de transparência, frente a stakeholders cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental corporativa. O reconhecimento é concedido a organizações que alcançam o mais alto nível de qualificação e transparência na publicação de seus inventários de emissões de gases de efeito estufa no Registro Público de Emissões (RPE) do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Balanço de carbono
As florestas plantadas de eucalipto da Bracell e as áreas de florestas nativas de nossas operações desempenham um papel essencial na remoção de CO₂e da atmosfera, absorvendo e estocando carbono ao longo do ciclo de crescimento das árvores. Isso contribui para a mitigação parcial das nossas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Em 2024, nosso balanço de carbono demonstrou que nossas remoções foram maiores do que nossas emissões, um desempenho melhor comparado aos anos anteriores. O saldo de nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e. Veja os detalhes na tabela abaixo.
Removemos -4.119.009,65 tCO2e da atmosfera em 2024 e nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto
Somos parte do Programa Cooperativo Eucflux-IPEF, que estuda o fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto no Brasil. Por meio dessa iniciativa, contribuímos com o melhor entendimento desses fenômenos em uma área de plantação de eucalipto sob gestão da Bracell, no município de Itatinga (SP), onde dispomos de uma torre de fluxo com os equipamentos que monitoram esses componentes.
O Eucflux é liderado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e pelo Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), com participação de instituições representantes da academia, como a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Nossos investimentos para o monitoramento
A Bracell monitora o fluxo de água e carbono em cinco áreas de plantações de eucalipto e de floresta nativa
Como parte dos compromissos assumidos pela Companhia por meio do Bracell 2030, investimos diretamente na construção de cinco torres de fluxo para monitorar o fluxo de água e carbono em nossas operações. Em 2024, instalamos duas delas – uma em área de floresta nativa em São Paulo e outra torre na Bahia, em área de eucalipto. Também serão instaladas outras duas torres no estado do Mato Grosso do Sul, uma para cada tipo de área de floresta em nossas operações, e uma torre na Bahia, em área de floresta nativa. Os dados são gerenciados e analisados por nosso time de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal.
P&D Florestal e gestão de riscos e impactos em mudanças climáticas
Investimos em melhoramento genético clássico, silvicultura, manejo florestal, extensão florestal e transferência de tecnologia, para garantir o fornecimento sustentável de madeira de alta qualidade em médio e em longo prazos, assegurando, assim, a perenidade do negócio e a excelência de nossos produtos.
A missão da P&D Florestal é melhorar o IMA (Incremento Médio Anual de Madeira) e o IMACEL (Incremento Médio Anual de Celulose) de maneira sustentável. Anualmente, um portfólio de projetos é criado com esse objetivo, respeitando as peculiaridades e características de cada local que a Companhia atua.
Melhoramento genético clássico
A Bracell não utiliza organismos geneticamente modificados (OGM) e desenvolve seus clones de eucalipto por meio do melhoramento genético clássico. Esse processo envolve a geração, avaliação e seleção de clones aprimorados por ciclos sucessivos. O foco do melhoramento genético também está no desenvolvimento de técnicas que visam aumentar a eficiência da clonagem, garantindo madeira de alta qualidade e mais sustentabilidade ao longo do tempo.
Em 2024, a área de P&D Florestal recomendou o plantio comercial de compostos clonais – um em São Paulo e outro na Bahia. Trata-se de um tipo único de cultivar, formado por uma mistura de clones, o que garante menos vulnerabilidade e mais proteção contra pragas, doenças e eventos climáticos adversos. O trabalho desenvolvido foi testado nos viveiros da Companhia e os compostos estão aptos a serem plantados a partir de 2025, para uso comercial da empresa.
Além dos dois compostos clonais, foram recomendados dois novos clones clássicos, um para a operação em São Paulo e outro para a Bahia (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Silvicultura e manejo florestal
A Bracell busca a melhoria contínua dos processos de monitoramento e zoneamento climático, além de adotar práticas de conservação, preparo e fertilização do solo. O controle sustentável de pragas, doenças e plantas daninhas também é uma prioridade, garantindo a saúde e a produtividade das florestas a longo prazo (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell) .
Controle biológico por meio de inimigos naturais
Produzimos 6 milhões de inimigos naturais em São Paulo e 89 milhões na Bahia, em 2024, totalizando 95 milhões de inimigos naturais produzidos no ano (46% a mais que em 2023, quando produzimos 65 milhões). O controle biológico substitui o uso de químicos, prevenindo emissões de gases de efeito estufa N2O.
Extensão florestal e transferência de tecnologia
A empresa oferece assistência técnica especializada e promove a transferência de tecnologia para suas operações florestais, assegurando a implementação de melhores práticas e o aprimoramento constante dos processos.
Estudo de zoneamento climático
Realizamos continuamente estudos de zoneamento climático, a partir da análise de dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. Por meio desse mapeamento, são identificadas áreas de mais aptidão para o plantio de eucalipto. Além disso, a partir desse zoneamento, são feitas recomendações técnicas específicas por região, como alocação de clones, adubação, entre outras.
Em 2024, incluímos um novo parâmetro de diferenciação para o zoneamento na Bahia: a altitude. A partir do trabalho realizado, serão recomendadas formas específicas de plantio, bem como de uso de tipos de cultivares para cada região.
Eficiência energética
Nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP) são autossuficientes na geração de energia. Possuímos caldeira de recuperação que gera vapor e alimenta os turbogeradores para a produção energética. O uso da rede elétrica nacional só é realizado nas paradas realizadas para manutenção de equipamentos. Nesse caso, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conta com cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, destacadamente hidráulica, eólica e solar.
Há compra de energia também para as operações florestais e viveiros, nos quais também utilizamos diesel em geradores de energia.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Energia renovável
Essas linhas foram desenvolvidas para operar livres de combustíveis fósseis e para gerar energia limpa e renovável para a operação, assim como disponibilizar o excedente no grid nacional.
No site de Lençóis Paulista (SP), possuímos uma subestação de 440 kV, com capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para suprir a demanda da fábrica e injetar no SIN um excedente de energia limpa e renovável na ordem de 150 MW a 180 MW, capaz de atender 750 mil residências ou cerca de 3 milhões de pessoas.
Em nossa fábrica da Bahia, também contamos com caldeira de recuperação que gera energia renovável a partir da biomassa de eucalipto.
Em 2024, geramos 192.803.255,26 GJ de energia renovável. Comercializamos para o mercado livre de energia brasileiro 2.718.409,21 GJ de energia gerada a partir de biomassa de eucalipto (leia mais no conteúdo GRI 302).
Temos Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC, na sigla em inglês), uma comprovação de que a energia elétrica que usamos em nossas operações e comercializamos é proveniente de uma fonte renovável.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Atributos de sustentabilidade na Bracell Papéis
As fábricas da Bracell Papéis têm tecnologias para o uso de energia renovável em nossas operações e prevenção de emissões de gases de efeito estufa no transporte de celulose para a fábrica de Tissue do site de Lençóis Paulista (SP).
Energia solar
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) conta com uma área de painel solar de 50 mil m2, em toda cobertura da planta industrial, gerando 7,21 MW de energia renovável e livre de combustíveis fósseis. A geração é capaz de atender a 20% do total consumido pela unidade.
Armazém vertical automatizado e eficiência energética
Os produtos fabricados no site são armazenados em um armazém vertical automatizado, que utiliza elevadores operados por robôs para otimizar a movimentação das mercadorias. Com isso, garantimos mais eficiência energética no processo. A automação reduz a necessidade de iluminação e climatização, resultando em economia de energia na operação de armazenagem.
O sistema proporciona ainda melhor controle logístico, permitindo armazenagem otimizada e movimentação rápida dos produtos, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.
Também agrega segurança e eficiência às nossas operações. A automação minimiza interferências humanas, tornando o processo mais preciso, seguro e sustentável.
Caldeira de biomassa
Na fábrica da Bracell Papéis em Feira de Santana (BA), adquirimos uma caldeira sustentável de biomassa, inaugurada em dezembro. O novo equipamento, mais seguro e eficiente, faz parte do projeto Inovar, que marca o maior volume de investimentos da história da unidade.
Transporte de celulose para a produção de Tissue
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) está localizada no mesmo site das linhas flexíveis da Bracell, onde é produzida a celulose kraft utilizada na fabricação de Tissue. Essa integração logística permite o transporte da celulose por tubulação, eliminando a necessidade de secagem e do transporte rodoviário, o que evita emissões de GEE e otimiza os processos.
Caminhões elétricos
Desde 2023, a Bracell realiza testes com caminhões elétricos no transporte de celulose, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável em todas as etapas da operação. A iniciativa, ainda em fase experimental, contribui para a redução das emissões de GEE em nossa logística e utiliza energia renovável gerada no próprio processo industrial.
Em 2024, os caminhões elétricos transportaram 33,2 mil toneladas de produtos, rodando um total de 91,5 mil quilômetros.
GRI 201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades decorrentes de mudanças climáticas
A Bracell identifica e classifica sistematicamente riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas. Nesse trabalho, os categorizamos como físicos e regulatórios e destacamos suas implicações financeiras sobre os negócios da Companhia. Também buscamos detalhar os métodos aplicados para gerenciamento de cada um deles.
Origem do risco | Risco | Escopo |
---|---|---|
Riscos e oportunidades de origem física | Eventos climáticos extremos (inundações, vendavais e incêndios florestais) | Podem resultar em perdas significativas de ativos florestais, interrupções na produção e abastecimento de matéria-prima, aumento dos custos de seguros e riscos operacionais adicionais. O gerenciamento ocorre por meio de instalações prediais e industriais projetadas contra intempéries, sistemas eficazes de combate a incêndios industriais, planos de emergência específicos para incêndios florestais e contratação de seguros para instalações e equipamentos. |
Riscos e oportunidades de origem física | Mudança nos regimes hídricos | Implica em redução da disponibilidade hídrica, aumento nos custos de obtenção e tratamento da água, e limitações na capacidade produtiva. O gerenciamento envolve monitoramento rigoroso do consumo hídrico conforme outorgas, estabelecimento de metas e indicadores de redução, além de implementação de projetos de reúso de água e utilização de energias renováveis para aumentar a eficiência operacional. |
Riscos e oportunidades de origem física | Escassez hídrica | Representa risco duplo, físico e regulatório, impactando diretamente as outorgas de águas subterrâneas e podendo limitar a produção e expansão futura. O gerenciamento adotado inclui monitoramento contínuo do consumo hídrico, definição de indicadores e metas claras para redução do uso, visando otimizar processos e reduzir perdas. |
Riscos e oportunidades de origem física | Ventos fortes e chuvas intensas | Podem causar danos significativos ao patrimônio, reduzindo ou paralisando operações produtivas. A empresa gerencia esses riscos com estruturas projetadas para resistir a eventos severos, além de contar com planos de emergência e continuidade do negócio. |
Risco e oportunidade de origem regulatória | Incremento nas premissas legais e regulatórias sobre mudanças climáticas | Impõe custos adicionais para adequação às novas exigências legais. O gerenciamento ocorre por meio do monitoramento e controle rigoroso do consumo hídrico e das outorgas, desenvolvimento de estudos e implementação de projetos voltados à redução e reutilização de água nos processos industriais, bem como adoção de energias renováveis e uso de equipamentos elétricos (como empilhadeiras elétricas) para reduzir significativamente o consumo de combustíveis fósseis. |
Processo de gestão de riscos
Nossa Política de Gestão de Riscos Corporativos e Continuidade do Negócio tem como objetivo a identificação, avaliação, tratamento e monitoramento contínuo dos riscos corporativos por meio do processo estruturado de Enterprise Risk Management (ERM). Esse processo segue padrões internacionais como ISO 31000, BSI 31100 e COSO ERM, abrangendo categorias operacionais, sociais, ambientais, de governança, tecnológicas, estratégicas, políticas e financeiras.
A categorização e classificação dos riscos climáticos com impactos financeiros são conduzidas de acordo com a Matriz de Classificação de Riscos da Bracell. Está estabelecido um cronograma claro de implementação do ERM por departamento até 2025, acompanhado por indicadores estratégicos para garantir redução dos riscos identificados a níveis aceitáveis.
Em 2025, será realizada a implementação completa (100%) do processo de ERM em todos os 18 departamentos indicados no cronograma estabelecido, abrangendo áreas fabris, florestais, logísticas e corporativas. O objetivo é executar todas as ações propostas para a redução dos riscos identificados, trazendo como resultado a redução de sete dos principais deles para níveis aceitáveis de criticidade, até o fim do ano.
Métodos utilizados para gerenciar o risco ou a oportunidade de mudanças climáticas
Em nossas operações, adotamos práticas de gestão e investimos em tecnologias com o objetivo de prevenir e mitigar impactos em mudanças climáticas, como a captura e armazenamento de carbono, substituição de combustíveis fósseis, uso de energia renovável e com baixa emissão de carbono, melhoria da eficiência energética, certificados de energia renovável, entre outros métodos (leia mais no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Mudanças Climáticas).
Autossuficiência na produção de eletricidade – geramos a energia limpa e renovável que abastece as duas linhas flexíveis de Lençóis Paulista (SP) – com geração excedente de 150 a 180 MW disponibilizada no grid (capacidade para atender a uma cidade com 3 milhões de habitantes ou 750 mil casas) |
Substituição do uso de combustível fóssil por renovável – nas duas linhas flexíveis do site de Lençóis Paulista (SP), a partir da biomassa do eucalipto, produzimos o gás de síntese, ou Syngás, em nossos gaseificadores de biomassa para operar os fornos de cal. |
Substituição de óleo combustível por gás natural no forno de cal – por meio de tecnologias e ações de engenharia, realizamos o projeto de substituição de óleo 1B (óleo combustível derivado do petróleo) por gás natural no forno de cal da linha mais antiga do site da empresa em Lençóis Paulista (SP). |
Uso de empilhadeiras e caminhões elétricos – estamos incorporando à nossa operação empilhadeiras elétricas que utilizam energia renovável gerada na fábrica de Lençóis Paulista (SP). Também vamos incrementar a frota de caminhões elétricos em nossa operação logística, iniciativa inédita nesse tipo de operação com veículos pesados (com mais de 40 toneladas). O objetivo é reduzir as emissões de GEE. |
Melhoria contínua com foco em clima – contamos com uma equipe focada em melhoria contínua, que conduz projetos e metodologia ágil (Kaizen) na Companhia. A redução de emissões de GEE faz parte de projetos Kaizen em andamento na Bracell. Por meio de fóruns de descarbonização, também discutimos novas tecnologias e práticas a serem adotadas na empresa. |
Pesquisa sobre fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto – somos parte do Programa Cooperativo Eucflux-IPEF, que estuda o fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto no Brasil. Por meio dessa iniciativa, contribuímos com o melhor entendimento desses fenômenos em uma área de plantação de eucalipto sob gestão da Bracell, no município de Itatinga (SP), onde dispomos de uma torre de fluxo com os equipamentos que monitoram esses componentes. |
Investimento em torres de fluxo em áreas de nativas e de plantações de eucalipto – como parte dos compromissos assumidos pela Companhia por meio do Bracell 2030 e considerando a relevância do tema, a Bracell irá dispor de em áreas de eucalipto e de nativas sob sua gestão, nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Em 2024, instalamos duas delas — uma em área de floresta nativa, em São Paulo, e outra torre na Bahia, em área de eucalipto. Também serão instaladas outras duas torres no estado do Mato Grosso do Sul, uma para cada tipo de área de floresta em nossas operações, e uma torre na Bahia, em área de floresta nativa. |
GHG Protocol – divulgamos o inventário de emissões de GEE completo na plataforma de Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol. |
CDP – Em 2024, respondemos pela primeira vez aos questionários do CDP e obtivemos classificação B nos três temas avaliados: Mudanças climáticas, Florestas e Segurança hídrica. Esse resultado é considerado positivo para empresas em seu primeiro ano de reporte e reflete nosso compromisso com a transparência e a gestão responsável dos temas ambientais. |
Asseguração do Inventário de GEE – nosso inventário de GEE – escopos 1, 2 e 3 – e nossas remoções de tCO2e são auditados e verificados externamente. |
GRI 302-1 Consumo de energia dentro da organização
Investimos em processos e tecnologias para promover a utilização eficiente de energia em nossas operações, priorizando fontes renováveis de geração. Temos metas para 2030 de redução de emissões de gases de efeito estufa por tonelada de celulose produzida. Também contamos com políticas e ações para mitigar esse impacto e estabelecer uma produção de baixo carbono
A redução da intensidade energética, o uso eficiente de energia e o investimento em uma matriz de baixo carbono são iniciativas da Bracell para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (leia mais no conteúdo GRI 305 – Emissões).
Nossas fábricas são autossuficientes na geração de energia. O uso da rede elétrica nacional só é realizado nas paradas de manutenção. Nesse caso, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) que conta com cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, destacadamente hidráulica, eólica e solar. Além disso, comercializamos para o mercado livre de energia o excedente de nossa geração, com certificado I-REC, contribuindo para esse alto percentual de fontes limpas do país.
Nos pátios de estocagem da nossa fábrica em Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também seguimos com a utilização de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário de Pederneiras (SP).
Na gestão energética de nossas operações:
- Contamos com uma caldeira de biomassa em nossa unidade de fabricação de celulose em Lençóis Paulista (SP). Ela gera energia renovável a partir da biomassa de eucalipto, composta por resíduos da própria planta e outras substâncias originadas no processo produtivo da celulose solúvel, incluindo licor negro.
- Todas as linhas da unidade foram desenvolvidas para operar livres de combustíveis fósseis e para gerar energia limpa para o mercado brasileiro, que é abastecido com o excedente da fábrica da Bracell.
- No site de Lençóis Paulista (SP), possuímos uma subestação de 440 kV, com capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para atender à fábrica e injetar no Sistema Interligado Nacional (SIN) um excedente de energia limpa e renovável na ordem de 150 MW a 180 MW, capaz de atender 405 mil residências ou cerca de 1,6 milhão de pessoas.
- Nossa fábrica de Tissue inaugurada em Lençóis Paulista em 2024 possui um painel solar de 50 mil m², gerando energia renovável e livre de combustíveis fósseis que geram 7,21 MW, equivalente a 20% do consumo da fábrica. O investimento, de R$ 21 milhões, destaca-se como uma das maiores iniciativas recentes em energia renovável no setor. A usina, composta por 10.836 placas solares, foi construída ao longo de quatro meses, contando com a dedicação de 59 profissionais em um processo altamente coordenado, que envolveu operações especializadas de içamento, distribuição e fixação dos equipamentos, além da construção de uma central de controle para monitoramento e gestão da energia gerada. A conclusão desse projeto é um marco para a empresa e reafirma nosso compromisso com soluções sustentáveis e eficientes.
- Na fábrica da Bracell Papéis em Feira de Santana (BA), instalamos uma nova caldeira sustentável de biomassa, inaugurada em dezembro. O novo equipamento, mais seguro e eficiente – com fonte de alimentação automatizada, faz parte do projeto Inovar, que marca a maior série de investimentos da história da unidade.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 1.579.433,51 | 1.541.824,41 | 17.706.299,98 |
São Paulo Celulose | 5.828.717,43 | 6.248.231,37 | 177.670.455,60 |
Papéis Sudeste | – | – | 380.731,13 |
Papéis Nordeste | – | – | 543.413,07 |
Bracell | 7.408.150,94 | 7.790.055,78 | 196.300.899,77 |
Nota: O cálculo do consumo de energia corresponde à energia adquirida somada à energia produzida, descontando-se a energia comercializada externamente.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 1.262.907,28 | 1.066.178,70 | 17.178.104,38 |
São Paulo Celulose | 8.896.430,99 | 9.387.409,61 | 180.045.408,44 |
Papéis Sudeste | – | – | 380.731,13 |
Papéis Nordeste | – | – | 370.631,18 |
Bracell | 10.159.338,27 | 10.453.588,31 | 197.974.875,12 |
Nota: em 2024, houve uma mudança na metodologia de cálculo da geração e consumo de energia em todas as operações da Bracell. Diferentemente dos anos de 2022 e 2023, quando apenas o consumo de energia elétrica era considerado, a partir de 2024 passou-se a adotar um racional mais abrangente. O novo método inclui todos os tipos de energia consumidos nos processos produtivos, como eletricidade, vapor, combustíveis (renováveis e não renováveis), além de demais fontes relacionadas ao aquecimento e vapor.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 348.790,00 | 486.127,30 | 538.992,00 |
São Paulo Celulose | 112.990,60 | 367.038,00 | 332.659,68 |
Papéis Sudeste | – | – | 0,00 |
Papéis Nordeste | – | – | 172.781,89 |
Bracell | 461.780,60 | 853.165,30 | 1.044.433,57 |
Nota: 1. o consumo de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) refere-se aos períodos de parada geral das fábricas e das manutenções corretivas do processo produtivo.
2. A Bracell Papéis Sudeste utiliza energia gerada a partir do processo de fabricação de celulose. Por esse motivo, a unidade não realiza a compra de energia.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 32.263,77 | 10.481,59 | 10.796,40 |
São Paulo Celulose | 3.180.704,16 | 3.506.216,24 | 2.707.612,52 |
Bracell | 3.212.967,93 | 3.516.697,83 | 2.718.408,92 |
Nota: a redução da venda de energia pelo site de Lençóis Paulista (SP) se explica pela redução de exportação devido ao aumento do consumo interno de energia.
Total de energia consumida dentro da organização, por tipo de energia (GJ)
Tipo de energia | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Papéis Sudeste | Papéis Nordeste | Bracell |
Combustíveis não renováveis consumidos | 2.979.196,54 | 1.312.265,36 | 3.338,29 | 5.712,94 | 4.300.513,13 |
Combustíveis renováveis consumidos | 13.659.915,84 | 64.775.904,80 | 0,00 | 192.136,34 | 78.627.956,98 |
Eletricidade, aquecimento, resfriamento e vapor adquiridos para consumo | 538.992,00 | 113.957.238,28 | 377.392,84 | 172.781,89 | 115.046.405,01 |
Venda do excedente de eletricidade, aquecimento, refrigeração ou vapor autogerado | 10.796,40 | 2.707.612,52 | 0,00 | 0,00 | 2.718.408,92 |
Total | 17.178.104,38 | 180.045.408,44 | 380.731,13 | 370.631,18 | 197.974.875,12 |
GRI 302-3 Intensidade energética
Intensidade energética é a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade de produto ou serviço. Utilizamos a medida GJ/adt, indicando o consumo de energia por tonelada de celulose ou de papel secos ao ar fabricados pela Companhia.
Até 2023, a Bracell considerou como dados de consumo de energia fora da organização os valores referentes à energia comprada, utilizada em suas próprias operações. Os dados de consumo de energia em unidades fora do limite operacional e que não estão no controle direto da Bracell não integram a gestão de dados de sustentabilidade da Companhia. A empresa reporta os dados de energia fora da organização em seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, nas emissões de escopo 3, que abrangem as operações de produção e comercialização de celulose.
Em 2024, as operações da Bracell Papéis iniciaram a integração de suas operações aos processos e procedimentos de gestão da Bracell e Grupo RGE, por esse motivo não foram incluídas no escopo de coleta de dados do inventário de emissões de gases de efeito estufa e apresentam indisponibilidades de dados operacionais em razão dos processos priorizados em 2024. Os dados indisponíveis nesse relatório serão publicados a partir do reporte referente ao desempenho de 2025.
Para o ano de 2025, a Bracell reportará os dados de consumo de energia fora da organização, bem como incluirá em seu reporte do inventário de emissões de gases de efeito estufa as operações de produção e comercialização de papéis.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 3,29 | 3,27 | 3,19 |
São Paulo Celulose | 1,95 | 2,07 | 2,12 |
Papéis Sudeste | – | – | – |
Papéis Nordeste | – | – | – |
Total | 5,24 | 5,34 | 5,31 |
Nota: 1. Os dados de intensidade energética são calculados considerando o volume de energia elétrica consumida por tonelada de produto produzido: celulose kraft e celulose solúvel. Por razão de confidencialidade, a Bracell não reporta dados de produção. Além disso, em 2024 a Bracell Papéis iniciou a integração de suas operações aos processos e procedimento de gestão da Bracell e Grupo RGE. Por esse motivo, apresentam indisponibilidade de dados operacionais em razão dos processos priorizados em 2024. Os dados indisponíveis neste relatório serão publicados a partir do reporte referente ao desempenho de 2025.
GRI 302-4 Redução do consumo de energia
A redução do consumo visa minimizar desperdícios, diminuir custos operacionais e mitigar impactos ambientais, promovendo um uso mais racional e sustentável dos recursos energéticos.
A partir de 2024, houve uma mudança na metodologia de cálculo do consumo de energia, que passou a considerar todos os tipos de energia utilizados nos processos produtivos, incluindo energia elétrica, vapor, combustíveis renováveis e não renováveis, entre outros. Nos anos anteriores (2022 e 2023), apenas o consumo de energia elétrica era considerado. Dessa forma, não é possível comparar diretamente os valores de consumo de energia entre os anos de 2023 e 2024, pois os critérios de mensuração são diferentes.
Essa atualização metodológica visa proporcionar uma análise mais precisa e abrangente do desempenho energético das operações da Bracell. Saiba mais no conteúdo GRI 302-1 Consumo de energia dentro da organização.
GRI 305-1 Emissões diretas (Escopo 1) de gases de efeito estufa (GEE)
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além do Mato Grosso do Sul.
Em 2024, as emissões fósseis da Bracell de escopo 1 representaram 43% do total e somaram 731.362,80 tCO2e, um aumento de 22,4% em comparação ao ano anterior. Esse acréscimo foi impulsionado majoritariamente pelo incremento no uso de combustíveis fósseis em nossa logística, principalmente devido ao aumento no raio do transporte de madeira das áreas de plantio até a fábrica, e crescimento expressivo no número de incêndios florestais.
Os gases incluídos no cálculo do escopo 1 de emissões são: CO2, CH4, N2O, HFCs e SF6.
Categorias Escopo 1 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Combustão móvel | 96.418,86 | 15,7 | 121.700,47 | 20,4 | 214.992,18 | 29,4 |
Combustão Estacionária | 356.481,66 | 58,0 | 309.539,10 | 51,8 | 296.113,67 | 40,5 |
Resíduos e efluentes gerados | 46.321,353 | 7,5 | 596,11 | 0,1 | 13.974,3 | 1,9 |
Fugitivas | 3.139,38 | 0,5 | 5.231,53 | 0,9 | 12.284,43 | 1,7 |
Atividades Agrícolas | 111.079,27 | 18,1 | 155.955,17 | 26,1 | 154.586,98 | 21,1 |
Mudança do Uso do Solo | 1.232,10 | 0,2 | 4.431,98 | 0,7 | 39.411,23 | 5,4 |
Total | 614.672,64 | 100 | 597.454,38 | 100 | 731.362,80 | 100 |
A Bracell reporta suas emissões biogênicas de CO₂ associadas às suas operações florestais e industriais. Elas incluem a combustão de biomassa, o uso de biocombustíveis renováveis na frota logística, ocorrência de incêndios e a dinâmica natural do ciclo do manejo do eucalipto. Diferentemente das emissões de origem fóssil, as emissões biogênicas são geralmente consideradas neutras em termos de carbono no longo prazo, uma vez que derivam de biomassa renovável que, durante seu crescimento, absorve CO₂ da atmosfera.
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 1 – Biogênicas | 10.415.840,85 | 10.810.512,98 | 9.156.105,51 |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu 4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Por outro lado, em 2024 tivemos reduções consideráveis na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-2 Emissões indiretas (Escopo 2) de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 2 representou 1% das nossas emissões totais. Tivemos um aumento de 37,5% de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN). Isso se deve a fatores como a expansão dos escritórios da MS Florestal, mais uso de energia em nosso terminal portuário e variações operacionais, como paradas das turbinas geradoras nas unidades de São Paulo e Bahia. Além disso, na unidade da Bahia, a priorização estratégica da importação de energia elétrica em substituição ao gás natural, junto a períodos de menos eficiência na área de evaporação, que limitaram o uso do licor para geração de energia, contribuíram para esse aumento.
Categoria Escopo 2 | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | |
Aquisição de energia elétrica | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Total | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471, tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-3 Outras emissões indiretas (Escopo 3) de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 3 representou das nossas emissões totais. Houve redução de 11,2% nas emissões, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Nesse ciclo, a Bracell cobriu 10.936,50 tCO₂e de emissões geradas nos fretes marítimos destinados à Europa, por meio da aquisição das licenças de emissão exigidas pelo EU ETS (European Union Emissions Trading System) – mecanismo de precificação de carbono da União Europeia que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio da limitação e comercialização de licenças de emissão (EUAs – European Union Allowances). Em 2024, o transporte marítimo passou a integrar o escopo do sistema. Com isso, embarcações que acessam portos europeus devem adquirir allowances proporcionais às emissões de CO₂ geradas durante suas rotas, desde a partida do Brasil.
A participação no EU ETS representa um avanço importante na gestão climática da cadeia logística da Bracell. Além de assegurar conformidade com a regulação ambiental europeia, essa medida contribui para a precificação do carbono nas operações logísticas internacionais. Indiretamente, os recursos gerados pela compra de licenças de emissão são destinados pela União Europeia a iniciativas de inovação, energia limpa e adaptação climática, contribuindo para a transição energética na região.
Categorias Escopo 3 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Bens e serviços comprados | 114.281,440 | 12,22% | 63.152,273 | 5,77% | 47.464,05 | 4,88% |
T&D Upstream | 24.542,906 | 2,62% | 62.808,497 | 5,74% | 61.756,05 | 6,36% |
Resíduos sólidos da operação | 828,425 | 0,09% | 41.579,743 | 3,80% | 26.523,86 | 2,73% |
Viagens a negócio | 541,395 | 0,06% | 547,172 | 0,05% | 364,99 | 0,04% |
Deslocamento de funcionários | 5.103,384 | 0,55% | 12.744,223 | 1,16% | 9.603,34 | 0,99% |
T&D Downstream | 789.995,711 | 84,47% | 913.771,498 | 83,48% | 826.027,12 | 85,01% |
Total | 935.183,261 | 100,00% | 1.094.603,40 | 100,00% | 971.739,41 | 100,00% |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
GRI 305-4 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, a Bracell aumentou em aproximadamente 19% sua intensidade de emissões de GEE dos escopos 1 e 2 em relação ao ano de 2023. Esse acréscimo foi impulsionado, principalmente, pelo maior uso de combustíveis fósseis em nossa logística e pelo crescimento expressivo no número de incêndios florestais, além do aumento de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN) em decorrência do aumento das nossas operações
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 e 2 | 0,167 | 0,174 | 0,208 |
Nota: a métrica de intensidade de emissões da Bracell considera os escopos 1 e 2 das unidades de São Paulo e Bahia, por considerar o volume de emissões de gases de efeito estufa no processo de fabricação de celulose.
GRI 305-5 Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Em 2024, não houve reduções totais. No ano, observamos, no entanto, reduções na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, além de reduções no escopo 3, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Unidade Operacional | Emissões totais 2023 (tCO2e) | Emissões totais 2024 (tCO2e) | Redução das emissões (tCO2e) |
---|---|---|---|
São Paulo Celulose | 1.204.383,06 | 1.235.985,47 | 31.602,41 |
Bahia Celulose | 367.239,46 | 357.234,41 | -10.005,05 |
MS Florestal | – | 123.095,97 | 123.095,97 |
Total | 1.701.669,08 | 1.716.315,84 | 14.646,76 |
GRI 305-6 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO)
Dentre as substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO), a Bracell emitiu em 2024 o total de 4.890,11 tCO2e, contemplando HCFC-22 e HCFC-141b.
Essas substâncias, ao atingirem a estratosfera, degradam o ozônio, que atua como um escudo contra a radiação ultravioleta (UV) do sol. Controlar essas emissões é crucial para preservar a vida na Terra e mitigar desequilíbrios ambientais globais.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||
HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | |
São Paulo Celulose | 2.010,62 | 63,34 | 2.073,96 | 1.795,20 | 10,64 | 1.805,84 | 3.498,18 | 92,28 | 3.590,46 |
Bahia Celulose | 553,70 | 0,00 | 553,70 | 538,28 | 0,00 | 538,28 | 1.299,65 | 0,00 | 1.299,65 |
Bracell | 2.564,32 | 63,34 | 2.627,66 | 2.333,48 | 10,64 | 2.344,12 | 4.797,83 | 92,28 | 4.890,11 |
Escopo | Gás | 2022 | 2023 | 2024 | |||
Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | ||
Escopo 1 | CO2 | 477.674,63 | 477.674,63 | 491.508,77 | 491.508,77 | 561.224,17 | 561.224,17 |
CH4 | 2.006,85 | 56.191,88 | 433,48 | 12.137,29 | 1.919,79 | 53.782,94 | |
N2O | 293,10 | 77.671,10 | 334,36 | 88.606,19 | 291,54 | 104.422,94 | |
HFC | 2,41 | 3.134,44 | 4,00 | 5.199,24 | 6,38 | 11.932,69 | |
HFC-32 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 1.970,24 | |
HFC-125 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 9.242,76 | |
HFC-134a | 0,000 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,55 | 719,22 | |
HFC-152a | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,46 | |
SF6 | 0,00 | 0,59 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,05 | |
TOTAL ESCOPO 1 | 479.976,99 | 614.672,64 | 492.280,60 | 597.451,49 | 551.283,74 | 692.013,28 | |
Escopo 2 |
CO2 |
5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 |
TOTAL ESCOPO 2 | 5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 | |
Escopo 3 | CO2 | 920.172,96 | 920.172,96 | 1.035.677,11 | 1.035.677,11 | 910.252,13 | 910.252,13 |
CH4 | 47,77 | 1.336,62 | 1.504,97 | 42.138,76 | 947,31 | 26.218,61 | |
N2O | 51,60 | 13.673,67 | 63,35 | 16.787,53 | 140,08 | 35.268,67 | |
TOTAL ESCOPO 3 | 920.272,30 | 935.183,26 | 1.037.245,42 | 16.787,53 | 911.339,52 | 971.739,41 |
GRI 305-7 Emissões de NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas
Os óxidos de nitrogênio (NOx), os óxidos de enxofre (SOx), o material particulado (MP) e os compostos de enxofre reduzido total (TRS) estão entre os poluentes atmosféricos mais críticos devido aos seus impactos diretos e indiretos sobre o clima e a saúde humana. Esses poluentes são principalmente gerados pela queima de combustíveis fósseis e processos industriais.
Substância | Unidade | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | ||
NOX | t | NA | 451,93 | 448,42 | NA | 2.847,74 | 3.131,48 | NA | 3.299,64 | 3.579,90 |
SOX | t | NA | 30,47 | 39,65 | NA | 139,89 | 59,05 | NA | 170,36 | 98,70 |
MP | t | NA | 197,30 | 199,99 | NA | 643,26 | 473,22 | NA | 840,56 | 673,21 |
TRS | t | NA | 2,70 | 12,57 | 59,14 | 43,04 | 30,93 |
59,14 |
45,74 | 43,5 |
Notas: 1. Pela materialidade do tema, a Companhia passou a reportar os dados a partir de 2023, incluindo emissões de NOx, SO₂ e material particulado.
2. Dados consideram os reportes para EU Ecolabel e Nordic Swan para celulose kraft.
3. Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs, na sigla em inglês) não são mensurados em emissões atmosféricas.
Essas substâncias afetam o meio ambiente e a saúde humana, contribuindo para a formação da chuva ácida, que danifica ecossistemas e estruturas, e contribui para a ocorrência de problemas respiratórios. Portanto, reforça a necessidade de controle e redução de suas emissões para mitigar seus impactos.
No estado de São Paulo, as emissões atmosféricas da Bracell foram calculadas com base nos fatores de emissão fornecidos pela Cetesb. A metodologia adotada seguiu a Decisão de Diretoria nº 10/2010/P de 12/01/2010. O cálculo das emissões foi realizado por meio da medição direta, utilizando analisadores contínuos na linha de produção. Todos os valores reportados estão expressos em t/ano.
Na Bahia, a metodologia utilizada seguiu as diretrizes da Portaria nº 18.841, de 03/08/2019, especificamente no que se refere à manutenção do plano de monitoramento das emissões atmosféricas para garantir o cumprimento dos padrões em valores de médias diárias, abrangendo TRS, MP, SOx e NOx. Também foram seguidas as disposições da Resolução Conama nº 382, de 26 de dezembro de 2006.
Assim como em São Paulo, o cálculo das emissões na Bahia foi feito por meio da medição direta, com analisadores contínuos na linha de produção. O objetivo principal é atender integralmente à Portaria nº 18.841, garantindo o monitoramento adequado das emissões e o cumprimento das normas regulamentadoras. Além disso, busca-se a meta de zero desvio no cumprimento dos parâmetros legislados.
RR-PP-110a.1: Total de emissões brutas do Escopo 1
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além do Mato Grosso do Sul.
Em 2024, as emissões fósseis da Bracell de escopo 1 representaram 43% das nossas emissões e totalizaram 731.362,80 tCO2e, com um aumento de 21,9% em comparação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado majoritariamente pelo incremento no uso de combustíveis fósseis em nossa logística, principalmente devido ao aumento no raio do transporte de madeira das áreas de plantio até a fábrica, e crescimento expressivo no número de incêndios florestais.
Os gases incluídos no cálculo do escopo 1 de emissões são: CO2, CH4, N2O, HFCs e SF6.
A Bracell reporta suas emissões biogênicas de CO₂ associadas às suas operações florestais e industriais. Essas emissões incluem a combustão de biomassa, o uso de biocombustíveis renováveis na frota logística, ocorrência de incêndios e a dinâmica natural do ciclo do manejo do eucalipto. Diferentemente das emissões de origem fóssil, as emissões biogênicas são geralmente consideradas neutras em termos de carbono no longo prazo, uma vez que derivam de biomassa renovável que, durante seu crescimento, absorve CO₂ da atmosfera.
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 1 – Biogênicas | 10.415.840,85 | 10.810.512,98 | 9.156.105,51 |
Nota: as emissões biogênicas de escopo 1 acima consideram combustão estacionária (biomassa), combustão móvel, atividades agrícolas e mudança do uso do solo.
RR-PP-110a.2: Discussão da estratégia de longo e curto prazos ou plano para gerenciar as emissões do Escopo 1, metas de redução de emissões e uma análise do desempenho em relação a essas metas.
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Para gerenciar o tema material Mudanças climáticas, contamos com políticas, planejamento de ações, metas e monitoramento contínuo de resultados de nossas iniciativas nessa área. Buscamos atuar em uma economia de baixo carbono e adaptada ao cenário de um planeta com temperatura média mais alta.
Estabelecemos, com o Bracell 2030, compromissos para redução de emissões de gases de efeito estufa, dentro do pilar Ação pelo Clima.
A tabela abaixo reporta nosso desempenho em 2024:
Pilar estratégico | Meta 2030 | Baseline 2020 | Meta 2030 | Meta 2024 | Desempenho 2024 | ODS atendidos |
AÇÃO PELO CLIMA |
Reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt. |
0.482 tCO2e/adt | 0,122 tCO2e/adt | 0,151 tCO2e/adt | 0,208 tCO2e/adt | 13, 14, 15 |
25 MtCO₂e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030 |
Remoções líquidas de carbono =
emissões fósseis de GEE + emissões biogênicas LULUCF – remoções totais de CO₂ dos plantios de eucalipto e áreas de vegetação nativa |
25 MtCO2e | 22,19 MtCO2e | 4,30MtCO2e | 13, 14, 15 |
Nota: a meta de intensidade de emissões da Bracell (tCO₂e/t de produção) considera as produções de celulose kraft e celulose solúvel (dissolving). A linha de base de 2020 foi calculada com a soma direta dos volumes físicos dos dois produtos, sem aplicação de fator de conversão. A partir de 2022, com o início da produção de dissolving na unidade de São Paulo, passou-se a aplicar um fator técnico de conversão para expressar a produção de dissolving em equivalente kraft. Essa atualização traz mais aderência à realidade dos processos industriais, ao considerar as diferenças entre os tipos de produto e seus respectivos consumos e emissões.
No Bracell 2030, temos dois compromissos relacionados ao tema material Mudanças climáticas. Nossas metas foram elaboradas considerando a análise de riscos e impactos – positivos e negativos – das operações da Bracell no contexto das mudanças climáticas. Nossas operações emitem gases de efeito estufa (GEE) e capturam CO2 da atmosfera por meio do crescimento e conservação das áreas florestais sob gestão da Companhia, tanto as plantadas, de eucalipto, como as nativas.
Até 2030, assumimos o compromisso de reduzir em 75% nossas emissões de carbono por tonelada de produto fabricado, tendo 2020 como ano de referência para realizar a comparação dos dados medidos. Isso significa chegar a 0,122 tCO2e/adt. Adicionalmente, vamos remover 25 MtCO2e da atmosfera considerando o intervalo de uma década — de 2020 até 2030.
Para 2024, estabelecemos como metas intermediárias fechar o ano com 0,151 tCO2e/adt e tendo removido 22,19 MtCO2e. Os resultados mensurados são detalhados abaixo:
Meta 1: reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt.
De 2020 a 2024, reduzimos 61% de emissões de carbono por tonelada de produto, atingindo o valor de 0,208 tCO2e/adt.
Embora tenhamos alcançado uma redução de 63% de nossas emissões em intensidade nesse período, alguns fatores contribuíram para que não fosse atingida a meta estabelecida para 2024. A redução das emissões foi afetada negativamente, principalmente, pelo aumento da combustão móvel nas nossas operações e uma maior ocorrência de incêndios. Por outro lado, nesse ano alcançamos resultados significativos em nossas operações, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, o que reduziu nossas emissões de combustão estacionária – nossa categoria de mais emissão de escopo 1 – e nos coloca no caminho certo para cumprir nossas metas de longo prazo.
Estamos implementando, ainda, diversas ações para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas e continuar avançando em direção à descarbonização de nossas operações. Os investimentos realizados para o uso de caminhões elétricos no transporte de celulose, em fase de testes, e para a geração e utilização de energia renovável são exemplos que detalhamos no capítulo Eficiência energética.
Meta 2: 25 MtCO2e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030
De 2020 a 2024, removemos 4.229.568 tCO2e. Esse valor considera o balanço de carbono de nossas operações, ou seja, a diferença entre o total de remoções e emissões (antropogênicas e biogênicas LULUCF).
Em 2024, enfrentamos o mais desafiador cenário hidrológico dos últimos cinco anos na região do estado de São Paulo. Essa condição extrema foi provocada, principalmente, pelo aumento das temperaturas e pela redução significativa do volume de chuvas. O déficit hídrico tem impacto direto na produtividade florestal: quanto maior o déficit, menor o crescimento das florestas de eucalipto, o que compromete a capacidade de remoção de CO₂ da atmosfera, realizada por essas florestas em processo de crescimento.
Além disso, as condições climáticas adversas intensificaram significativamente a ocorrência de incêndios florestais.
Como resultado desses fatores climáticos extremos, alcançamos apenas 19% da meta de remoções estabelecida para 2024.
A Bracell tem desenvolvido uma série de iniciativas para mitigar esses impactos e aumentar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas. Entre as principais ações estão: o monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto; investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal (P&D); a gestão integrada de riscos e impactos relacionados ao clima; e a realização de estudos de zoneamento climático. Saiba mais nos capítulos Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto e Estudo de zoneamento climático.
RR-PP-120a.1: Emissões atmosféricas dos seguintes poluentes: (1) NOx (excluindo N2O), (2) SO2, (3) compostos orgânicos voláteis (VOCs), (4) material particulado (PM) e (5) poluentes atmosféricos perigosos (HAPs)
Os óxidos de nitrogênio (NOx), os óxidos de enxofre (SOx), o material particulado (MP) e os compostos de enxofre reduzido total (TRS) estão entre os poluentes atmosféricos mais críticos devido aos seus impactos diretos e indiretos sobre o clima e a saúde humana. Esses poluentes são principalmente gerados pela queima de combustíveis fósseis e processos industriais.
A redução dessas emissões é essencial para proteger a saúde humana, melhorar a qualidade do ar e mitigar impactos ambientais, pois são gases que estão associados a doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer, além de contribuírem para a formação de chuva ácida e para a poluição secundária. Sua redução também ajuda na proteção de sensíveis.
Em 2024, as emissões da Bracell estiveram dentro dos parâmetros exigidos pela legislação brasileira.
Substância | Unidade | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | ||
NOX | t | NA | 451,93 | 448,42 | NA | 2.847,74 | 3.131,48 | NA | 3.299,64 | 3.579,90 |
SOX | t | NA | 30,47 | 39,65 | NA | 139,89 | 59,05 | NA | 170,36 | 98,70 |
MP | t | NA | 197,30 | 199,99 | NA | 643,26 | 473,22 | NA | 840,56 | 673,21 |
TRS | t | NA | 2,70 | 12,57 | 59,14 | 43,04 | 30,93 |
59,14 |
45,74 | 43,5 |
Notas: 1. Pela materialidade do tema, a Companhia passou a reportar os dados a partir de 2023, incluindo emissões de NOx, SO₂ e material particulado.
2. Dados consideram os reportes para EU Ecolabel e Nordic Swan para celulose kraft.
3. Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs, na sigla em inglês) não são mensurados em emissões atmosféricas.
RR-PP-130a.1: (1) Energia total consumida, (2) porcentagem de eletricidade oriunda da rede pública (grid), (3) porcentagem de biomassa, (4) porcentagem de outras energias renováveis.
Temos como objetivo garantir que nossas fábricas sejam autossuficientes na geração de . Trabalhamos para que o uso da rede elétrica nacional só seja realizado nas paradas de manutenção das fábricas. Nesses casos, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A matriz energética brasileira é um diferencial importante para as operações da Bracell, com uma alta participação de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares. Isso contribui para a eficiência de nossas operações, ao mesmo tempo em que reflete nosso compromisso com práticas sustentáveis. Embora a variabilidade da oferta de energia possa afetar a disponibilidade e o custo em períodos de seca, a predominância das fontes renováveis ajuda a mitigar esses impactos e garantir a continuidade das operações de forma estável e sustentável.
Energia consumida | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Papéis Sudeste1 | Papéis Norddeste |
Total de energia consumida (GJ)² | 17.706.299,98 | 177.670.455,60 | 380.731,13 | 543.413,07 |
Porcentagem eletricidade de rede | 3,04 | 0,18 | 0,00
|
31,80 |
Porcentagem oriunda de biomassa³ | 77,15 | 36,46 | 0,00 | 35,36 |
Notas: 1. A Bracell Papéis Sudeste utiliza energia gerada a partir do processo de fabricação de celulose. Por esse motivo, a unidade não realiza a compra de energia.
2. Energia consumida = energia gerada + energia comprada – energia vendida.
3. Como referência para a “Porcentagem oriunda de Biomassa”, foi considerando a soma do Licor Negro e da Biomassa.