GRI 407-1 Operações e fornecedores em que o direito à liberdade sindical e à negociação coletiva pode estar em risco
Não temos operações ou fornecedores que apresentem riscos de violação do direito dos trabalhadores de exercerem a liberdade sindical ou negociação coletiva. Reafirmamos nosso compromisso com a proteção dos direitos trabalhistas, proporcionando um ambiente seguro, inclusivo e respeitoso. Nossa política interna de recursos humanos enfatiza a diversidade, igualdade e justiça, assegurando total cumprimento das legislações e regulamentações locais e internacionais. Dessa forma, garantimos que os direitos relacionados à liberdade sindical sejam sempre protegidos e respeitados.
GRI 2-8 Trabalhadores que não são empregados
Em 2024, nossa cadeia de fornecedores somou 1.914 parceiros cadastrados, com contratos ativos nas operações da Bracell e Bracell Papéis Sudeste, atuantes diretamente no site de Lençóis Paulista (SP). Nas operações da Bahia e Pernambuco – Bracell e Bracell Papéis Nordeste – somamos o total de 9.823 fornecedores com contratos ativos.
Contratamos localmente 91% dos fornecedores de São Paulo – para as operações da Bracell e Bracell Papéis Sudeste – e 61% dos fornecedores da Bahia – para as operações da Bracell. Na Bracell Papéis Nordeste, o percentual foi de 53,15% – que incluem operações de Feira de Santana (BA), São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE).
São considerados fornecedores locais aqueles situados nos estados onde nossas unidades operacionais estão localizadas. O cálculo do percentual de compras com fornecedores locais considera todas as unidades operacionais da Companhia. Por motivos de confidencialidade, a Bracell não divulga dados financeiros (leia mais o conteúdo GRI 204-1 Proporção de gastos com fornecedores locais).
Gênero | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||
Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Papéis Sudeste | Papéis Nordeste | Bracell | |
Homens | 3.025 | – | 12.434 | 2.671 | 12.056 | 14.727 | 3.877 | 11.397 | 502 | – | 15.776 |
Mulheres | 138 | – | 138 | 108 | 1.182 | 1.320 | 202 | 1.356 | 16 | – | 1.574 |
Total | 3.544 | 12.434 | 15.597 | 2.809 | 13.238 | 16.047 | 4.079 | 12.753 | 518 | 5.744 | 17.350 |
Notas: 1. o número de profissionais se refere a trabalhadores terceirizados que desempenham funções em áreas como alimentação e restaurante, limpeza, manutenção e reparos de máquinas e equipamentos, segurança, além de fornecedores que atuam em engenharia, serviços florestais e transporte.
2. a Bracell Papéis iniciou suas operações em 2023 e reporta pela primeira vez seu desempenho em indicadores de sustentabilidade referente ao ano de 2024.
3. as operações da Bracell Papéis Nordeste estão em fase de integração de processos ao sistema de gestão da Bracell. Os dados de trabalhadores estão disponíveis apenas em relação ao seu número total, sem a estratificação por gênero.
GRI 3-3 Gestão do tema material Água e Efluentes
A água é um bem essencial para a vida humana, para a preservação de ambientes naturais e da biodiversidade, assim como para a produção da Bracell. Preservá-la, por meio da conservação de nascentes e da proteção de matas ciliares nas áreas em que operamos, é um compromisso assumido pela Companhia. Indo além, nos desafiamos a reduzir, até 2030, 47% de nosso consumo hídrico por tonelada de produto fabricado. São todos movimentos que demonstram a seriedade com a qual abordamos o tema em nossas operações.
Nossas práticas de gestão sobre esses temas objetivam a redução do consumo hídrico na produção de celulose, a preservação da água e das bacias hidrográficas, incrementar a eficiência no consumo do recurso em nossas operações industriais, gerenciar riscos e impactos de disponibilidade hídrica e ter ganho de eficiência na gestão de efluentes gerados em nossos processos de fabricação.
Integram nossas práticas de gestão de água processos de monitoramento e controle da captação, do descarte e do consumo em nossas operações florestais e industriais. São parte de nosso Sistema Integrado de Gestão políticas corporativas, procedimentos operacionais, matrizes de riscos, aspectos e impactos ambientais. Essas regras atendem aos requisitos das normas certificadoras ISO 14001, ISO 9001, Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC), à legislação brasileira competente, às normas regulamentadoras e a protocolos internacionais de gestão em sustentabilidade.
Os departamentos de Meio Ambiente e Certificações das operações florestais e industriais são responsáveis pelo Sistema Integrado de Gestão e têm reporte direto à alta liderança em relação à melhoria contínua de práticas de gestão e performance nas certificações e processos realizados anualmente.
Como parte do Bracell 2030, nossa estratégia de sustentabilidade, temos meta de eficiência hídrica em nosso processo industrial. Até 2030, queremos atingir 47% de redução no consumo de água por tonelada de celulose produzida, alcançando 16,6 m3/adt. Em 2024, o nosso consumo totalizou 19,2 m3/adt, atingindo a meta prevista para o ano.
Em nossas operações florestais, especificamente na silvicultura, planejamos o plantio de eucalipto a partir do estudo de zoneamento climático, conduzido pelo departamento de Pesquisa & Desenvolvimento Florestal. Esse estudo analisa dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. A partir desses dados coletados, são recomendadas áreas para plantio com mais disponibilidade hídrica (leia mais sobre nossa gestão em Ação pelo Clima).
Estamos ativamente engajados na redução do uso de produtos químicos nocivos e fertilizantes inorgânicos em nossas operações florestais com potencial de contaminação do solo e recursos hídricos. No que concerne ao compromisso de não utilizar produtos químicos listados nas convenções de Estocolmo e Roterdã, a empresa busca alternativas à sulfluramida para o manejo de formigas cortadeiras, participando de programas cooperativos e realizando testes internos para identificar opções mais seguras.
Quanto à minimização do uso de fertilizantes inorgânicos, a Bracell investiga o uso de fertilizantes organominerais produzidos a partir de resíduos orgânicos da própria fábrica, com um estudo de viabilidade para uma planta de compostagem. Além disso, iniciou a produção de sulfato de potássio a partir de um efluente do processo de fabricação de celulose, o que reduzirá a dependência do cloreto de potássio importado.
Classe de produto | Princípio ativo dos produtos |
Fungicida | Azoxistrobina + Difenoconazol |
Fungicida | Mancozebe + Azoxistrobina |
Fungicida | Metconazol |
Fungicida | Piraclostrobina |
Fungicida | Tebuconazol + Trifloxistrobina |
Herbicida | Flumioxazina |
Herbicida | Fluroxipir + Triclopir |
Herbicida | Glifosato |
Herbicida | Haloxifope |
Herbicida | Haloxifope + Cletodim |
Herbicida | Indaziflan |
Herbicida | Isoxaflutole |
Herbicida | Oxyfluorfen |
Herbicida | Saflufenacil |
Herbicida | Sulfentrazone |
Herbicida | Triclopir |
Inseticida | Acetamiprido + Bifentrina |
Inseticida | Alfa-cipermetrina |
Inseticida | Bifentrina |
Inseticida | Deltametrina |
Inseticida | Fipronil |
Inseticida | Imidacloprido |
Inseticida | Isocicloseram |
Inseticida | Sulfluramida |
Inseticida | Tiametoxam |
Gestão da captação de água
Em nossa fábrica do Polo Industrial de Camaçari (BA), a captação de água é realizada em 11 poços subterrâneos, distribuídos próximos à fábrica, localizados na Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte, com outorga definida pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inema), órgão ambiental do estado da Bahia. Também há captação de água subterrânea na fábrica da Bracell Papéis no Nordeste, em Feira de Santana (BA), realizada através de 14 poços subterrâneos, igualmente com outorga emitida pelo Inema. Esses poços são monitorados continuamente para acompanhamento da vazão de captação, do nível da lâmina d’água e da qualidade hídrica disponível, respeitando os padrões estabelecidos pela legislação.
Em nossas fábricas do Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP), a água captada é proveniente de seis poços tubulares e de água superficial do Rio Tietê – essa última fonte a 22 km da fábrica. A unidade possui também um sistema de captação de água da chuva. Temos, ainda, captação de água subterrânea em nossos dois viveiros localizados em São Paulo, um no site de Lençóis Paulista (SP) e outro no município de Avaí (SP).
A captação superficial e subterrânea também é realizada em nossas operações florestais que atendem as fábricas de Camaçari (BA) e Lençóis Paulista (SP). Do total de pontos de captação, 37 estão localizados nas operações florestais da Bahia, 251 em São Paulo, 14 em Minas Gerais e duas no Paraná, cujos direitos de uso são autorizados pelo órgão ambiental competente. O controle e o monitoramento desses pontos são realizados periodicamente, de acordo com as condicionantes de seu licenciamento (leia mais no conteúdo GRI 303-3 Captação de água).
Na Bahia, a captação ocorre em seis rios principais: Pojuca, Subaúma, Itariri, Inhambupe, Sauípe e Imbassaí. Em São Paulo, ocorrem em nove Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs): Aguapeí, Peixe, Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal do Paranapanema, Tietê Batalha, Tietê Jacaré, Tietê Sorocaba e Piracicaba/Capivari/Jundiaí. A captação em Minas Gerais inclui o Ribeirão da Onça, Ribeirão Jacurutu, afluentes do Ribeirão Jacurutu, Rio do Peixe, Córrego Sobrado e Rio Jequitaí. No Paraná, ocorre no Ribeirão Jundiaí.
Avaliamos os impactos relacionados à água por meio de uma matriz que analisa a escala e intensidade do manejo florestal, implementando medidas para prevenir e mitigar impactos negativos. Estudos periódicos avaliam o impacto do manejo na qualidade dos cursos hídricos, com análises até 2024, indicando um manejo não impactante.
Plano de Monitoramento de Recursos Hídricos
Por meio de nosso Plano de Monitoramento de Recursos Hídricos, registramos os volumes captados de forma a atender às condicionantes das outorgas para uso da água e do licenciamento ambiental que são emitidos pelos órgãos ambientais.
Em nossa fábrica localizada no Polo Industrial de Camaçari (BA), a gestão hídrica é conduzida por uma empresa autônoma do polo, que monitora a disponibilidade hídrica em relação ao volume e qualidade. É parte do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos a gestão de riscos e desenvolvimento de planos de ação direcionado a 100% das empresas do Polo de Camaçari (leia mais sobre a gestão da qualidade de efluente em GRI 303-4 Descarte de água).
A Bracell compromete-se com a proteção dos cursos de água naturais por meio da implementação de zonas de amortecimento. Utilizamos dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para georreferenciar todas as informações sobre as fazendas sob gestão da Bracell. Em nosso sistema de informação geográfica, cruzamos essa coleta com outras bases, como as de unidades de conservação, de zonas de amortecimento e de áreas de proteção ambiental. Isso delimita os procedimentos operacionais em cada propriedade da Companhia, a depender das restrições e condições dos planos de manejo (leia mais em Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade).
Gestão do consumo
Nossas fábricas têm circuito parcialmente fechado de água, o que permite a reutilização ao longo do processo produtivo, reduzindo a necessidade de captação.
Em nossa nova unidade de Tissue em Lençóis Paulista (SP), a água utilizada no processo de fabricação é retirada da própria celulose, purificada no processo produtivo e reutilizada, garantindo menos captação de recursos hídricos e mais eficiência no uso da água.
Na Bracell Papéis Nordeste, em Feira de Santana (BA), as águas residuárias são recuperadas após tratamento e retornam para o processo, garantindo ainda menos consumo de água fresca. Vale destacar que o conceito de circuito fechado é plenamente aplicado na unidade, que foi concebida para reutilizar 100% da água de processo (leia mais sobre os atributos de sustentabilidade de nossas operações em GRI 2-6 A Bracell).
No viveiro, utilizamos água para a irrigação das mudas. Em nosso viveiro localizado na Bahia, também temos áreas de florestas plantadas de eucalipto. O excedente da água utilizada na irrigação é direcionado para sistemas de drenagem, infiltrando-se no solo dos talhões de eucaliptos. Nas operações de manejo, a água é utilizada para diversas finalidades, incluindo o molhamento de mudas, a preparação de caldas para aplicação de produtos químicos, o combate a incêndios, a umectação e manutenção de estradas florestais, e a lavagem de maquinários.
A Bracell Bahia colabora com entidades públicas e a comunidade para garantir o suprimento sustentável de água, monitorado por uma empresa autônoma no polo de Camaçari, que identifica riscos e estabelece planos de ação (leia mais no conteúdo GRI 303-2 Gestão de impactos relacionados ao descarte de água).
A fim de assegurar o uso adequado da água, é realizado periodicamente o monitoramento ambiental em nossas operações florestais e industriais, tanto em São Paulo quanto na Bahia. Esse monitoramento é conduzido por laboratórios acreditados na NBR ISO/IEC 17025, incluindo análises da qualidade das águas subterrâneas e superficiais e da potabilidade para água de consumo humano, assegurando conformidade com as legislações vigentes.
Gestão do descarte de efluentes
Nossas fábricas de celulose têm certificação ISO 14001/2015, que garante a identificação sistemática de pontos críticos de consumo, por meio de uma ferramenta interna de gestão de aspectos e impactos ambientais, que estabelece controles específicos, como limites de consumo e estratégias de reúso/redução.
Somos a primeira empresa do setor de celulose no estado de São Paulo a adotar tratamento de efluente em três fases:
-
Primeira fase: remoção de fibras e compostos inorgânicos, utilizando processos mecânicos para separação de resíduos sólidos;
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Segunda fase: tratamento da matéria orgânica por meio de sistemas biológicos, que reduzem a carga orgânica do efluente;
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Terceira fase: polimento final do efluente tratado por meio de um sistema de flotação química, garantindo a qualidade do efluente antes do retorno ao Rio Tietê.
O tratamento terciário de efluentes permite uma performance capaz de manter uma eficiência de remoção de carga orgânica, medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), de aproximadamente 98% – resultado superior ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama 430/2011). Além disso, cerca de 92% da água captada do Tietê é devolvida ao rio após o processo industrial como efluente tratado.
A abordagem da organização para estabelecer os limites de descarte é baseada em regulamentações ambientais, incluindo o artigo 18 do Decreto nº 8.468/1976, o Art. 16 da Resolução Conama n° 430/2011, o Termo de Referência Cetesb, o Parecer Técnico 072/18/IPSE e certificações como Nordic Swan e EU Ecolabel (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Na fábrica do Polo Industrial de Camaçari, depois de consumidas no processo produtivo, as águas residuais são coletadas e direcionadas para o sistema de tratamento interno da Bracell, que conta com sistema de decantação. Em seguida, o efluente orgânico é direcionado para a Cetrel, empresa responsável pelo tratamento secundário biológico (lodos ativados), com garantia de remoção de carga orgânica superior a 95%. Após essa etapa, o efluente tratado é direcionado por um emissário para lançamento no oceano, em atendimento à legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011) e a determinações do órgão ambiental estadual, o Inema.
A Bracell opera com padrões de qualidade de efluentes que superam as exigências regulatórias nacionais, destacando-se pelo rigor no monitoramento e tratamento de parâmetros como DBO e Demanda Química de Oxigênio (DQO).
Nas operações de São Paulo, a DBO opera com níveis aproximadamente 98% superiores ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011), refletindo a eficiência do sistema de tratamento terciário exclusivo da Companhia.
Nas operações da Bahia, o monitoramento contínuo da DQO garante a eficácia do processo primário, enquanto a eficiência na remoção de carga orgânica é assegurada pela etapa secundária – que, devido à mistura com efluentes de outras indústrias no complexo, não permite mensuração direta do resultado específico da Bracell no efluente final lançado via emissário submarino.
Comitês de Bacias Hidrográficas
Participamos ativamente nos Comitês de Bacias Hidrográficas das regiões onde atuamos, buscando debater o uso sustentável dos recursos hídricos. Integramos os seguintes comitês e programas:
- Comitê de Bacias Hidrográficas do Recôncavo Norte e Inhambupe (Bahia);
- Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CGBH-RL);
- Programa de Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrográficas (Promab) do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), do estado de São Paulo;
- Promab, programa de monitoramento, de 25 anos, realizado na Bahia.
Buscamos promover, ainda, ações estruturadas junto aos nossos stakeholders, especialmente com as comunidades locais e fornecedores, visando à preservação e recuperação de nascentes e o uso eficiente dos recursos hídricos.
GRI 3-3 Gestão do tema material Gestão da Cadeia de Fornecedores
Fomentamos a atividade econômica nas regiões onde atuamos, nas quais contratamos fornecedores locais para fornecer produtos e serviços às operações florestais, industriais, de logística (de madeira, celulose e papel) e administrativas.
Os fornecedores de insumos, equipamentos e serviços que atendem e atuam diretamente em nossas operações são avaliados ao longo do processo que se inicia na homologação do cadastro dos fornecedores e se encerra após a conclusão do contrato.
A contratação e gestão de fornecedores é realizada em conformidade a políticas corporativas e procedimentos internos do Sistema Integrado de Gestão que regulam a gestão de temas sociais (saúde ocupacional, segurança do trabalho, direitos trabalhistas, direitos da criança e do adolescente, Diversidade & Inclusão, direitos humanos, riscos e impactos sociais), ambientais (água, efluentes, resíduos, energia, licença ambiental, plano de manejo, riscos e impactos ambientais), e de governança (compliance, ética, concorrência desleal, conflitos de interesses e anticorrupção). Os normativos internos são elaborados em conformidade à legislação, normas certificadoras florestais e industriais, protocolos internacionais de sustentabilidade e outras normas regulamentadoras. Os procedimentos operacionais do Sistema Integrado de Gestão são internos e nossas políticas corporativas são públicas e estão disponíveis no site da Bracell (leia mais sobre o Sistema Integrado de Gestão em GRI 2-16 Comunicação de preocupações cruciais).
Processos que integram a gestão de fornecedores:
- Devida diligência de terceiros: antes do processo de contratação, submetemos os fornecedores ao processo de devida diligência. As diretrizes dessa ação integram as políticas de Devida Diligência de Terceiros, de Qualificação e Avaliação de Fornecedores, de Sustentabilidade e de Direitos Humanos da Bracell.
- Validação de conformidade ambiental: na homologação do cadastro e na etapa de verificação das condicionantes, os fornecedores tomam conhecimento e assumem o compromisso de conhecer, compreender e respeitar o Código de Ética de Compras da Bracell. Em nossas operações, os fornecedores contratados são avaliados em relação à gestão de riscos e impactos ambientais.
- Validação de conformidade social: os requisitos e riscos sociais são avaliados na gestão de fornecedores de serviços prestados diretamente em nossas operações por meio de colaboradores terceiros. É parte de nosso processo a gestão de contrato de terceiros, que abrange a averiguação do cumprimento dos direitos trabalhistas como remuneração, acordo coletivo, treinamentos, saúde ocupacional e segurança do trabalho, entre outros requisitos mandatórios para a gestão de riscos sociais. Essa gestão é realizada por meio do Sistema de Gestão de Contratos, no qual são cadastrados os documentos contratuais e verificadas as exigências legais.
- Avaliação e qualificação de fornecedores: avaliamos a capacidade do fornecimento de produtos e serviços em conformidade aos requisitos legais, de certificações e técnicos.
- Auditorias: são realizadas em nossas operações onde atuam as empresas prestadoras de serviços, contratantes diretas dos terceiros que trabalham nas operações da Companhia.
Nossos fornecedores são avaliados e dependem de pontuação mínima para permanecer na cadeia de suprimentos. Essas avaliações podem impedir a contratação, permitir a sequência do relacionamento ou encerrar uma negociação.
A Bracell não tem metas de sustentabilidade específicas para a cadeia de fornecedores e segue as práticas de gestão apresentadas no conteúdo GRI 414 – Avaliação social de fornecedores.
Direitos humanos
A Bracell monitora seus fornecedores em relação à garantia e ao respeito aos direitos humanos, verificada a partir da análise documental, na gestão de contrato de terceiros e em auditorias em nossas operações.
Nossa Política de Direitos Humanos formaliza o compromisso com o desenvolvimento sustentável e com as melhores práticas sociais, por meio das quais buscamos impactar de forma positiva as pessoas e as comunidades. A norma define diretrizes para a gestão dos impactos relacionados ao tema, determinando o cumprimento da legislação trabalhista.
A Política de Direitos Humanos é aplicável a todas as nossas operações e a todas as relações com as partes interessadas – como colaboradores diretos e terceiros ou subcontratados, comunidades locais, parceiros comerciais e do Programa de Parceria Florestal, clientes, instituições financeiras, organizações governamentais, organizações setoriais, fornecedores, entre outros públicos prioritários – e são reforçadas e disseminadas na cadeia de valor da Companhia.
O Código de Conduta, o Código de Ética de Compras, a Política de Sustentabilidade e a Política de Abastecimento de Madeira e Fibras, abrangem diretrizes para mitigar o risco e os impactos em direitos humanos e regem os contratos com fornecedores e prestadores de serviços. Dessa maneira, combatemos riscos de trabalho infantil, forçado e análogo à escravidão em nossa cadeia de valor, visando garantir o cumprimento de direitos trabalhistas, da criança e do adolescente.
Esse conjunto de normas da Companhia está em conformidade às certificações internacionais e à legislação brasileira, em especial às Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Também avaliamos permanentemente o entorno das nossas operações florestais, buscando assegurar os direitos humanos das comunidades localizadas em regiões vizinhas às florestas plantadas de eucalipto. Essa iniciativa faz parte do processo de rastreabilidade da origem da madeira utilizada na produção de celulose.
Para a redução dos impactos reais às comunidades vizinhas de nossas operações industriais, realizamos o mapeamento de impactos potenciais para mitigação de riscos identificados. Também divulgamos nossos canais oficiais para registro de preocupações, reclamações e denúncias (leia mais sobre nossos canais e tratativa das ocorrências em GRI 2-16 Comunicação de preocupações cruciais).
Realizamos auditorias internas e externas para a gestão de requisitos ambientais, sociais, de gestão e de qualidade. Os requisitos são avaliados nos processos de certificação ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e do Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC). Também passamos por processo de auditoria externa dos Padrões de Desempenho do IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla em inglês), que abrange nosso site de Lençóis Paulista (SP) em razão do financiamento do Projeto Star – de construção das duas linhas flexíveis de celulose, em operação desde 2021.
Gestão de impactos potenciais e reais
Em nossos processos de gestão de fornecedores, identificamos e analisamos os impactos potenciais e reais a ele relacionados. Nesse trabalho, são considerados os aspectos positivos e negativos.
- Impactos potenciais negativos: foi identificado o risco de impacto na qualidade dos produtos (celulose kraft, celulose solúvel, celulose especial e produtos Tissue) oferecidos ao cliente, proveniente de problemas de qualidade em fornecedores. Conduzimos controles internos para mitigar esses riscos.
- Impactos reais negativos: consistem na ocorrência de impactos socioambientais negativos e/ou de segurança da informação em empresas que são contratadas para fornecer insumos e prestar serviços, e impactos que possam ocorrer em nossas operações. Esses impactos possuem extensão abrangente e intensidade baixa. Também são controlados por meio de processos internos.
Ainda são considerados como impactos reais a violação de direitos humanos, trabalhistas e de legislação ambiental na cadeia de valor. Esse impacto apresenta extensão abrangente e intensidade alta, sendo considerado um ponto crítico. Os impactos são controlados por meio de processos internos.
GRI 3-3 Gestão do tema material Mudanças Climáticas
Reconhecemos que as mudanças climáticas representam um dos principais desafios globais da atualidade e entendemos a importância de atuar de forma proativa e responsável frente a esse cenário. Temos dado passos importantes em relação à nossa estratégia climática e na adoção de ações que contribuam para a mitigação de emissões e o fortalecimento da resiliência de nossas operações.
O Comitê Diretivo de Sustentabilidade da Bracell é responsável pelas decisões e iniciativas dentro da temática de mudanças climáticas, além de apresentar o planejamento estratégico da empresa a curto, médio e longo prazos nessa área.
A Bracell vem construindo sua estratégia de Ação pelo Clima por meio da quantificação e gestão de suas emissões corporativas, de metas climáticas e ações planejadas para as suas operações que integram os compromisso e metas do Bracell 2030.
Metas 2030
Pilar | Meta 2030 | Meta 2030 | Meta 2024 | Desempenho 2024 | ODS atendidos |
AÇÃO PELO CLIMA | 75% de redução nas emissões de carbono por tonelada de produto | 0,122 tCO2e/adt | 0,151 tCO2e/adt | 0,208 tCO2e/adt | 13, 14, 15 |
25 MtCO₂e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030 | 25 MtCO2e | 22,22 MtCO2e | 4,30MtCO2e | 13, 14, 15 |
Nota: a meta de intensidade de emissões da Bracell (tCO₂e/adt considera as produções de celulose kraft e celulose solúvel (dissolving). A linha de base de 2020 foi calculada com a soma direta dos volumes físicos dos dois produtos, sem aplicação de fator de conversão. A partir de 2022, com o início da produção de dissolving na unidade de São Paulo, passou-se a aplicar um fator técnico de conversão para expressar a produção de dissolving em equivalente kraft. Essa atualização traz mais aderência à realidade dos processos industriais, ao considerar as diferenças entre os tipos de produto e seus respectivos consumos e emissões.
No Bracell 2030, temos dois compromissos relacionados ao tema material Mudanças climáticas. Nossas metas foram elaboradas considerando a análise de riscos e impactos – positivos e negativos – das operações da Bracell no contexto das mudanças climáticas. Nossas operações emitem gases de efeito estufa (GEE) e capturam CO2 da atmosfera, por meio do crescimento e conservação das áreas florestais sob gestão da Companhia, tanto as plantadas, de eucalipto, como as nativas.
Até 2030, assumimos o compromisso de reduzir em 75% nossas emissões de carbono por tonelada de produto fabricado, tendo 2020 como ano de referência para realizar a comparação dos dados medidos. Isso significa chegar a 0,122 tCO2e/adt. Adicionalmente, vamos remover 25 MtCO2e da atmosfera considerando o intervalo de uma década — de 2020 até 2030.
Para 2024, estabelecemos como metas intermediárias fechar o ano com 0,151 tCO2e/adt e tendo removido 22,19 MtCO2e. Os resultados mensurados são detalhados abaixo:
Meta 1: reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt.
De 2020 a 2024, reduzimos 61% de emissões de carbono por tonelada de produto, atingindo o valor de 0,208 tCO2e/adt.
Embora tenhamos alcançado uma redução de 63% de nossas emissões em intensidade nesse período, alguns fatores contribuíram para que não fosse atingida a meta estabelecida para 2024. A redução das emissões foi afetada negativamente, principalmente pelo aumento da combustão móvel nas nossas operações e mais ocorrência de incêndios. Por outro lado, nesse ano alcançamos resultados significativos em nossas operações, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, o que reduziu nossas emissões de combustão estacionária – nossa categoria de mais emissão de escopo 1 – e nos coloca no caminho certo para cumprir nossas metas de longo prazo.
Estamos implementando, ainda, diversas ações para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas e continuar avançando em direção à descarbonização de nossas operações. Os investimentos realizados para o uso de caminhões elétricos no transporte de celulose, em fase de testes, e para a geração e utilização de energia renovável são exemplos que detalhamos no capítulo Eficiência energética.
Meta 2: 25MtCO2e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030
De 2020 a 2024, removemos 4.229.568 tCO2e. Esse valor considera o balanço de carbono de nossas operações, ou seja, a diferença entre o total de remoções e emissões (antropogênicas e biogênicas — sigla em inglês para Land Use, Land-Use Change and Forestry, que em português significa Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra e Florestas, ou seja, as emissões referentes ao setor que engloba as atividades relacionadas ao uso da terra e suas mudanças).
Em 2024, enfrentamos o mais desafiador cenário hidrológico dos últimos cinco anos na região do estado de São Paulo. Essa condição extrema foi provocada, principalmente, pelo aumento das temperaturas e pela redução significativa do volume de chuvas. O déficit hídrico tem impacto direto na produtividade florestal: quanto maior o déficit, menor o crescimento das florestas de eucalipto, o que compromete a capacidade de remoção de CO₂ da atmosfera, realizada por essas florestas em processo de crescimento.
Além disso, as condições climáticas adversas intensificaram significativamente a ocorrência de incêndios florestais.
Como resultado desses fatores climáticos extremos, alcançamos apenas 19% da meta de remoções estabelecida para 2024.
A Bracell tem desenvolvido uma série de iniciativas para mitigar esses impactos e aumentar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas. Entre as principais ações estão: o monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto; investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal (P&D); a gestão integrada de riscos e impactos relacionados ao clima; e a realização de estudos de zoneamento climático. Saiba mais nos capítulos Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto e Estudo de zoneamento climático.
Impactos e riscos
A Bracell realiza uma análise dos impactos potenciais e reais relacionados a cada tema material de sua matriz de materialidade, considerando os efeitos positivos e negativos na economia, meio ambiente e nas pessoas, incluindo os impactos em direitos humanos. Para o tema Mudanças climáticas, identificou os seguintes impactos:
Impactos | Detalhamento | Ocorrência |
Impactos reais positivos | Removemos carbono da atmosfera, por meio da fixação do gás nas florestas plantadas de eucalipto, nativas e no solo. | Em 2024, nossas florestas plantadas removeram 2.745.849 tCO2e, enquanto nossas florestas nativas removeram 1.373.161 tCO2e, totalizando 4.119.010 tCO2e de remoções brutas. |
Impactos reais negativos | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopos 1 e 2, cujo impacto tem extensão restrita e intensidade média. Dispomos de mecanismos de s internos eficientes para gerenciar e reduzir essas emissões (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões). |
Emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio de nossas operações. | Emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopo 3, cujo impacto tem extensão abrangente e intensidade alta. Dispomos de mecanismos de controle internos e reconhecemos a importância de fortalecer a estratégia de mitigação das emissões de GEE no escopo 3. Com esse objetivo, temos atuado ativamente em comitês e grupos de trabalho dedicados ao tema (leia mais em nosso inventário de GEE no conteúdo GRI 305 – Emissões)). |
CDP
Em 2024, respondemos pela primeira vez aos questionários do CDP (Carbon Disclosure Project) e obtivemos classificação B nos três temas avaliados: Mudanças climáticas, Florestas e Segurança hídrica. Esse resultado é considerado positivo para empresas em seu primeiro ano de reporte e reflete nosso compromisso com a transparência e a gestão responsável dos temas ambientais.
O CDP é uma das principais plataformas globais de divulgação ambiental, reconhecida por promover a padronização e comparabilidade das informações utilizadas por diversos stakeholders, como bancos, clientes, parceiros e sociedade civil. Nossa participação reforça o compromisso com a melhoria contínua da gestão ambiental e o alinhamento às melhores práticas internacionais.
Clima | Floresta | Segurança hídrica |
B | B | B |
Inventário de GEE
Como parte essencial da agenda climática, a Bracell elabora anualmente o inventário corporativo de suas emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE). Em 2024, esse documento abrangeu a cadeia de valor de celulose, cujas emissões consideram as operações industriais, localizadas no Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP) e no Polo Industrial de Camaçari (BA), além de operações florestais nesses dois estados e no Mato Grosso do Sul, e respectivas operações logísticas (leia mais sobre nossas operações florestais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Os dados do nosso Inventário de GEE são auditados externamente, por terceira parte independente, com carta de verificação publicada em nosso Relatório de Sustentabilidade e nesta Central de Indicadores (leia mais no conteúdo GRI 305 – Emissões).
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell abrange os escopos 1, 2 e 3, sendo desenvolvido de acordo com as orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, com o GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Desde 2022, a Bracell publica os dados de seu Inventário de Emissões de GEE no Registro Público de Emissões.
Somos membro do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) e divulgamos nossos dados de Inventário GEE no Registro Público de Emissões, sendo certificada com o selo Ouro do Programa em 2024.
O PBGHG visa promover o reconhecimento das organizações participantes pela iniciativa voluntária de transparência, frente a stakeholders cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental corporativa. O reconhecimento é concedido a organizações que alcançam o mais alto nível de qualificação e transparência na publicação de seus inventários de emissões de gases de efeito estufa no Registro Público de Emissões (RPE) do Programa Brasileiro GHG Protocol.
Balanço de carbono
As florestas plantadas de eucalipto da Bracell e as áreas de florestas nativas de nossas operações desempenham um papel essencial na remoção de CO₂e da atmosfera, absorvendo e estocando carbono ao longo do ciclo de crescimento das árvores. Isso contribui para a mitigação parcial das nossas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Em 2024, nosso balanço de carbono demonstrou que nossas remoções foram maiores do que nossas emissões, um desempenho melhor comparado aos anos anteriores. O saldo de nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e. Veja os detalhes na tabela abaixo.
Removemos -4.119.009,65 tCO2e da atmosfera em 2024 e nosso balanço de carbono foi de -175.471,36 tCO2e
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto
Somos parte do Programa Cooperativo Eucflux-IPEF, que estuda o fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto no Brasil. Por meio dessa iniciativa, contribuímos com o melhor entendimento desses fenômenos em uma área de plantação de eucalipto sob gestão da Bracell, no município de Itatinga (SP), onde dispomos de uma torre de fluxo com os equipamentos que monitoram esses componentes.
O Eucflux é liderado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e pelo Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad), com participação de instituições representantes da academia, como a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Nossos investimentos para o monitoramento
A Bracell monitora o fluxo de água e carbono em cinco áreas de plantações de eucalipto e de floresta nativa
Como parte dos compromissos assumidos pela Companhia por meio do Bracell 2030, investimos diretamente na construção de cinco torres de fluxo para monitorar o fluxo de água e carbono em nossas operações. Em 2024, instalamos duas delas – uma em área de floresta nativa em São Paulo e outra torre na Bahia, em área de eucalipto. Também serão instaladas outras duas torres no estado do Mato Grosso do Sul, uma para cada tipo de área de floresta em nossas operações, e uma torre na Bahia, em área de floresta nativa. Os dados são gerenciados e analisados por nosso time de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal.
P&D Florestal e gestão de riscos e impactos em mudanças climáticas
Investimos em melhoramento genético clássico, silvicultura, manejo florestal, extensão florestal e transferência de tecnologia, para garantir o fornecimento sustentável de madeira de alta qualidade em médio e em longo prazos, assegurando, assim, a perenidade do negócio e a excelência de nossos produtos.
A missão da P&D Florestal é melhorar o IMA (Incremento Médio Anual de Madeira) e o IMACEL (Incremento Médio Anual de Celulose) de maneira sustentável. Anualmente, um portfólio de projetos é criado com esse objetivo, respeitando as peculiaridades e características de cada local que a Companhia atua.
Melhoramento genético clássico
A Bracell não utiliza organismos geneticamente modificados (OGM) e desenvolve seus clones de eucalipto por meio do melhoramento genético clássico. Esse processo envolve a geração, avaliação e seleção de clones aprimorados por ciclos sucessivos. O foco do melhoramento genético também está no desenvolvimento de técnicas que visam aumentar a eficiência da clonagem, garantindo madeira de alta qualidade e mais sustentabilidade ao longo do tempo.
Em 2024, a área de P&D Florestal recomendou o plantio comercial de compostos clonais – um em São Paulo e outro na Bahia. Trata-se de um tipo único de cultivar, formado por uma mistura de clones, o que garante menos vulnerabilidade e mais proteção contra pragas, doenças e eventos climáticos adversos. O trabalho desenvolvido foi testado nos viveiros da Companhia e os compostos estão aptos a serem plantados a partir de 2025, para uso comercial da empresa.
Além dos dois compostos clonais, foram recomendados dois novos clones clássicos, um para a operação em São Paulo e outro para a Bahia (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Silvicultura e manejo florestal
A Bracell busca a melhoria contínua dos processos de monitoramento e zoneamento climático, além de adotar práticas de conservação, preparo e fertilização do solo. O controle sustentável de pragas, doenças e plantas daninhas também é uma prioridade, garantindo a saúde e a produtividade das florestas a longo prazo (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell) .
Controle biológico por meio de inimigos naturais
Produzimos 6 milhões de inimigos naturais em São Paulo e 89 milhões na Bahia, em 2024, totalizando 95 milhões de inimigos naturais produzidos no ano (46% a mais que em 2023, quando produzimos 65 milhões). O controle biológico substitui o uso de químicos, prevenindo emissões de gases de efeito estufa N2O.
Extensão florestal e transferência de tecnologia
A empresa oferece assistência técnica especializada e promove a transferência de tecnologia para suas operações florestais, assegurando a implementação de melhores práticas e o aprimoramento constante dos processos.
Estudo de zoneamento climático
Realizamos continuamente estudos de zoneamento climático, a partir da análise de dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. Por meio desse mapeamento, são identificadas áreas de mais aptidão para o plantio de eucalipto. Além disso, a partir desse zoneamento, são feitas recomendações técnicas específicas por região, como alocação de clones, adubação, entre outras.
Em 2024, incluímos um novo parâmetro de diferenciação para o zoneamento na Bahia: a altitude. A partir do trabalho realizado, serão recomendadas formas específicas de plantio, bem como de uso de tipos de cultivares para cada região.
Eficiência energética
Nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP) são autossuficientes na geração de energia. Possuímos caldeira de recuperação que gera vapor e alimenta os turbogeradores para a produção energética. O uso da rede elétrica nacional só é realizado nas paradas realizadas para manutenção de equipamentos. Nesse caso, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), que conta com cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, destacadamente hidráulica, eólica e solar.
Há compra de energia também para as operações florestais e viveiros, nos quais também utilizamos diesel em geradores de energia.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Energia renovável
Essas linhas foram desenvolvidas para operar livres de combustíveis fósseis e para gerar energia limpa e renovável para a operação, assim como disponibilizar o excedente no grid nacional.
No site de Lençóis Paulista (SP), possuímos uma subestação de 440 kV, com capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para suprir a demanda da fábrica e injetar no SIN um excedente de energia limpa e renovável na ordem de 150 MW a 180 MW, capaz de atender 750 mil residências ou cerca de 3 milhões de pessoas.
Em nossa fábrica da Bahia, também contamos com caldeira de recuperação que gera energia renovável a partir da biomassa de eucalipto.
Em 2024, geramos 192.803.255,26 GJ de energia renovável. Comercializamos para o mercado livre de energia brasileiro 2.718.409,21 GJ de energia gerada a partir de biomassa de eucalipto (leia mais no conteúdo GRI 302).
Temos Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC, na sigla em inglês), uma comprovação de que a energia elétrica que usamos em nossas operações e comercializamos é proveniente de uma fonte renovável.
Nos pátios de estocagem de nossas fábricas de Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também mantivemos os testes de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário da Companhia, em Pederneiras (SP).
Atributos de sustentabilidade na Bracell Papéis
As fábricas da Bracell Papéis têm tecnologias para o uso de energia renovável em nossas operações e prevenção de emissões de gases de efeito estufa no transporte de celulose para a fábrica de Tissue do site de Lençóis Paulista (SP).
Energia solar
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) conta com uma área de painel solar de 50 mil m2, em toda cobertura da planta industrial, gerando 7,21 MW de energia renovável e livre de combustíveis fósseis. A geração é capaz de atender a 20% do total consumido pela unidade.
Armazém vertical automatizado e eficiência energética
Os produtos fabricados no site são armazenados em um armazém vertical automatizado, que utiliza elevadores operados por robôs para otimizar a movimentação das mercadorias. Com isso, garantimos mais eficiência energética no processo. A automação reduz a necessidade de iluminação e climatização, resultando em economia de energia na operação de armazenagem.
O sistema proporciona ainda melhor controle logístico, permitindo armazenagem otimizada e movimentação rápida dos produtos, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade.
Também agrega segurança e eficiência às nossas operações. A automação minimiza interferências humanas, tornando o processo mais preciso, seguro e sustentável.
Caldeira de biomassa
Na fábrica da Bracell Papéis em Feira de Santana (BA), adquirimos uma caldeira sustentável de biomassa, inaugurada em dezembro. O novo equipamento, mais seguro e eficiente, faz parte do projeto Inovar, que marca o maior volume de investimentos da história da unidade.
Transporte de celulose para a produção de Tissue
A fábrica da Bracell Papéis em Lençóis Paulista (SP) está localizada no mesmo site das linhas flexíveis da Bracell, onde é produzida a celulose kraft utilizada na fabricação de Tissue. Essa integração logística permite o transporte da celulose por tubulação, eliminando a necessidade de secagem e do transporte rodoviário, o que evita emissões de GEE e otimiza os processos.
Caminhões elétricos
Desde 2023, a Bracell realiza testes com caminhões elétricos no transporte de celulose, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável em todas as etapas da operação. A iniciativa, ainda em fase experimental, contribui para a redução das emissões de GEE em nossa logística e utiliza energia renovável gerada no próprio processo industrial.
Em 2024, os caminhões elétricos transportaram 33,2 mil toneladas de produtos, rodando um total de 91,5 mil quilômetros.
GRI 201-2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades decorrentes de mudanças climáticas
A Bracell identifica e classifica sistematicamente riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas. Nesse trabalho, os categorizamos como físicos e regulatórios e destacamos suas implicações financeiras sobre os negócios da Companhia. Também buscamos detalhar os métodos aplicados para gerenciamento de cada um deles.
Origem do risco | Risco | Escopo |
---|---|---|
Riscos e oportunidades de origem física | Eventos climáticos extremos (inundações, vendavais e incêndios florestais) | Podem resultar em perdas significativas de ativos florestais, interrupções na produção e abastecimento de matéria-prima, aumento dos custos de seguros e riscos operacionais adicionais. O gerenciamento ocorre por meio de instalações prediais e industriais projetadas contra intempéries, sistemas eficazes de combate a incêndios industriais, planos de emergência específicos para incêndios florestais e contratação de seguros para instalações e equipamentos. |
Riscos e oportunidades de origem física | Mudança nos regimes hídricos | Implica em redução da disponibilidade hídrica, aumento nos custos de obtenção e tratamento da água, e limitações na capacidade produtiva. O gerenciamento envolve monitoramento rigoroso do consumo hídrico conforme outorgas, estabelecimento de metas e indicadores de redução, além de implementação de projetos de reúso de água e utilização de energias renováveis para aumentar a eficiência operacional. |
Riscos e oportunidades de origem física | Escassez hídrica | Representa risco duplo, físico e regulatório, impactando diretamente as outorgas de águas subterrâneas e podendo limitar a produção e expansão futura. O gerenciamento adotado inclui monitoramento contínuo do consumo hídrico, definição de indicadores e metas claras para redução do uso, visando otimizar processos e reduzir perdas. |
Riscos e oportunidades de origem física | Ventos fortes e chuvas intensas | Podem causar danos significativos ao patrimônio, reduzindo ou paralisando operações produtivas. A empresa gerencia esses riscos com estruturas projetadas para resistir a eventos severos, além de contar com planos de emergência e continuidade do negócio. |
Risco e oportunidade de origem regulatória | Incremento nas premissas legais e regulatórias sobre mudanças climáticas | Impõe custos adicionais para adequação às novas exigências legais. O gerenciamento ocorre por meio do monitoramento e controle rigoroso do consumo hídrico e das outorgas, desenvolvimento de estudos e implementação de projetos voltados à redução e reutilização de água nos processos industriais, bem como adoção de energias renováveis e uso de equipamentos elétricos (como empilhadeiras elétricas) para reduzir significativamente o consumo de combustíveis fósseis. |
Processo de gestão de riscos
Nossa Política de Gestão de Riscos Corporativos e Continuidade do Negócio tem como objetivo a identificação, avaliação, tratamento e monitoramento contínuo dos riscos corporativos por meio do processo estruturado de Enterprise Risk Management (ERM). Esse processo segue padrões internacionais como ISO 31000, BSI 31100 e COSO ERM, abrangendo categorias operacionais, sociais, ambientais, de governança, tecnológicas, estratégicas, políticas e financeiras.
A categorização e classificação dos riscos climáticos com impactos financeiros são conduzidas de acordo com a Matriz de Classificação de Riscos da Bracell. Está estabelecido um cronograma claro de implementação do ERM por departamento até 2025, acompanhado por indicadores estratégicos para garantir redução dos riscos identificados a níveis aceitáveis.
Em 2025, será realizada a implementação completa (100%) do processo de ERM em todos os 18 departamentos indicados no cronograma estabelecido, abrangendo áreas fabris, florestais, logísticas e corporativas. O objetivo é executar todas as ações propostas para a redução dos riscos identificados, trazendo como resultado a redução de sete dos principais deles para níveis aceitáveis de criticidade, até o fim do ano.
Métodos utilizados para gerenciar o risco ou a oportunidade de mudanças climáticas
Em nossas operações, adotamos práticas de gestão e investimos em tecnologias com o objetivo de prevenir e mitigar impactos em mudanças climáticas, como a captura e armazenamento de carbono, substituição de combustíveis fósseis, uso de energia renovável e com baixa emissão de carbono, melhoria da eficiência energética, certificados de energia renovável, entre outros métodos (leia mais no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Mudanças Climáticas).
Autossuficiência na produção de eletricidade – geramos a energia limpa e renovável que abastece as duas linhas flexíveis de Lençóis Paulista (SP) – com geração excedente de 150 a 180 MW disponibilizada no grid (capacidade para atender a uma cidade com 3 milhões de habitantes ou 750 mil casas) |
Substituição do uso de combustível fóssil por renovável – nas duas linhas flexíveis do site de Lençóis Paulista (SP), a partir da biomassa do eucalipto, produzimos o gás de síntese, ou Syngás, em nossos gaseificadores de biomassa para operar os fornos de cal. |
Substituição de óleo combustível por gás natural no forno de cal – por meio de tecnologias e ações de engenharia, realizamos o projeto de substituição de óleo 1B (óleo combustível derivado do petróleo) por gás natural no forno de cal da linha mais antiga do site da empresa em Lençóis Paulista (SP). |
Uso de empilhadeiras e caminhões elétricos – estamos incorporando à nossa operação empilhadeiras elétricas que utilizam energia renovável gerada na fábrica de Lençóis Paulista (SP). Também vamos incrementar a frota de caminhões elétricos em nossa operação logística, iniciativa inédita nesse tipo de operação com veículos pesados (com mais de 40 toneladas). O objetivo é reduzir as emissões de GEE. |
Melhoria contínua com foco em clima – contamos com uma equipe focada em melhoria contínua, que conduz projetos e metodologia ágil (Kaizen) na Companhia. A redução de emissões de GEE faz parte de projetos Kaizen em andamento na Bracell. Por meio de fóruns de descarbonização, também discutimos novas tecnologias e práticas a serem adotadas na empresa. |
Pesquisa sobre fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto – somos parte do Programa Cooperativo Eucflux-IPEF, que estuda o fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto no Brasil. Por meio dessa iniciativa, contribuímos com o melhor entendimento desses fenômenos em uma área de plantação de eucalipto sob gestão da Bracell, no município de Itatinga (SP), onde dispomos de uma torre de fluxo com os equipamentos que monitoram esses componentes. |
Investimento em torres de fluxo em áreas de nativas e de plantações de eucalipto – como parte dos compromissos assumidos pela Companhia por meio do Bracell 2030 e considerando a relevância do tema, a Bracell irá dispor de em áreas de eucalipto e de nativas sob sua gestão, nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Em 2024, instalamos duas delas — uma em área de floresta nativa, em São Paulo, e outra torre na Bahia, em área de eucalipto. Também serão instaladas outras duas torres no estado do Mato Grosso do Sul, uma para cada tipo de área de floresta em nossas operações, e uma torre na Bahia, em área de floresta nativa. |
GHG Protocol – divulgamos o inventário de emissões de GEE completo na plataforma de Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol. |
CDP – Em 2024, respondemos pela primeira vez aos questionários do CDP e obtivemos classificação B nos três temas avaliados: Mudanças climáticas, Florestas e Segurança hídrica. Esse resultado é considerado positivo para empresas em seu primeiro ano de reporte e reflete nosso compromisso com a transparência e a gestão responsável dos temas ambientais. |
Asseguração do Inventário de GEE – nosso inventário de GEE – escopos 1, 2 e 3 – e nossas remoções de tCO2e são auditados e verificados externamente. |
GRI 203-1 Investimentos em infraestrutura e apoio a serviços
Realizamos investimentos em projetos estruturantes desenvolvidos junto às comunidades dos locais onde operamos. Por meio do Bracell Social, investimos em projetos de educação, estar bem e empoderamento.
O Bracell Social opera em três pilares:
- Educação: a Bracell acredita na educação como a base para o desenvolvimento da sociedade. Por meio de projetos e iniciativas que abrangem crianças e adultos, nos territórios onde atuamos, os esforços nesse pilar têm contribuído para a melhoria das práticas educacionais nas redes públicas de ensino. Além disso, esses projetos promovem a cidadania ambiental e desenvolvem competências de protagonismo, liderança e formação profissional em adolescentes e jovens, reforçando ainda mais a crença da empresa no poder transformador da educação.
- Empoderamento: busca fortalecer grupos produtivos e negócios sociais, promovendo espaços de aprendizagem que enfatizam a liderança, o protagonismo e a geração de trabalho e renda. Isso é alcançado por meio do estímulo ao desenvolvimento e fortalecimento de atividades produtivas, investindo em formações e assessorias técnicas, desenvolvendo lideranças sociais, promovendo associativismo e democratizando o acesso aos mecanismos de participação social por meio de editais e parcerias público-privadas.
- Estar Bem: construído com o propósito de contribuir para promover o bem-estar e a cidadania das comunidades vizinhas às operações da empresa, o pilar Estar Bem proporciona aos moradores o acesso gratuito a atividades de lazer, cultura, promoção da saúde e cidadania.
Casa Bracell Social
Inauguramos, em 13 de novembro de 2024, a Casa Bracell Social, espaço destinado para a realização de ações direcionadas à comunidade local e demais stakeholders da Bracell. A Casa Bracell está localizada em Lençóis Paulista (SP).
O espaço sediará iniciativas que buscam capacitar e empoderar pessoas. Em 2025, além das atividades sociais, a Casa Bracell Social também será sede do Programa de Voluntariado Mãos Dadas e oferecerá uma programação de workshops, capacitações e discussões sobre temas relevantes, como os pilares sociais da empresa e a Agenda 2030 da ONU.
Bracell Social | 2022 | 2023 | 2024 |
Educação | 7 | 11 | 10 |
Empoderamento | 8 | 10 | 9 |
Estar Bem | 16 | 18 | 15 |
Total | 31 | 39 | 34 |
Bracell Social | 2022 | 2023 | 2024 |
Educação | 34.509 | 72.764 | 107.792 |
Empoderamento | 15.616 | 26.012 | 15.748 |
Estar Bem | 71.715 | 65.232 | 28.600 |
Total | 121.840 | 164.008 | 152.140 |
Bracell Social | 2022 | 2023 | 2024 |
Educação | R$ 1.596.974,19 | R$ 3.755.301,30 | R$ 3.856.191,24 |
Empoderamento | R$ 1.818.182,57 | R$ 2.712.761,37 | R$ 2.937.657,07 |
Estar Bem | RS 1.019.777,47 | R$ 2.571.486,65 | R$ 1.677.259,58 |
Total | R$ 4.434.934,23 | R$ 9.039.549,32 | R$ 8.471.107,89 |
Projetos de destaque em 2024
Leitura Viva
O Leitura Viva é um projeto promovido pela Bracell, com execução pela A Taba e parceria dos municípios de Lençóis Paulista (SP) e Macatuba (SP). Seu objetivo é apoiar a formação e sensibilização de professores do Ensino Fundamental I e de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II da rede pública das cidades participantes, incentivando a prática da leitura.
O projeto abrange uma série de ações, incluindo curadoria de conteúdo, entrega de livros e materiais de apoio para professores e alunos, além do desenvolvimento de atividades on-line para a formação contínua dos educadores envolvidos. Em sua execução, o projeto alcançou resultados significativos: foram distribuídos 9.064 kits, beneficiando 8.753 alunos e 311 professores. O programa também incluiu uma palestra de abertura e workshops formativos, além de formações e rodas de leitura. No total, as atividades formativas resultaram em 16 horas de capacitação certificada para os educadores, reforçando o impacto positivo na comunidade escolar.
Programa Mãos Dadas
O Programa de Voluntariado Mãos Dadas tem como objetivo engajar colaboradores e familiares em atividades que tragam benefícios para a comunidade, incentivando-os a doar tempo e conhecimento para causas sociais, promovendo cidadania, autoestima, senso de pertencimento e desenvolvimento de competências e habilidades para os participantes.
Em 2024, 17 organizações sociais foram beneficiadas, impactando mais de 6.700 pessoas. Além disso, o programa arrecadou e distribuiu mais de 3 toneladas de alimentos e contou com a participação de mais de 3 mil voluntários, demonstrando a força do engajamento social promovido pela Bracell.
Dona Della
O projeto Dona Della visa incentivar a autonomia financeira de mulheres, contribuindo para a expansão e desenvolvimento de empreendimentos liderados por mulheres e sua consolidação no mercado.
Em 2024, foram realizadas 48 horas de capacitação, on-line e presencial, além de mentorias para 20 empreendedoras. O projeto promoveu um Pitch Day e concedeu capital semente de R$ 10 mil para cada um dos dez negócios apresentados e apoiados. A execução dessas ações foi realizada em parceria com a Rede Mulher Empreendedora.
Ainda em 2024, o projeto contou com o apoio do Sebrae na organização de uma visita à Feira do Empreendedor em São Paulo, além de duas oficinas preparatórias para pitch em Encontros de Negócios promovidos pela Bracell. Durante esses encontros, as empreendedoras faturaram mais de R$ 3 mil em vendas e projetaram negócios de curto prazo no valor de mais de R$ 20 mil.
Feirinha Coletivo Bracell Social
Para impulsionar os negócios dos empreendedores apoiados pela Companhia, realizamos a Feirinha Coletivo Bracell Social. A ação abre espaço para que os nossos colaboradores conheçam os projetos sociais, interajam com as pessoas das comunidades e comprem seus produtos, gerando renda para esses grupos.
Em 2024, as empreendedoras do projeto Dona Della participaram da Feirinha e registraram um faturamento total superior a R$ 7 mil, fortalecendo ainda mais sua presença no mercado.
Fomento a Negócios de Impacto
O Programa Fomento a Negócios de Impacto (FNI) oferece assessoria técnica e operacional a associações e grupos produtivos do Território Litoral Norte e Agreste Baiano, contribuindo para o fortalecimento institucional e desenvolvimento das capacidades empreendedoras das organizações e de suas lideranças. O FNI incentiva ações que visam à melhoria de processos, de produtos, do acesso a mercados e a políticas públicas voltadas ao fortalecimento dos negócios.
Ao todo, a iniciativa alcança 6.976 pessoas direta e indiretamente. É realizada nos municípios de Alagoinhas, Araçás, Aramari, Catu, Entre Rios Esplanada, Inhambupe e Olindina, todos localizados na Bahia. Em 2024, a partir das ações do FNI, foram gerados R$ 492.481,30 em renda para os participantes, além da captação de mais de R$ 800 mil por quatro associações, via editais da Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR) e Fundação Banco do Brasil.
GRI 203-2 Impactos econômicos indiretos significativos
Nossos investimentos em projetos estruturantes junto às comunidades locais das regiões onde operamos são realizados por meio do Bracell Social. A nossa Política de Investimento Social representa o compromisso da Bracell de gerar valor social positivo à comunidade, respeitando seus hábitos, costumes e tradições, e construindo uma relação de confiança mútua.
Por meio do Bracell Social, desenvolvemos projetos estruturantes nas áreas de educação, empreendedorismo e de promoção à cidadania
Educação: contribui para a melhoria das práticas educacionais nas redes públicas de ensino. Os projetos nessa área promovem a cidadania ambiental e desenvolvem competências de protagonismo, liderança e formação profissional em adolescentes e jovens, reforçando ainda mais a crença da empresa no poder transformador da educação.
Empoderamento: fortalece grupos produtivos e negócios sociais, promovendo espaços de aprendizagem que enfatizam a geração de trabalho e renda. Investimos em formações e assessorias técnicas, desenvolvendo lideranças sociais, promovendo associativismo e democratizando o acesso aos mecanismos de participação social por meio de editais e parcerias público-privadas.
Estar Bem: proporciona aos moradores o acesso gratuito a atividades de lazer, cultura, promoção da saúde e cidadania.
Saiba mais sobre nossas metas de empreendedorismo de mulheres, geração de renda e educação, parte do Bracell 2030, no conteúdo GRI 3-3: Gestão do tema material Relacionamento com comunidades e desenvolvimento local.
Veja a seguir os resultados dos principais projetos de 2024 do Bracell Social.
Projetos | Municípios | Impacto positivo | Stakeholders alcançados |
Dona Della | Agudos
Avaí Bauru Borebi Lençóis Paulista Macatuba Presidente Alves |
O Projeto Dona Della tem por objetivo incentivar a autonomia financeira feminina, com suporte em estrutura e/ou fortalecimento de empreendimentos, formalizados ou não, para o desenvolvimento, alcance e consolidação de mercado.
Em 2024, foram realizadas 48 horas de capacitação em modo on-line e presencial; mentoria com 20 empreendedoras; realização do Pitch Day e concessão de capital semente para dez negócios. A Rede Mulher Empreendedora foi a parceira executora dessas ações do projeto. Ainda em 2024, foram realizadas, em parceria com o Sebrae: visita à Feira do Empreendedor do Sebrae em São Paulo; duas oficinas preparatórias de pitch para Encontro de Negócios e dois Encontros de Negócios. Nos Encontros de Negócios as empreendedoras faturaram mais de R$ 3 mil em vendas imediatas e realizaram projeção de negócios de curto prazo em mais de R$ 20 mil. Ainda, empreendedoras das 1ª e 2ª edições do Dona Della participaram da Feirinha Coletivo Bracell Social, no qual faturaram mais de R$ 7 mil. |
130 empreendedoras participaram ativamente das capacitações do projeto, 15 participaram da Feira do Empreendedor, 47 participaram das oficinas de pitch e 32 participaram do Encontro de Negócios. |
Nós do Campo | Borebi
Agudos Iaras Paulistânia |
O projeto Nós do Campo tem por objetivo promover a segurança alimentar e o incremento na renda dos pequenos produtores rurais, com enfoque na transição agroecológica e na implementação de sistemas agroflorestais. Em 2024, foram realizados: 1 reunião da Comissão de Seguimento do Projeto; monitoramento e avaliação dos resultados do projeto; 47 visitas para atualização cadastral de beneficiários do ciclo 2; 39 visitas de mobilização, dias de campo e reuniões para Diagnóstico Rural Participativo; 12 visitas para distribuição de mudas; 21 visitas para preparação das áreas de sistemas agroflorestais a serem implantados; 22 visitas de monitoramento, planejamento e execução do enriquecimento das unidades demonstrativas de sistemas agroflorestais; 12 visitas de assessoria para associações; elaboração de 1 plano estratégico de comercialização para associações/cooperativas e assessoria para elaboração e envio de 6 projetos para captação de recursos.
Somado a isso, os agricultores do projeto participaram da iniciativa interna da Bracell, a Feirinha Coletivo Bracell Social, iniciativa essa que visa conectar projetos sociais com os colaboradores da Bracell, para que alimentos e artesanatos produzidos por agricultores familiares, apicultores e artesãos de iniciativas rurais e urbanas possam ser acessados na fábrica. Além disso, conectar os stakeholders com os negócios da empresa e gerar renda para as comunidades. Na Feirinha Coletivo, os agricultores familiares arrecadaram mais de R$ 17 mil. |
495 produtores rurais, assentados da reforma agrária, moradores dos assentamentos Rosa Luxemburgo, Loiva Lourdes, Maraci 1, Vau Jaboque, Nova Vida e Zumbi dos Palmares. Total de 214 beneficiários diretos (agricultores familiares de assentamentos);
7 assentamentos.
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Polinizadores | Avaré
Agudos Bauru Botucatu Cabrália Paulista Itatinga Lençóis Paulista Marília |
O objetivo do projeto é organizar a atividade de apicultura nas áreas florestais da Bracell, por meio de parceria com associações de apicultores circunvizinhas, de modo a promover o uso múltiplo da floresta para produção de mel e seus derivados, de maneira estruturada, responsável e sustentável. Em 2024, 2 mil unidades produtivas instaladas em nossas florestas e mais de 12 mil toneladas de mel produzidos.
Além disso, quatro apicultores credenciados ao projeto foram convidados a participar da Feirinha Coletivo Bracell Social, evento no qual arrecadaram mais de R$ 15 mil reais com a exposição e venda dos produtos apícolas. |
50 apicultores beneficiados;
168 beneficiados indiretamente (família dos apicultores); oito associações. |
Conexão | Lençóis Paulista | O projeto Conexão, em sua 2ª edição, beneficiou oito organizações sociais de Lençóis Paulista, com o objetivo de promover capacitações voltadas para a aceleração dessas organizações da sociedade civil (OSCs). A iniciativa buscou ampliar o conhecimento dessas OSCs sobre estratégias de mobilização de recursos, contribuindo para sua sustentabilidade a longo prazo.
O projeto tem como objetivo geral fortalecer as OSCs por meio de um processo estruturado de aprendizagem, permitindo que inscrevam projetos para captar recursos de outras instituições e iniciativas via políticas públicas. Além disso, as capacitações visavam preparar as organizações para participar de processos seletivos de editais em geral, ampliando suas chances de obter financiamento. Outro objetivo específico é alavancar essas organizações, oferecendo capacitações e mentorias que promovam o amadurecimento institucional e uma nova mentalidade sobre parcerias e sustentabilidade. A dinâmica do projeto Conexão incluiu 18 horas de capacitações presenciais, focadas em tópicos essenciais para a gestão e captação de recursos, além de 40 horas de mentorias on-line, proporcionando um acompanhamento personalizado e contínuo para garantir o desenvolvimento efetivo das OSCs participantes. |
Oito organizações da sociedade civil;
209 pessoas impactadas direta e indiretamente. |
Projetos | Municípios | Impacto positivo | Stakeholders alcançados |
Projeto de Educação Continuada | Acajutiba
Alagoinhas Araçás Aramari Cachoeira Cardeal da Silva Entre Rios Inhambupe Itanagra Jandaíra Ouriçangas Santo Amaro |
Implementado em 12 municípios do Recôncavo e Litoral Norte e Agreste Baiano, este projeto contribui para a qualificação profissional de educadores da rede pública, cooperando para a consolidação de uma política pública municipal de formação continuada. Também atua junto a gestores públicos municipais, familiares de estudantes e sociedade, fomentando a mobilização social por uma educação pública de qualidade, por meio de fóruns escolares e ações de incidência junto a candidatos à gestão municipal. Em 2024, alcançou 280 escolas, totalizando 1.862 horas de formação ofertadas. | 2.141 profissionais da educação alcançados;
23.228 estudantes indiretamente impactados; 663 familiares envolvidos.
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Estratégia Busca Ativa Escolar (Unicef) | Amélia Rodrigues Esplanada
Feira de Santana Rio Real |
Apoio à estratégia do Unicef e Undime para identificar e reintegrar crianças e adolescentes fora da escola, com foco prioritário nos municípios de Feira de Santana, Rio Real, Esplanada e Amélia Rodrigues, áreas de influência da Bracell. | 11.862 rematrículas realizadas na Bahia;
120 profissionais capacitados na metodologia Busca Ativa Escolar. |
Projeto Ecomunidade | Alagoinhas
Catu Entre Rios Itanagra Santo Amaro São Sebastião do Passé |
Capacita ecoagentes para disseminação de boas práticas ambientais e promove intervenções socioambientais nas comunidades, como implantação de hortas comunitárias, revitalização de ecopraças, oficinas de reaproveitamento de resíduos e de robótica com utilização de materiais recicláveis. | 15 comunidades atendidas;
1.015 pessoas alcançadas;
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Núcleo de Educação Ambiental | Alagoinhas
Aporá Aramari Catu Conde Entre Rios Inhambupe Sátiro Dias |
Espaço interativo voltado à disseminação de conhecimentos e práticas em Educação Ambiental, o núcleo está localizado em uma das unidades da Bracell na Bahia, no município de Inhambupe. O local oferta atividades como palestras e jogos sobre temas ambientais; oficinas de reciclagem; vivências em trilha ecológica e visita a um Sistema Agroflortestal (SAF). Estudantes, educadores e comunidades estão entre os públicos que visitam semanalmente o espaço. | 4.497 visitantes recebidos;
165 escolas alcançadas. |
Programa de Fomento a Negócios de Impacto | Alagoinhas
Araçás Aramari Catu Entre Rios Esplanada Inhambupe Olindina |
O Programa de Fomento a Negócios de Impacto (FNI) oferece assessoria técnica e operacional a associações e grupos produtivos do Território Litoral Norte e Agreste Baiano, contribuindo para o fortalecimento institucional e desenvolvimento das capacidades empreendedoras das organizações e suas lideranças. O programa incentiva e oportuniza ações que visam à melhoria de processos, produtos, acesso a mercados e a políticas públicas voltadas ao fortalecimento dos negócios.
Ao todo, são R$ 492.481,30 em renda gerada e mais de R$ 800 mil captados por quatro associações, via editais da Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR) e Fundação Banco do Brasil.
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19 comunidades alcançadas;
6.976 pessoas direta e indiretamente alcançadas.
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Projeto Nós do Campo
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Alagoinhas
Cardeal da Silva Conde Entre Rios Esplanada Itanagra Mata de São João Rio Real |
Projeto voltado à melhoria da produção agrícola, ampliação da biodiversidade e estímulo à geração de renda de pequenos produtores rurais. Promove a disseminação de técnicas agroflorestais, oferecendo suporte e assessoria técnica aos agricultores familiares, com foco na inserção de novas tecnologias e multiplicação da técnica de Sistemas Agroflorestais (SAFs), em consórcio com o eucalipto. R$ 168.126,79 em renda gerada.
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10 comunidades alcançadas;
1.460 pessoas direta e indiretamente alcançadas.
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Projeto Polinizadores | Alagoinhas
Araçás Entre Rios Esplanada Itanagra Mata de São João
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O Projeto Polinizadores tem a proposta de contribuir para o desenvolvimento da apicultura, promovendo o uso múltiplo das florestas plantadas de eucalipto. A Companhia autoriza a instalação e o manejo de apiários, a produtores apícolas credenciados, em áreas de vegetação nativa da Companhia na Bahia.
O projeto oferta ainda assessoria técnica a apicultores com foco na melhoria da produtividade, além de cursos e oficinas sobre temas como produção de própolis, pólen e hidromel. R$ 536.450,00 em renda gerada.
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1.277 pessoas direta e indiretamente alcançadas;
12 associações participantes. |
Projeto Mulheres Produtoras | Santo Amaro
São Sebastião do Passé
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O Projeto Mulheres Produtoras fomenta o empoderamento individual e coletivo de mulheres do Território do Recôncavo Baiano, com foco no empreendedorismo e autonomia. Por meio da iniciativa, a Companhia apoia 9 grupos constituídos por mulheres que atuam com diferentes tecnologias sociais de geração de renda, a exemplo da bioponia, produção de alimentos e criação de galinhas para comercialização de ovos. R$ 51.995,66 em renda gerada. | 857 pessoas direta e indiretamente alcançadas;
9 comunidades alcançadas.
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Projeto Ponteira Sustentável
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Alagoinhas
Araçás Aramari Cardeal da Silva Conde Crisópolis Entre Rios Esplanada Inhambupe Itanagra Jandaíra Ouriçangas Rio Real Sátiro Dias |
O Projeto Ponteira Sustentável beneficia associações e cooperativas por meio da doação de resíduos de madeira de eucalipto, pós-colheita, gerando fonte adicional de renda e movimentação financeira para os participantes.
Para qualificar o fluxo da atividade de catação de resíduos de madeira em áreas da empresa, a Bracell fomentou a organização coletiva das associações locais em uma cooperativa para a prestação de serviços diversos no Território: a Cooperativa Mista dos Trabalhadores Rurais e Agricultores do Litoral Norte e Agreste Baiano (COOPNORTE/BA). R$ 10.963.850,00 em renda gerada.
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3.816 participantes diretos e indiretos.
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Casa Bracell Social
Inauguramos, em 13 de novembro de 2024, a Casa Bracell Social, espaço destinado para a realização de ações direcionadas à comunidade local e demais stakeholders da Bracell. A Casa Bracell está localizada em Lençóis Paulista (SP).
O espaço sediará iniciativas que buscam capacitar e empoderar pessoas. Em 2025, além das atividades sociais, a Casa Bracell Social também será sede do Programa de Voluntariado Mãos Dadas e oferecerá uma programação de workshops, capacitações e discussões sobre temas relevantes, como os pilares sociais da empresa e a Agenda 2030 da ONU.
GRI 204-1 Proporção de gastos com fornecedores locais
Em 2024, nossa cadeia de fornecedores somou 1.914 parceiros cadastrados, com contratos ativos nas operações da Bracell e Bracell Papéis (site de Lençóis Paulista). Nas operações da Bahia e Pernambuco – Bracell e Bracell Papéis – somamos o total de 9.823 fornecedores com contratos ativos.
Contratamos localmente 90% dos fornecedores de São Paulo – para as operações da Bracell e Bracell Papéis – e 61% dos fornecedores da Bahia – para as operações da Bracell. Na Bracell Papéis Nordeste, o percentual foi de 53% – operações de Feira de Santana (BA), São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE).
São considerados fornecedores locais aqueles situados nos estados onde nossas unidades operacionais estão localizadas. O cálculo do percentual de compras com fornecedores locais considera todas as unidades operacionais da Companhia. Por motivos de confidencialidade, a Bracell não divulga dados financeiros.
Unidade de Negócio | Bahia (celulose) | São Paulo (celulose) e Papéis Sudeste | Papéis Nordeste |
Percentual | 61% | 91% | 53% |
GRI 302-1 Consumo de energia dentro da organização
Investimos em processos e tecnologias para promover a utilização eficiente de energia em nossas operações, priorizando fontes renováveis de geração. Temos metas para 2030 de redução de emissões de gases de efeito estufa por tonelada de celulose produzida. Também contamos com políticas e ações para mitigar esse impacto e estabelecer uma produção de baixo carbono
A redução da intensidade energética, o uso eficiente de energia e o investimento em uma matriz de baixo carbono são iniciativas da Bracell para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (leia mais no conteúdo GRI 305 – Emissões).
Nossas fábricas são autossuficientes na geração de energia. O uso da rede elétrica nacional só é realizado nas paradas de manutenção. Nesse caso, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) que conta com cerca de 85% de sua geração proveniente de fontes renováveis, destacadamente hidráulica, eólica e solar. Além disso, comercializamos para o mercado livre de energia o excedente de nossa geração, com certificado I-REC, contribuindo para esse alto percentual de fontes limpas do país.
Nos pátios de estocagem da nossa fábrica em Lençóis Paulista (SP), utilizamos empilhadeiras elétricas, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis para esse fim. Em 2024, também seguimos com a utilização de caminhões elétricos para o transporte de celulose de nossa fábrica de Lençóis Paulista (SP) até o terminal rodoferroviário de Pederneiras (SP).
Na gestão energética de nossas operações:
- Contamos com uma caldeira de biomassa em nossa unidade de fabricação de celulose em Lençóis Paulista (SP). Ela gera energia renovável a partir da biomassa de eucalipto, composta por resíduos da própria planta e outras substâncias originadas no processo produtivo da celulose solúvel, incluindo licor negro.
- Todas as linhas da unidade foram desenvolvidas para operar livres de combustíveis fósseis e para gerar energia limpa para o mercado brasileiro, que é abastecido com o excedente da fábrica da Bracell.
- No site de Lençóis Paulista (SP), possuímos uma subestação de 440 kV, com capacidade instalada de transformação de 409 MW, suficientes para atender à fábrica e injetar no Sistema Interligado Nacional (SIN) um excedente de energia limpa e renovável na ordem de 150 MW a 180 MW, capaz de atender 405 mil residências ou cerca de 1,6 milhão de pessoas.
- Nossa fábrica de Tissue inaugurada em Lençóis Paulista em 2024 possui um painel solar de 50 mil m², gerando energia renovável e livre de combustíveis fósseis que geram 7,21 MW, equivalente a 20% do consumo da fábrica. O investimento, de R$ 21 milhões, destaca-se como uma das maiores iniciativas recentes em energia renovável no setor. A usina, composta por 10.836 placas solares, foi construída ao longo de quatro meses, contando com a dedicação de 59 profissionais em um processo altamente coordenado, que envolveu operações especializadas de içamento, distribuição e fixação dos equipamentos, além da construção de uma central de controle para monitoramento e gestão da energia gerada. A conclusão desse projeto é um marco para a empresa e reafirma nosso compromisso com soluções sustentáveis e eficientes.
- Na fábrica da Bracell Papéis em Feira de Santana (BA), instalamos uma nova caldeira sustentável de biomassa, inaugurada em dezembro. O novo equipamento, mais seguro e eficiente – com fonte de alimentação automatizada, faz parte do projeto Inovar, que marca a maior série de investimentos da história da unidade.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 1.579.433,51 | 1.541.824,41 | 17.706.299,98 |
São Paulo Celulose | 5.828.717,43 | 6.248.231,37 | 177.670.455,60 |
Papéis Sudeste | – | – | 380.731,13 |
Papéis Nordeste | – | – | 543.413,07 |
Bracell | 7.408.150,94 | 7.790.055,78 | 196.300.899,77 |
Nota: O cálculo do consumo de energia corresponde à energia adquirida somada à energia produzida, descontando-se a energia comercializada externamente.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 1.262.907,28 | 1.066.178,70 | 17.178.104,38 |
São Paulo Celulose | 8.896.430,99 | 9.387.409,61 | 180.045.408,44 |
Papéis Sudeste | – | – | 380.731,13 |
Papéis Nordeste | – | – | 370.631,18 |
Bracell | 10.159.338,27 | 10.453.588,31 | 197.974.875,12 |
Nota: em 2024, houve uma mudança na metodologia de cálculo da geração e consumo de energia em todas as operações da Bracell. Diferentemente dos anos de 2022 e 2023, quando apenas o consumo de energia elétrica era considerado, a partir de 2024 passou-se a adotar um racional mais abrangente. O novo método inclui todos os tipos de energia consumidos nos processos produtivos, como eletricidade, vapor, combustíveis (renováveis e não renováveis), além de demais fontes relacionadas ao aquecimento e vapor.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 348.790,00 | 486.127,30 | 538.992,00 |
São Paulo Celulose | 112.990,60 | 367.038,00 | 332.659,68 |
Papéis Sudeste | – | – | 0,00 |
Papéis Nordeste | – | – | 172.781,89 |
Bracell | 461.780,60 | 853.165,30 | 1.044.433,57 |
Nota: 1. o consumo de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) refere-se aos períodos de parada geral das fábricas e das manutenções corretivas do processo produtivo.
2. A Bracell Papéis Sudeste utiliza energia gerada a partir do processo de fabricação de celulose. Por esse motivo, a unidade não realiza a compra de energia.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 32.263,77 | 10.481,59 | 10.796,40 |
São Paulo Celulose | 3.180.704,16 | 3.506.216,24 | 2.707.612,52 |
Bracell | 3.212.967,93 | 3.516.697,83 | 2.718.408,92 |
Nota: a redução da venda de energia pelo site de Lençóis Paulista (SP) se explica pela redução de exportação devido ao aumento do consumo interno de energia.
Total de energia consumida dentro da organização, por tipo de energia (GJ)
Tipo de energia | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Papéis Sudeste | Papéis Nordeste | Bracell |
Combustíveis não renováveis consumidos | 2.979.196,54 | 1.312.265,36 | 3.338,29 | 5.712,94 | 4.300.513,13 |
Combustíveis renováveis consumidos | 13.659.915,84 | 64.775.904,80 | 0,00 | 192.136,34 | 78.627.956,98 |
Eletricidade, aquecimento, resfriamento e vapor adquiridos para consumo | 538.992,00 | 113.957.238,28 | 377.392,84 | 172.781,89 | 115.046.405,01 |
Venda do excedente de eletricidade, aquecimento, refrigeração ou vapor autogerado | 10.796,40 | 2.707.612,52 | 0,00 | 0,00 | 2.718.408,92 |
Total | 17.178.104,38 | 180.045.408,44 | 380.731,13 | 370.631,18 | 197.974.875,12 |
GRI 302-3 Intensidade energética
Intensidade energética é a quantidade de energia necessária para produzir uma unidade de produto ou serviço. Utilizamos a medida GJ/adt, indicando o consumo de energia por tonelada de celulose ou de papel secos ao ar fabricados pela Companhia.
Até 2023, a Bracell considerou como dados de consumo de energia fora da organização os valores referentes à energia comprada, utilizada em suas próprias operações. Os dados de consumo de energia em unidades fora do limite operacional e que não estão no controle direto da Bracell não integram a gestão de dados de sustentabilidade da Companhia. A empresa reporta os dados de energia fora da organização em seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, nas emissões de escopo 3, que abrangem as operações de produção e comercialização de celulose.
Em 2024, as operações da Bracell Papéis iniciaram a integração de suas operações aos processos e procedimentos de gestão da Bracell e Grupo RGE, por esse motivo não foram incluídas no escopo de coleta de dados do inventário de emissões de gases de efeito estufa e apresentam indisponibilidades de dados operacionais em razão dos processos priorizados em 2024. Os dados indisponíveis nesse relatório serão publicados a partir do reporte referente ao desempenho de 2025.
Para o ano de 2025, a Bracell reportará os dados de consumo de energia fora da organização, bem como incluirá em seu reporte do inventário de emissões de gases de efeito estufa as operações de produção e comercialização de papéis.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 |
Bahia Celulose | 3,29 | 3,27 | 3,19 |
São Paulo Celulose | 1,95 | 2,07 | 2,12 |
Papéis Sudeste | – | – | – |
Papéis Nordeste | – | – | – |
Total | 5,24 | 5,34 | 5,31 |
Nota: 1. Os dados de intensidade energética são calculados considerando o volume de energia elétrica consumida por tonelada de produto produzido: celulose kraft e celulose solúvel. Por razão de confidencialidade, a Bracell não reporta dados de produção. Além disso, em 2024 a Bracell Papéis iniciou a integração de suas operações aos processos e procedimento de gestão da Bracell e Grupo RGE. Por esse motivo, apresentam indisponibilidade de dados operacionais em razão dos processos priorizados em 2024. Os dados indisponíveis neste relatório serão publicados a partir do reporte referente ao desempenho de 2025.
GRI 302-4 Redução do consumo de energia
A redução do consumo visa minimizar desperdícios, diminuir custos operacionais e mitigar impactos ambientais, promovendo um uso mais racional e sustentável dos recursos energéticos.
A partir de 2024, houve uma mudança na metodologia de cálculo do consumo de energia, que passou a considerar todos os tipos de energia utilizados nos processos produtivos, incluindo energia elétrica, vapor, combustíveis renováveis e não renováveis, entre outros. Nos anos anteriores (2022 e 2023), apenas o consumo de energia elétrica era considerado. Dessa forma, não é possível comparar diretamente os valores de consumo de energia entre os anos de 2023 e 2024, pois os critérios de mensuração são diferentes.
Essa atualização metodológica visa proporcionar uma análise mais precisa e abrangente do desempenho energético das operações da Bracell. Saiba mais no conteúdo GRI 302-1 Consumo de energia dentro da organização.
GRI 303-1 Interações com a água como um recurso compartilhado
A Bracell tem fábricas no Polo industrial de Camaçari (BA), no Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP) e em Feira de Santana (BA) e operações florestais – da silvicultura à colheita – nos estados de São Paulo, Bahia e Sergipe. O controle do volume de água fresca captado e o monitoramento dos riscos e dos impactos potenciais aos recursos hídricos são realizados de acordo com a legislação, com a licença ambiental e com as normas certificadoras que fazem parte do Sistema Integrado de Gestão da Bracell.
Nos sites de São Gonçalo dos Campos (BA) e de Pombos (PE) não há captação de para o processo produtivo, uma vez que são considerados secos.
A empresa adota uma abordagem estruturada para a captação, consumo e descarte da água em suas operações, garantindo conformidade ambiental e eficiência hídrica.
Fontes de captação de água:
- Água superficial e subterrânea, em pontos licenciados
- Águas residuais tratadas
- Abastecimento público
Formas de consumo de água:
- Consumo de água potável
- Uso em sanitários
- Resfriamento industrial
- Laboratórios e pesquisa
- Limpeza e manutenção de instalações e equipamentos
- Sistemas de combate a incêndios
- Refeitórios e cozinhas
- Água de processamento de produtos (como ingrediente ou parte do processo de produção de um produto)
- Irrigação de paisagens e jardins
- Produção de mudas e plantio de florestas
Formas de descarte de água:
- Lagos e rios (com permissão após tratamento adequado)
- Reúso
- Estações de tratamento de esgotos públicos
- Outras formas:
- Área florestal na Bahia: bases em Alagoinhas, Inhambupe e Entre Rios utilizam fossas sépticas; a base de Alagoinhas também conta com uma caixa separadora de água e óleo, com análises laboratoriais dos efluentes. Resíduos são periodicamente coletados e tratados por empresas licenciadas.
- Área industrial na Bahia: após consumo no processo produtivo, águas residuais são coletadas, tratadas internamente e direcionadas à Cetrel para tratamento secundário biológico antes do descarte no oceano.
Identificação de impactos ambientais:
A empresa reconhece os impactos ambientais relacionados à água, que incluem:
- Consumo excessivo de água
- Poluição hídrica
- Erosão do solo e sedimentação
- Emissões de gases de efeito estufa
Abordagens para identificação de impactos:
- Avaliação de impacto ambiental
- Avaliação de conformidade regulatória
- Avaliação de riscos hídricos
Escopo das avaliações de impacto:
- Avaliação do consumo de água das operações
- Avaliação das descargas de efluentes
- Monitoramento da qualidade da água
- Análise de conformidade legal
- Inovação e eficiência para reduzir o consumo de água
Prazo das avaliações de impacto:
- Programas de médio prazo para mudanças sustentáveis
- Monitoramento contínuo
- Avaliações iniciais para identificação de riscos e impactos
Ferramentas e metodologias para avaliação:
- Benchmarking setorial
- Indicadores de desempenho ambiental
- Sistemas: Softexpert e SOGI
- Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais
- Planilha LAIA para registro e controle
Gestão dos impactos:
A empresa adota medidas para minimizar impactos e gerir a água como um recurso compartilhado:
- Redução de consumo específico de água: manutenção e acompanhamento de consumo;
- Erosões e assoreamento: abertura e manutenção de malha viária florestal conforme os procedimentos de cada unidade de negócio;
- Disponibilidade de recursos hídricos: planejamento de silvicultura para minimizar consumo de água na Bracell Bahia; metas de redução de consumo nos viveiros.
Objetivos e metas relacionados à água
- Alinhadas com metas públicas e ODS 6 (ONU);
- Consideram políticas públicas e contexto local;
- Apoio de stakeholders (sociedade civil, associações comerciais etc.);
- Baseadas em limites sustentáveis e contexto de bacias hidrográficas;
- Estabelecidas anualmente, validadas por comissão técnica de garantia ambiental.
Os fornecedores avaliados em relação a aspectos sociais e ambientais são aqueles que atuam diretamente nas operações da Bracell. A Bracell não avalia a gestão de temas de sustentabilidade na cadeia de seus fornecedores. Não foram registrados ou identificados impactos nas operações da Bracell relacionados à água por parte de seus fornecedores.
(Leia mais sobre nossas práticas de gestão de água e efluentes no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Água e Efluentes).
GRI 303-2 Gestão de impactos relacionados ao descarte de água
Nossas fábricas de celulose têm certificação ISO 14001/2015, que garante a identificação sistemática de pontos críticos de consumo, por meio de uma ferramenta interna de gestão de aspectos e impactos ambientais, que estabelece controles específicos, como limites de consumo e estratégias de reúso/redução. Nossa gestão de efluentes é realizada com atendimento aos padrões de lançamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama n° 430/2011), do Decreto Estadual n° 8.468/1976 e das diretrizes dos órgãos ambientais competentes.
Na gestão de água e efluentes, são monitorados riscos de impactos potenciais, como contaminação de corpos hídricos e de ecossistemas devido ao descarte de efluentes. Também são monitorados riscos de impactos reais, como estresse hídrico em regiões já vulneráveis, afetando ecossistemas aquáticos e o abastecimento de água para comunidades locais. Esse impacto apresenta extensão abrangente e intensidade alta. A Bracell possui controles internos para prevenir e mitigar esses riscos.
A organização não possui instalações operando em locais onde não há exigência legal para o descarte de água.
Gestão de efluentes na produção de celulose kraft e solúvel
Para atendimento às legislações e requisitos das normas certificadoras, avaliamos em nossas operações de São Paulo a classe do corpo d’água receptor para garantir o lançamento ambientalmente adequado, sempre com autorização do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE).
Somos a primeira empresa do setor de celulose no estado de São Paulo a adotar tratamento de efluente em três fases:
-
Primeira fase: remoção de fibras e compostos inorgânicos, utilizando processos mecânicos para separação de resíduos sólidos;
-
Segunda fase: tratamento da matéria orgânica por meio de sistemas biológicos, que reduzem a carga orgânica do efluente;
-
Terceira fase: filtração avançada (polimento final), garantindo a qualidade do efluente antes do retorno ao Rio Tietê.
O tratamento terciário de efluentes permite uma performance capaz de manter uma eficiência de remoção de carga orgânica, medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), de aproximadamente 98% – resultado superior ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011). Além disso, cerca de 92% da água captada do Tietê é devolvida ao rio após o processo industrial como efluente tratado.
A abordagem da organização para estabelecer os limites de descarte é baseada em regulamentações ambientais, incluindo o art. 18 do Decreto nº 8.468/1976, o art. 16 da Resolução Conama n° 430/2011, o Termo de Referência Cetesb, o Parecer Técnico 072/18/IPSE e certificações como Nordic Swan e EU Ecolabel (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Na fábrica do Polo Industrial de Camaçari, depois de consumidas no processo produtivo, as águas residuais são coletadas e direcionadas para o sistema de tratamento interno da Bracell, que conta com sistema de decantação. Em seguida, o efluente orgânico é direcionado para a Cetrel, empresa responsável pelo tratamento secundário biológico (lodos ativados), com garantia de remoção de carga orgânica superior a 95%. Após essa etapa, o efluente tratado é direcionado por um emissário para lançamento no oceano, em atendimento às portarias n° 16.507/2018 e n° 18.841/19 do Inema, Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama n° 430/2011) e das diretrizes dos órgãos ambientais competentes.
Gestão de efluentes na produção de Tissue (site de Lençóis Paulista)
Em nossa fábrica de papéis do site industrial de Lençóis Paulista (SP), temos uma única Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que centraliza o tratamento de todos os efluentes gerados nas operações de papel e celulose. O efluente do processo industrial da Bracell Papéis é enviado à ETE, assim como os efluentes provenientes das duas linhas fabris de celulose.
Gestão de efluentes na produção de celulose solúvel e especial
Para garantir a qualidade da gestão dos efluentes, em nosso site industrial de Camaçari (BA), monitoramos regularmente parâmetros físicos, químicos e biológicos, dentre os quais a demanda química de oxigênio (DQO), que determina a performance financeira da operação e possui indicador de carga orgânica para gestão e acompanhamento periódico. Esse indicador é utilizado na avaliação de eficiência do Sistema de Tratamento de Efluentes, que compreende a estação da Bracell na fábrica de Camaçari (tratamento primário – decantação) e da Cetrel, companhia instalada no Polo Industrial de Camaçari, responsável pelo tratamento secundário (lodos ativados) do efluente gerado pela Bracell.
O monitoramento contínuo do DQO garante a eficácia do processo primário, enquanto a eficiência na remoção de carga orgânica é assegurada pela etapa secundária – que, devido à mistura com efluentes de outras indústrias no complexo, não permite mensuração direta do resultado específico da Bracell no efluente final lançado via emissário submarino.
O monitoramento constante dos efluentes industriais garante a ecoeficiência do processo de produção de celulose solúvel. Também mede, de forma indireta, a qualidade do sistema de recuperação de químicos, a perda de fibras do processo industrial e a qualidade de retenção de sólidos do sistema de tratamento primário da fábrica.
No processo de gestão de efluentes industriais são consideradas duas principais correntes:
-
Efluente orgânico (SO): derivado do processo industrial e do sistema de águas pluviais, com algum tipo de subproduto do processo industrial. Corresponde à maior fração do efluente gerado na fábrica sendo conduzido ao tratamento primário, internamente, e secundário, externamente, pela Cetrel;
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Efluente inorgânico (SI): também chamado de sistema de águas não contaminadas, representa a fração de efluentes gerados de sistema de coleta pluvial e/ou sistemas sem contaminantes, como purga das torres de resfriamento e trocadores de calor.
Para ambas as correntes, são monitorados parâmetros das portarias n° 16.507/2018 e n° 18.841/19 do Inema. Para o lançamento dos efluentes tratados, é considerado o perfil do corpo receptor, em atendimento à legislação federal específica (Resolução Conama n° 430/2011), além de determinações do órgão ambiental estadual Inema.
As águas residuais do processo produtivo são coletadas e direcionadas para o sistema de tratamento de efluentes, composto por tratamento preliminar (gradeamento e correção de pH) e tratamento primário (decantador convencional e sistema de remoção de lodo). Esse processo busca remover mecanicamente sólidos sedimentáveis, compostos basicamente por fibras celulósicas, extraídas na forma de lodo primário. Em seguida a esse processo interno na Bracell, o efluente orgânico é direcionado para a Cetrel. Após o tratamento secundário, o efluente é lançado no oceano por meio de um emissário.
As ações de monitoramento dos efluentes dos viveiros de produção de mudas avaliam a qualidade do efluente para evitar alterações na qualidade do solo. As ações de monitoramento dos efluentes do posto de lavagem, localizado na oficina da empresa em Alagoinhas (BA), avaliam a qualidade do efluente para evitar alterações na qualidade.
Gestão de efluentes na produção de papel (site de Pombos-PE, Feira de Santana-BA e São Gonçalo dos Campos-BA)
A gestão de efluentes nas unidades industriais de Feira de Santana (BA), São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE) foi estruturada para garantir máxima eficiência ambiental e atender integralmente à legislação vigente. Cada unidade apresenta um perfil operacional distinto, o que demanda soluções específicas para o gerenciamento dos resíduos líquidos gerados.
No site de Feira de Santana (BA), onde ocorre a fabricação de bobinas jumbo roll, o processo industrial foi desenvolvido em circuito fechado, não havendo qualquer lançamento de efluentes industriais no meio ambiente. O tratamento é realizado em Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) própria, que remove impurezas para permitir o reúso da água no processo industrial, reduzindo impactos ambientais e otimizando o uso de recursos hídricos.
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Tratamento preliminar: a água passa pela lagoa aerada, que estabiliza temperatura, pH e vazão, garantindo a oxigenação antes da entrada na ETE;
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Tratamento primário: no decantador primário, sólidos mais pesados são separados e o lodo primário segue para adensamento e centrifugação;
-
Tratamento secundário: o efluente é direcionado para equalização, que mantém a vazão e a oxigenação. Em seguida, passa pela aeração, na qual as bactérias aeróbias degradam a matéria orgânica dissolvida. No decantador secundário, o lodo ativado é separado da água tratada, recirculando parte para a aeração e descartando o excesso conforme necessário. O lodo extraído passa por adensamento e centrifugação, separando a fração seca, enviada ao aterro sanitário, enquanto a água retorna ao processo. A água clarificada segue para a cisterna, que a direciona para os filtros de limpeza, removendo partículas menores antes do tanque de reúso, que bombeia a água de volta para as máquinas de papel. Esse ciclo garante a eficiência na remoção de impurezas e a reutilização da água no processo industrial.
Já nas unidades de São Gonçalo dos Campos (BA) e de Pombos (PE), a produção é voltada para fraldas descartáveis e para a conversão das bobinas jumbo roll. Nessas unidades, destaca-se o uso de tecnologia de processo seco, que não demanda utilização de água, resultando na geração exclusiva de efluentes sanitários. Não há, portanto, geração de efluentes industriais nesses locais. Os efluentes sanitários são coletados em sistemas próprios e, periodicamente, removidos por caminhões sugadores, que transportam o material para estações de tratamento licenciadas: em São Gonçalo dos Campos (BA), o envio é feito para a ETE de Feira de Santana (Ba), enquanto em Pombos (PE), a destinação ocorre para a ETE de Recife (PE).
GRI 303-3 Captação de água
A Bracell realiza continuamente estudos de zoneamento climático, a partir da análise de dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. Por meio desse mapeamento, são identificadas áreas de mais aptidão para o plantio de eucalipto. Além disso, com base nessa informação, são feitas recomendações técnicas específicas por região, como alocação de clones, adubação, entre outras. A Companhia não realiza captação em áreas de estresse hídrico.
Na operação de celulose em São Paulo, o volume de captação de água doce de superfície é contabilizado a partir de medições diretas nos pontos outorgados para manejo florestal. Também se considera a captação em poço no site industrial de Lençóis Paulista (SP), utilizado para produção de mudas no viveiro. Os volumes captados são registrados em um banco de dados interno, seguindo as legislações vigentes e contemplando todas as frentes operacionais da Companhia. As outorgas incluem a captação de água superficial do Rio Tietê e a captação subterrânea de poços. A Bracell Papéis São Paulo não realiza captação direta de água do ambiente, utilizando a água proveniente da Bracell Celulose São Paulo (leia mais no conteúdo GRI 3-3: Gestão do tema material Água e efluentes).
Na operação industrial da Bahia, as captações subterrâneas são medidas por hidrômetros instalados, com operação por meio de telemetria. As captações superficiais são registradas em fichas de controle, seja em formato impresso ou digital via survey. De acordo com o procedimento interno, todas as captações de água, tanto superficiais quanto subterrâneas, são reportadas à equipe de Meio Ambiente, que compila, analisa e reporta os dados aos gestores das áreas. A operação segue a Portaria n° 25.954, que autoriza a captação de água subterrânea na bacia hidrográfica Recôncavo Norte, bem como a Portaria Inema nº 22.181 de 22 de janeiro de 2021, que define critérios para monitoramento e controle do uso dos recursos hídricos no estado da Bahia.
A Bracell, em suas operações florestais na Bahia, possui uma rede de monitoramento ambiental que abrange 23 pontos de análise da qualidade das águas superficiais (rios da região), oito pontos de análise da qualidade de águas subterrâneas (poços artesianos), 13 pontos fixos de análise da potabilidade da água (para fins de consumo humano), cinco pontos móveis de análise da potabilidade da água nas frentes de serviços (também para fins de consumo humano), 37 pontos de análise de vazão dos rios nos locais outorgados para captação de água superficial, dois pontos de lançamento de efluentes dos viveiros florestais e um ponto de lançamento de efluente de caixa separadora de água e óleo.
Nas sedes de quatro fazendas, na Bahia, também há captação por meio de poços artesianos. Nesses casos, a água captada é destinada ao consumo humano. O volume é registrado em banco de dados interno da Companhia, gerenciado de acordo com as legislações vigentes e considerando todas as frentes operacionais da Bracell.
Em 2024, houve algumas mudanças em relação aos dados de captação de água de nossas operações quando comparamos com os dados reportados em 2023. A captação de água superficial nas operações florestais da Bahia teve uma redução de 61%. Já nas operações de São Paulo, houve aumento de 50,2% na captação das operações florestais e redução de 3,9% nas industriais.
Na captação de água subterrânea, houve diminuição de 5,4% na captação das operações florestais da Bahia e de 12,4% em São Paulo. A operação industrial de São Paulo apresentou redução de 2,6%.
A captação de água nas operações florestais de São Paulo foi menor em comparação a 2023 devido aos períodos secos que marcaram o ano de 2024 e aumentaram a intensidade de irrigação. A área de plantio em 2024 também foi superior à de 2023, com impacto no aumento da área irrigada. Na operação, também houve melhoria nos processos de controle dos indicadores de água, contribuindo com ganho de qualidade na gestão dos indicadores. Nas operações do viveiro, em São Paulo, houve redução no volume captado como consequência das boas práticas de manejo. Não houve alterações significativas que justifiquem a variação dos dados de volume captados em relação a 2023.
Nas operações industriais de São de Paulo, a redução na captação de água é consequência do fechamento do circuito de água na fábrica e maior recirculação de água da lagoa pluvial para tratamento na ETA e uso industrial (esse volume, em 2024, foi mais do que o dobro do valor de 2023). Percentualmente, o total de água recirculada em relação ao total captado foi 2,4% em 2023 e 5,1% em 2024. Também explica a redução na captação de água a partida da fábrica da Bracell Papeis, conectada à fábrica de celulose de Lençóis Paulista, planta com tecnologias desenvolvidas para a eficiência no consumo de água do Tissue. A gestão de água, que ocorre de forma integrada nas duas fábricas, agregou, ainda, melhorias de processos nesse tema na operação industrial.
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 2.198 | 0 | 2.198 | 29.456 | 0 | 29.456 | 4.811 | 0 | 4.811 | 64.927 | 0 | 64.927 | 25.351 | 0 | 25.351 |
São Paulo Celulose | 309.165 | 0 | 309.165 | 328.484 | 12.947.445 | 13.275.929 | 314.537 | 49.223.892 | 49.538.429 | 457.789 | 52.016.479 | 52.474.269 | 550.327 | 49.972.528 | 50.522.855 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 1.144.604 | 1.144.604 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Bracell | 311.363 | 0 | 311.363 | 357.940 | 12.947.445 | 13.305.385 | 319.348 | 49.223.892 | 49.543.240 | 522.716 | 52.016.479 | 52.539.196 | 575.678 | 51.117.132 | 51.692.810 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 889.754 | 14.720.841 | 15.610.595 | 872.245 | 14.559.672 | 15.431.917 | 851.887 | 15.145.471 | 15.997.358 | 874.462 | 15.738.831 | 16.613.293 | 827.071 | 15.681.068 | 16.508.139 |
São Paulo Celulose | 282.428 | 6.831.882 | 7.114.310 | 395.258 | 7.071.663 | 7.466.921 | 405.286 | 6.520.494 | 6.925.780 | 556.641 | 4.342.162 | 4.898.803 | 486.285 | 4.231.181 | 4.717.466 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 214.184 | 214.184 |
Bracell | 889.754 | 14.720.841 | 22.724.905 | 1.267.503 | 21.631.336 | 22.898.838 | 1.257.173 | 21.665.965 | 22.923.138 | 1.431.103 | 20.080.993 | 21.512.096 | 1.313.356 | 20.126.433 | 21.439.789 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 891.952 | 14.720.841 | 15.612.793 | 901.701 | 14.559.672 | 15.461.373 | 856.698 | 15.145.471 | 16.002.169 | 939.389 | 15.738.831 | 16.678.220 | 852.422 | 15.681.068 | 16.533.490 |
São Paulo Celulose | 591.593 | 6.831.882 | 7.423.475 | 723.742 | 20.019.108 | 20.742.850 | 719.823 | 55.744.386 | 56.464.209 | 1.014.430 | 56.358.642 | 57.373.072 | 1.036.612 | 54.203.709 | 55.240.321 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 1.144.604 | 1.144.604 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 214.184 | 214.184 |
Bracell | 1.483.545 | 21.552.723 | 23.036.268 | 1.625.443 | 34.578.781 | 36.204.224 | 1.576.521 | 70.889.856 | 72.466.377 | 1.953.819 | 72.097.472 | 74.051.291 | 1.889.034 | 71.243.565 | 73.132.599 |
Nota 1: a Bracell Papéis foi fundada em 2023 e reporta pela primeira vez a sua performance ambiental referente ao ano de 2024. A Bracell Papéis Sudeste não possui pontos de captação próprios (superficial e subterrânea), utilizando água já captada pelo site industrial da Bracell, de Lençóis Paulista (SP), onde há fabricação de celulose.
Nota 2: o volume de captação de água para as operações de São Paulo Celulose e Papéis Sudeste, considera exclusivamente as fontes primárias da fábrica de celulose, quais sejam: seis poços subterrâneos e uma captação superficial no Rio Tietê.
Nota 3: o volume de captação da operação de Papéis Nordeste considera a unidades fabril de Feira de Santana (BA). Nos sites de São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE) não há captação de água, uma vez que os processos industriais empregados são considerados secos.
Nota 4: o volume de captação da operação florestal considera a captação dos pontos outorgados nos estados de Minas Gerais e Paraná, além do estado de São Paulo. Ambos são controlados e monitorados pelo departamento de Meio Ambiente Florestal da Bracell São Paulo Celulose. Saiba mais sobre a gestão de água da florestal no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Água e Efluentes.
Ano | Volume (m3/adt) |
2020 | 30,04 |
2021 | 26,85 |
2022 | 20,42 |
2023 | 20,69 |
2024 | 19,20 |
GRI 303-4 Descarte de água
Somos a primeira empresa do setor de celulose no estado de São Paulo a adotar tratamento de efluente em três fases:
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Primeira fase: remoção de fibras e compostos inorgânicos, utilizando processos mecânicos para separação de resíduos sólidos;
-
Segunda fase: tratamento da matéria orgânica por meio de sistemas biológicos, que reduzem a carga orgânica do efluente;
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Terceira fase: filtração avançada (polimento final), garantindo a qualidade do efluente antes do retorno ao Rio Tietê.
O tratamento terciário de efluentes permite uma performance capaz de manter uma eficiência de remoção de carga orgânica, medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), de aproximadamente 98% – resultado superior ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011). Além disso, cerca de 92% da água captada do Tietê é devolvida ao rio após o processo industrial como efluente tratado.
A abordagem da organização para estabelecer os limites de descarte é baseada em regulamentações ambientais, incluindo o art. 18 do Decreto nº 8.468/1976, art. 16 da Resolução Conama n° 430/2011, o Termo de Referência Cetesb, o Parecer Técnico 072/18/IPSE e certificações como Nordic Swan e EU Ecolabel (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Na fábrica do Polo Industrial de Camaçari, depois de consumidas no processo produtivo, as águas residuais são coletadas e direcionadas para o sistema de tratamento interno da Bracell, que conta com sistema de decantação. Em seguida, o efluente orgânico é direcionado para a Cetrel, empresa responsável pelo tratamento secundário biológico (lodos ativados), com garantia de remoção de carga orgânica superior a 95%. Após essa etapa, o efluente tratado é direcionado por um emissário para lançamento no oceano. O processo é realizado em conformidade aos padrões definidos pelas portarias n° 16.507/2018 e n° 18.841/19 do Inema, Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama n° 430/2011) e das diretrizes dos órgãos ambientais competentes.
A Bracell opera com padrões de qualidade de efluentes que superam as exigências regulatórias nacionais, destacando-se pelo rigor no monitoramento e tratamento de parâmetros como Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Nas operações de São Paulo, os indicadores específicos alcançaram 13,8 mg/L (DBO) e 207,3 mg/L (DQO), ambos superiores aos limites máximos estabelecidos pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011), que especificamente para DBO é de 60%. Isso reflete a eficiência do sistema de tratamento terciário exclusivo da Companhia.
Nas operações da Bahia, o monitoramento contínuo do DQO garante a eficácia do processo primário, enquanto a eficiência na remoção de carga orgânica é assegurada pela etapa secundária – que, devido à mistura com efluentes de outras indústrias no complexo, não permite mensuração direta do resultado específico da Bracell no efluente final lançado via emissário submarino.
A Bracell não detectou substâncias na água de descarte que causem danos irreversíveis ao corpo d’água, ecossistema ou saúde humana. Para a definição das substâncias prioritárias no descarte, a Companhia segue a Diretiva de Qualidade da Água Potável da OMS.
Em 2024, foram registrados três casos de não conformidade nas operações da Bahia, nos meses de março, abril e junho. Elas são relacionadas aos parâmetros de pH, SST e SSD no Sistema Inorgânico (SI), reportadas ao Inema conforme exigido. As variações foram causadas por fortes chuvas, que aumentaram a vazão do sistema. A equipe operacional intensificou inspeções para identificar e corrigir as causas dessas ocorrências, reforçando medidas para garantir o cumprimento dos padrões ambientais.
A Bracell Papéis Nordeste não realiza lançamentos de efluentes e a Bracell Papéis Sudeste encaminha seus efluentes integralmente para a estação de tratamento do site de Lençóis Paulista (SP). Não realizamos o descarte de água em áreas de estresse hídrico (leia mais sobre nossas operações em GRI 2-6 A Bracell).
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 0 | 0 | 0 | 0 | 312.800 | 312.800 | 0 | 153.151 | 153.151 | 0 | 97.615 | 97.615 | 0 | 142.030 | 142.030 |
São Paulo Celulose | 0 | 0 | 0 | 0 | 15.745.505 | 15.745.505 | 0 | 51.451.820 | 51.451.820 | 0 | 49.309.676 | 49.309.676 | 0 | 49.760.589 | |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 1.225.111 | 1.225.111 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Bracell | 0 | 0 | 0 | 0 | 16.058.305 | 16.058.305 | 0 | 51.604.971 | 51.604.971 | 0 | 49.407.291 | 49.407.291 | 0 | 51.127.730 | 51.127.730 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 0 | 0 | 0 | 0 | 12.209.740 | 12.209.740 | 0 | 12.601.858 | 12.601.858 | 0 | 13.313.281 | 13.313.281 | 0 | 13.197.242 | 13.197.242 |
São Paulo Celulose | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A |
Bracell | 0 | 0 | 0 | 0 | 12.209.740 | 12.209.740 | 0 | 12.601.858 | 12.601.858 | 0 | 13.313.281 | 13.313.281 | 0 | 13.197.242 | 13.197.242 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 0 | 0 | 12.739.374 | 0 | 12.522.540 | 12.522.540 | 0 | 12.755.009 | 12.755.009 | 0 | 13.410.896 | 13.410.896 | 0 | 13.339.272 | 13.339.272 |
São Paulo Celulose | 0 | 0 | 5.208.374 | 0 | 15.745.505 | 15.745.505 | 0 | 51.451.820 | 51.451.820 | 0 | 49.309.676 | 49.309.676 | 0 | 49.760.589 | 49.760.589 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 1.225.111 | 1.225.111 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 | 0 |
Bracell | 0 | 0 | 17.947.748 | 0 | 28.268.045 | 28.268.045 | 0 | 64.206.829 | 64.206.829 | 0 | 62.720.572 | 62.720.572 | 0 | 64.324.972 | 64.324.972 |
Nota 1: os volumes de efluentes provenientes das operações de São Paulo Celulose e Papéis Sudeste são tratados conjuntamente na única Estação de Tratamento de Efluente (ETE) existente no site industrial de São Paulo. Embora a operação de Papéis Sudeste não realize lançamentos diretos no ambiente, seus efluentes são integralmente encaminhados à ETE, que também recebe os efluentes das operações de celulose.
Nota 2: nas operações industriais da Bahia, há lançamento de um único efluente em rio, qual seja efluente inorgânico ou de águas pluviais que é direcionado ao canal do SI da CETREL, onde se mistura com demais correntes de SI do Polo e depois é enviada para o rio.
Nota 2: a Bracell Papéis Nordeste conta com apenas uma ETE na unidade fabril de Feira de Santana (BA), a qual possui um circuito fechado. Portanto, não realiza lançamentos de efluentes no ambiente. Assim como as unidades de São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE), uma vez que os processos industriais empregados são considerados secos.
Nota 4: a Bracell não realiza descarte de efluentes em água subterrânea.
GRI 303-5 Consumo de água
O consumo de água em nossas operações é calculado considerando o volume captado menos o volume de efluentes descartado.
A fábrica da Bracell Papéis Sudeste tem consumo negativo porque utiliza a água contida na própria polpa de celulose, usada no processo de produção de Tissue. Isso é possível pela localização da unidade, integrada à fábrica de celulose da Companhia, no site de Lençóis Paulista (SP). Nessa configuração, a celulose, matéria-prima para a produção de Tissue, é transportada até a fábrica de papéis por meio de tubulação, sem necessidade de secagem da polpa. A água contida na polpa de celulose utilizada no processo contribui para o volume de lançamento, mas não é contabilizada no consumo de água do processo produtivo de Tissue. Esses fatores combinados resultam em um consumo aparentemente negativo.
As fábricas da Bracell Papéis Nordeste não realizam descarte de efluentes. A captação de água da operação em Feira de Santana (BA) em 2024 foi de 193.603 m3 (leia mais no conteúdo GRI 303-3 Captação de água).
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 0 | 0 | 2.873.420 | 901.701 | 2.037.132 | 2.938.833 | 856.698 | 2.390.462 | 3.247.160 | 939.389 | 2.327.934 | 3.267.323 | 852.422 | 2.341.796 | 3.194.218 |
São Paulo Celulose | 0 | 0 | 1.734.762 | 723.742 | 4.273.603 | 4.997.345 | 719.823 | 4.292.566 | 5.012.389 | 1.014.430 | 7.048.965 | 8.063.396 | 1.023.525 | 4.443.120 | 5.466.645 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | -80.507 | -80.507 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Bracell | 0 | 0 | 4.608.182 | 1.625.443 | 6.310.735 | 7.936.179 | 1.576.521 | 6.683.028 | 8.259.549 | 1.953.819 | 9.376.900 | 11.330.719 | 1.875.947 | 6.704.409 | 8.580.356 |
Nota 1: o consumo de água negativo da Bracell Papéis Sudeste ocorre porque grande parte da água utilizada provém da polpa de celulose úmida, não registrada como captação. Parte dessa água evapora ou permanece no produto final sem ser considerada no cálculo, enquanto o volume de efluentes pode incluir essa água, resultando em descarte superior à captação.
Nota 2: a Bracell Papéis Nordeste não descarta efluentes. Em 2024, a captação de água no site de Feira de Santana (BA) foi de 193.603 m3.
GRI 305-1 Emissões diretas (Escopo 1) de gases de efeito estufa (GEE)
O Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além do Mato Grosso do Sul.
Em 2024, as emissões fósseis da Bracell de escopo 1 representaram 43% do total e somaram 731.362,80 tCO2e, um aumento de 22,4% em comparação ao ano anterior. Esse acréscimo foi impulsionado majoritariamente pelo incremento no uso de combustíveis fósseis em nossa logística, principalmente devido ao aumento no raio do transporte de madeira das áreas de plantio até a fábrica, e crescimento expressivo no número de incêndios florestais.
Os gases incluídos no cálculo do escopo 1 de emissões são: CO2, CH4, N2O, HFCs e SF6.
Categorias Escopo 1 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Combustão móvel | 96.418,86 | 15,7 | 121.700,47 | 20,4 | 214.992,18 | 29,4 |
Combustão Estacionária | 356.481,66 | 58,0 | 309.539,10 | 51,8 | 296.113,67 | 40,5 |
Resíduos e efluentes gerados | 46.321,353 | 7,5 | 596,11 | 0,1 | 13.974,3 | 1,9 |
Fugitivas | 3.139,38 | 0,5 | 5.231,53 | 0,9 | 12.284,43 | 1,7 |
Atividades Agrícolas | 111.079,27 | 18,1 | 155.955,17 | 26,1 | 154.586,98 | 21,1 |
Mudança do Uso do Solo | 1.232,10 | 0,2 | 4.431,98 | 0,7 | 39.411,23 | 5,4 |
Total | 614.672,64 | 100 | 597.454,38 | 100 | 731.362,80 | 100 |
A Bracell reporta suas emissões biogênicas de CO₂ associadas às suas operações florestais e industriais. Elas incluem a combustão de biomassa, o uso de biocombustíveis renováveis na frota logística, ocorrência de incêndios e a dinâmica natural do ciclo do manejo do eucalipto. Diferentemente das emissões de origem fóssil, as emissões biogênicas são geralmente consideradas neutras em termos de carbono no longo prazo, uma vez que derivam de biomassa renovável que, durante seu crescimento, absorve CO₂ da atmosfera.
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 1 – Biogênicas | 10.415.840,85 | 10.810.512,98 | 9.156.105,51 |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu 4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Por outro lado, em 2024 tivemos reduções consideráveis na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-2 Emissões indiretas (Escopo 2) de gases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 2 representou 1% das nossas emissões totais. Tivemos um aumento de 37,5% de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN). Isso se deve a fatores como a expansão dos escritórios da MS Florestal, mais uso de energia em nosso terminal portuário e variações operacionais, como paradas das turbinas geradoras nas unidades de São Paulo e Bahia. Além disso, na unidade da Bahia, a priorização estratégica da importação de energia elétrica em substituição ao gás natural, junto a períodos de menos eficiência na área de evaporação, que limitaram o uso do licor para geração de energia, contribuíram para esse aumento.
Categoria Escopo 2 | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | Emissões (tCO2e) | |
Aquisição de energia elétrica | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Total | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471, tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
Total (E1 + E2 + E3) | 100% | 100% | 100% |
Escopo 1 | 39,53% | 35,11% | 42,61% |
Escopo 2 | 0,34% | 0,56% | 0,77% |
Escopo 3 | 60,14% | 64,33% | 56,62% |
GRI 305-3 Outras emissões indiretas (Escopo 3) de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, o escopo 3 representou das nossas emissões totais. Houve redução de 11,2% nas emissões, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Nesse ciclo, a Bracell cobriu 10.936,50 tCO₂e de emissões geradas nos fretes marítimos destinados à Europa, por meio da aquisição das licenças de emissão exigidas pelo EU ETS (European Union Emissions Trading System) – mecanismo de precificação de carbono da União Europeia que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio da limitação e comercialização de licenças de emissão (EUAs – European Union Allowances). Em 2024, o transporte marítimo passou a integrar o escopo do sistema. Com isso, embarcações que acessam portos europeus devem adquirir allowances proporcionais às emissões de CO₂ geradas durante suas rotas, desde a partida do Brasil.
A participação no EU ETS representa um avanço importante na gestão climática da cadeia logística da Bracell. Além de assegurar conformidade com a regulação ambiental europeia, essa medida contribui para a precificação do carbono nas operações logísticas internacionais. Indiretamente, os recursos gerados pela compra de licenças de emissão são destinados pela União Europeia a iniciativas de inovação, energia limpa e adaptação climática, contribuindo para a transição energética na região.
Categorias Escopo 3 | 2022 | 2023 | 2024 | |||
---|---|---|---|---|---|---|
Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | Emissões (tCO2e) | Percentual de representatividade (%) | |
Bens e serviços comprados | 114.281,440 | 12,22% | 63.152,273 | 5,77% | 47.464,05 | 4,88% |
T&D Upstream | 24.542,906 | 2,62% | 62.808,497 | 5,74% | 61.756,05 | 6,36% |
Resíduos sólidos da operação | 828,425 | 0,09% | 41.579,743 | 3,80% | 26.523,86 | 2,73% |
Viagens a negócio | 541,395 | 0,06% | 547,172 | 0,05% | 364,99 | 0,04% |
Deslocamento de funcionários | 5.103,384 | 0,55% | 12.744,223 | 1,16% | 9.603,34 | 0,99% |
T&D Downstream | 789.995,711 | 84,47% | 913.771,498 | 83,48% | 826.027,12 | 85,01% |
Total | 935.183,261 | 100,00% | 1.094.603,40 | 100,00% | 971.739,41 | 100,00% |
Balanço de carbono
Em 2024, a Bracell emitiu 1.716.315,84 tCO₂e de emissões antropogênicas, com origem na queima de combustíveis fósseis (considerando os escopos 1, 2 e 3), 2.227.222,45 tCO₂e de emissões biogênicas LULUCF e removeu -4.119.009,65 tCO₂e por meio de suas florestas plantadas e nativas. Com isso, o balanço líquido de emissões foi de -175.471,36 tCO₂e, indicando uma contribuição positiva para o clima.
Emissões | 2022 | 2023 | 2024 |
---|---|---|---|
Total (E1 + E2 + E3) | 1.555.114,00 | 1.701.669,00 | 1.716.315,84 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 2 | 5.258,00 | 9.611,00 | 13.213,63 |
Escopo 3 | 935.183,00 | 1.094.603,00 | 971.739,41 |
Emissões biogênicas LULUCF | 3.793.831,00 | 3.940.391,00 | 2.227.222,45 |
Remoções biogênicas | -1.309.842,00 | -1.286.441,00 | -4.119.009,65 |
Saldo | 4.039.103,00 | 4.355.619,00 | -175.471,36 |
GRI 305-4 Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Em 2024, a Bracell aumentou em aproximadamente 19% sua intensidade de emissões de GEE dos escopos 1 e 2 em relação ao ano de 2023. Esse acréscimo foi impulsionado, principalmente, pelo maior uso de combustíveis fósseis em nossa logística e pelo crescimento expressivo no número de incêndios florestais, além do aumento de energia comprada do Sistema Interligado Nacional (SIN) em decorrência do aumento das nossas operações
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 e 2 | 0,167 | 0,174 | 0,208 |
Nota: a métrica de intensidade de emissões da Bracell considera os escopos 1 e 2 das unidades de São Paulo e Bahia, por considerar o volume de emissões de gases de efeito estufa no processo de fabricação de celulose.
GRI 305-5 Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
Em 2024, não houve reduções totais. No ano, observamos, no entanto, reduções na categoria de combustão estacionária, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, além de reduções no escopo 3, que se deve principalmente à redução nas distâncias médias percorridas por viagem nas exportações.
Unidade Operacional | Emissões totais 2023 (tCO2e) | Emissões totais 2024 (tCO2e) | Redução das emissões (tCO2e) |
---|---|---|---|
São Paulo Celulose | 1.204.383,06 | 1.235.985,47 | 31.602,41 |
Bahia Celulose | 367.239,46 | 357.234,41 | -10.005,05 |
MS Florestal | – | 123.095,97 | 123.095,97 |
Total | 1.701.669,08 | 1.716.315,84 | 14.646,76 |
GRI 305-6 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO)
Dentre as substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO), a Bracell emitiu em 2024 o total de 4.890,11 tCO2e, contemplando HCFC-22 e HCFC-141b.
Essas substâncias, ao atingirem a estratosfera, degradam o ozônio, que atua como um escudo contra a radiação ultravioleta (UV) do sol. Controlar essas emissões é crucial para preservar a vida na Terra e mitigar desequilíbrios ambientais globais.
Unidade operacional | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||
HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | HCFC-22 (tCO2e) | HCFC-141b (tCO2e) | Total (tCO2e) | |
São Paulo Celulose | 2.010,62 | 63,34 | 2.073,96 | 1.795,20 | 10,64 | 1.805,84 | 3.498,18 | 92,28 | 3.590,46 |
Bahia Celulose | 553,70 | 0,00 | 553,70 | 538,28 | 0,00 | 538,28 | 1.299,65 | 0,00 | 1.299,65 |
Bracell | 2.564,32 | 63,34 | 2.627,66 | 2.333,48 | 10,64 | 2.344,12 | 4.797,83 | 92,28 | 4.890,11 |
Escopo | Gás | 2022 | 2023 | 2024 | |||
Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | Em toneladas do gás (t) | Em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) | ||
Escopo 1 | CO2 | 477.674,63 | 477.674,63 | 491.508,77 | 491.508,77 | 561.224,17 | 561.224,17 |
CH4 | 2.006,85 | 56.191,88 | 433,48 | 12.137,29 | 1.919,79 | 53.782,94 | |
N2O | 293,10 | 77.671,10 | 334,36 | 88.606,19 | 291,54 | 104.422,94 | |
HFC | 2,41 | 3.134,44 | 4,00 | 5.199,24 | 6,38 | 11.932,69 | |
HFC-32 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 1.970,24 | |
HFC-125 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 2,91 | 9.242,76 | |
HFC-134a | 0,000 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,55 | 719,22 | |
HFC-152a | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,46 | |
SF6 | 0,00 | 0,59 | 0,00 | 0,00 | 0,00 | 0,05 | |
TOTAL ESCOPO 1 | 479.976,99 | 614.672,64 | 492.280,60 | 597.451,49 | 551.283,74 | 692.013,28 | |
Escopo 2 |
CO2 |
5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 |
TOTAL ESCOPO 2 | 5.258,36 | 5.258,36 | 9.611,20 | 9.611,20 | 13.213,63 | 13.213,63 | |
Escopo 3 | CO2 | 920.172,96 | 920.172,96 | 1.035.677,11 | 1.035.677,11 | 910.252,13 | 910.252,13 |
CH4 | 47,77 | 1.336,62 | 1.504,97 | 42.138,76 | 947,31 | 26.218,61 | |
N2O | 51,60 | 13.673,67 | 63,35 | 16.787,53 | 140,08 | 35.268,67 | |
TOTAL ESCOPO 3 | 920.272,30 | 935.183,26 | 1.037.245,42 | 16.787,53 | 911.339,52 | 971.739,41 |
GRI 305-7 Emissões de NOX, SOX e outras emissões atmosféricas significativas
Os óxidos de nitrogênio (NOx), os óxidos de enxofre (SOx), o material particulado (MP) e os compostos de enxofre reduzido total (TRS) estão entre os poluentes atmosféricos mais críticos devido aos seus impactos diretos e indiretos sobre o clima e a saúde humana. Esses poluentes são principalmente gerados pela queima de combustíveis fósseis e processos industriais.
Substância | Unidade | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | ||
NOX | t | NA | 451,93 | 448,42 | NA | 2.847,74 | 3.131,48 | NA | 3.299,64 | 3.579,90 |
SOX | t | NA | 30,47 | 39,65 | NA | 139,89 | 59,05 | NA | 170,36 | 98,70 |
MP | t | NA | 197,30 | 199,99 | NA | 643,26 | 473,22 | NA | 840,56 | 673,21 |
TRS | t | NA | 2,70 | 12,57 | 59,14 | 43,04 | 30,93 |
59,14 |
45,74 | 43,5 |
Notas: 1. Pela materialidade do tema, a Companhia passou a reportar os dados a partir de 2023, incluindo emissões de NOx, SO₂ e material particulado.
2. Dados consideram os reportes para EU Ecolabel e Nordic Swan para celulose kraft.
3. Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs, na sigla em inglês) não são mensurados em emissões atmosféricas.
Essas substâncias afetam o meio ambiente e a saúde humana, contribuindo para a formação da chuva ácida, que danifica ecossistemas e estruturas, e contribui para a ocorrência de problemas respiratórios. Portanto, reforça a necessidade de controle e redução de suas emissões para mitigar seus impactos.
No estado de São Paulo, as emissões atmosféricas da Bracell foram calculadas com base nos fatores de emissão fornecidos pela Cetesb. A metodologia adotada seguiu a Decisão de Diretoria nº 10/2010/P de 12/01/2010. O cálculo das emissões foi realizado por meio da medição direta, utilizando analisadores contínuos na linha de produção. Todos os valores reportados estão expressos em t/ano.
Na Bahia, a metodologia utilizada seguiu as diretrizes da Portaria nº 18.841, de 03/08/2019, especificamente no que se refere à manutenção do plano de monitoramento das emissões atmosféricas para garantir o cumprimento dos padrões em valores de médias diárias, abrangendo TRS, MP, SOx e NOx. Também foram seguidas as disposições da Resolução Conama nº 382, de 26 de dezembro de 2006.
Assim como em São Paulo, o cálculo das emissões na Bahia foi feito por meio da medição direta, com analisadores contínuos na linha de produção. O objetivo principal é atender integralmente à Portaria nº 18.841, garantindo o monitoramento adequado das emissões e o cumprimento das normas regulamentadoras. Além disso, busca-se a meta de zero desvio no cumprimento dos parâmetros legislados.
GRI 306-1 Geração de resíduos e impactos significativos relacionados a resíduos
Os Procedimentos de Valorização de Resíduos atendem à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Cumprimos integralmente a Política Ambiental e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Em nosso Sistema Integrado de Gestão, resíduos sólidos são um dos KPIs monitorados. O índice é divulgado periodicamente aos colaboradores, ao longo do ano, para acompanhamento da performance.
Nosso processo de gestão de resíduos industriais da Bracell baseia-se na lógica da economia circular, com foco em:
-
Reduzir o volume de resíduos gerados no processo;
-
Reutilizar os materiais sempre que possível; e
-
Reciclar os resíduos com parceiros, diante da impossibilidade de redução na geração e do reúso.
Adotamos práticas alinhadas aos princípios da economia circular, com foco em transformar nossa cadeia de valor e nossos processos produtivos, para minimizar impactos ambientais. Nesse sentido, o gerenciamento de resíduos industriais é estruturado para promover:
-
Ecoeficiência: minimizar a geração de resíduos por meio de processos produtivos otimizados;
-
Valorização de resíduos: transformar subprodutos em insumos para outras cadeias produtivas, como combustíveis derivados de biomassa, corretivos de solo e adubos orgânicos;
-
Cadeia de valor circular: integrar resíduos ao próprio ciclo produtivo, promovendo a regeneração de recursos e o fechamento de ciclos.
Produzimos celulose de eucalipto branqueada (kraft), celulose solúvel (rayon-grade) e celulose especial (specialty-grade), abastecendo diversos mercados globais. Além disso, atuamos no setor de papéis Tissue, por meio da Bracell Papéis, unidade dedicada à produção de papel higiênico, papel-toalha, guardanapos e fraldas (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Geramos resíduos no processo de fabricação de celulose e papel, bem como em nossas operações florestais (veja os resíduos gerados por tipo e por operação no conteúdo GRI 306-3: Resíduos gerados).
Em nossas operações florestais, mantemos nas áreas de plantio os resíduos florestais pós-colheita, como cascas, ramos e folhas, favorecendo o aumento dos teores de matéria orgânica no solo. Das madeiras que são destinadas à fabricação de celulose, ainda são gerados resíduos como cascas, galhos e folhas, serragem e resíduos do descasque de madeira em nossa operação industrial.
No processo de fabricação de celulose são gerados também resíduos como lama de cal e cinza de caldeira, grits, dregs, entre outros. Tanto a operação industrial quanto a florestal também resultam na geração de resíduos como embalagens e óleos, entre outros que são destinados para reciclagem, reutilização, recuperação energética, coprocessamento, aterro e outras destinações (leia mais no conteúdo GRI 306-4: Resíduos não destinados para disposição final e GRI 306-5: Resíduos destinados para disposição final).
O Bracell 2030 contempla meta de redução de destinação de resíduos para aterro
Na gestão de resíduos da produção industrial de celulose, temos o objetivo de reduzir em 90% o envio de resíduos sólidos industriais Classe II para aterro por tonelada de produto até 2030, chegando a 5 kg/adt.
Em 2024, superamos a meta do ano, alcançando o resultado de 27,1 kg/adt de resíduos sólidos destinados à aterro por tonelada de celulose produzida. O resultado superou significativamente a meta de 43,7 kg/adt prevista para o ano.
Temos também como meta alcançar 97% de recuperação de insumos químicos em nossas operações industriais, considerando a taxa de recuperação da soda caustica (NaOH) e de cal virgem (CaO) na produção de celulose. Em 2024, alcançamos a meta prevista de redução de 96,20% (leia mais sobre as metas e compromissos do Bracell 2030 no conteúdo GRI 2-22 Declaração sobre estratégia de desenvolvimento sustentável).
GRI 306-2 Gestão de impactos significativos relacionados a resíduos
Um dos potenciais impactos associados ao gerenciamento de resíduos gerados no processo industrial diz respeito à ocupação de terrenos para a instalação de aterros industriais. Para reduzir o potencial impacto de uso da terra, a Bracell mantém seu foco em garantir a menor geração possível de resíduos em nossas operações, com práticas que garantam a ecoeficiência industrial.
Os processos de classificação, segregação, armazenamento e transporte dos resíduos gerados nas operações florestais e industriais é realizado em conformidade à legislação e ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Os checklists preventivos incluem itens ambientais que contribuem para a gestão de resíduos, como a disponibilidade de kits de emergência ambiental que devem ser utilizados durante a manutenção das máquinas. A Bracell também tem práticas que impactam na redução da geração de resíduos.
Na nossa fábrica de São Paulo, buscando a circularidade nas operações com resíduos, são aplicadas alternativas com parceiros externos que visam à produção de corretivos agrícolas e compostos orgânicos. Assim, atuamos ativamente para reduzir a geração, especialmente em um cenário de aumento da produção a cada ano.
Os resíduos gerados nas operações industriais de celulose em Lençóis Paulista (SP) são pesados diariamente, processo realizado na balança da fábrica, com emissão do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). Os dados são registrados em sistemas internos. Ao fim de cada mês, essas informações são consolidadas, são gerados indicadores ambientais e publicados relatórios com esses dados, como o Relatório de Sustentabilidade e os exigidos pela Cetesb. Os resíduos são classificados por tipo e destino, com base também nos códigos do Ibama.
Na fábrica do Polo Industrial de Camaçari (BA), a operação é contínua, 24 horas por dia. Os resíduos são coletados em pontos específicos da unidade e transportados por uma empresa terceirizada até as áreas de armazenamento ou para carregamento externo. Cada movimentação é registrada, sendo utilizado um fator de conversão para estimar o peso a partir do volume. Essa metodologia garante controle sobre o volume de resíduos gerados, sua destinação (para aterro, reciclagem ou comercialização) e permite o acompanhamento de indicadores, como o total gerado por tonelada de celulose produzida.
Na Bracell Papéis, especificamente na fábrica Feira de Santana (BA), a gestão também é realizada com base em planilhas, base de registro dos dados das notas fiscais, dos pesos e dos valores dos resíduos. Os controles são mensais e separados por unidade. Todos os resíduos saem da fábrica com MTR emitido, garantindo rastreabilidade. A unidade também mantém atualizado o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos como ferramenta de apoio à gestão.
Por fim, na unidade da Bracell Papéis Sudeste, localizada no site de Lençóis Paulista (SP), são gerados majoritariamente resíduos recicláveis, como papel, papelão, plástico, metal e madeira. Os dados de resíduos e os respectivos MTRs são registrados internamente. Os resíduos são comercializados. Mais de 90% dos resíduos gerados na unidade são recicláveis e destinados a empresas parceiras, o que reforça o compromisso com a economia circular.
A partir dos princípios de redução na geração, reúso e reciclagem, desenvolvemos algumas iniciativas em nossas operações, como:
Preparo de cavaco
A seleção clonal e as atividades de manejo e colheita da Bracell garantem a geração de toras de eucalipto com pouca casca e com características que tragam mais aproveitamento na produção. Dessa forma, há a redução de resíduos no preparo de cavaco e na depuração da linha de fibras.
Valorização da casca e da serragem
A casca e a serragem provenientes do eucalipto são utilizadas como biomassa em fornos e caldeiras, contribuindo para a substituição de combustíveis fósseis, como o gás natural, e reduzindo a necessidade de áreas para disposição em aterros. Os resíduos excedentes do processo de geração energética, quando gerados por indisponibilidade de equipamentos, são direcionados a parceiros externos para o aproveitamento energético ou para aplicação em recuperação de áreas degradadas.
Uso da lama de cal
A lama de cal, gerada em momentos transitórios de parada e partida do forno de cal, é recuperada no próprio processo industrial ou, quando não é possível realizar a sua diluição no sistema de recuperação química, direcionada para parceiros externos para a produção de corretivos de solo.
GRI 306-3 Resíduos gerados
Em 2024, a Bracell alcançou uma significativa redução na quantidade de resíduos industriais enviados para aterro, resultado direto da expansão de iniciativas alinhadas à economia circular. Superamos a meta do ano, alcançando o resultado de 27,1 kg/adt de resíduos sólidos destinados à aterro, por tonelada de celulose produzida. O valor superou a meta de 43,7 kg/adt prevista para o período.
Uma das principais ações que proporcionaram esse avanço foi a homologação de novos fornecedores para o reaproveitamento de resíduos na produção de insumos agrícolas, como corretivos de solo e fertilizantes orgânicos. A iniciativa contribui para a redução de impactos ambientais e fortalece cadeias produtivas locais por meio do uso responsável de materiais anteriormente descartados.
Na unidade de Camaçari (BA), os grits, resíduos sólidos industriais gerados no processo de produção de celulose, passaram a ser testados, , como material para revestimento de solo em áreas de tráfego de caminhões, próximas às operações florestais.
A partir de abril de 2024, em Lençóis Paulista (SP), o lodo biológico úmido, antes destinado a aterro, passou a ser integralmente reaproveitado na produção de fertilizantes orgânicos via compostagem, eliminando sua disposição final. O lodo primário também passou a ser utilizado na fabricação de artefatos de papel, e os resíduos calcíticos foram totalmente direcionados para a produção de corretivos agrícolas, após auditorias que atestaram conformidade com os requisitos legais e ambientais.
Saiba mais sobre nossos Procedimentos de Valorização de Resíduos da Companhia no conteúdo GRI 306-1 Geração de resíduos e impactos significativos relacionados a resíduos.
Geração de resíduos para celulose
Classificação | Classe | Geração (t) |
---|---|---|
Óleos de motores, transmissões e lubrificação usados ou contaminados | Resíduos perigosos | 158,17 |
Água com óleo proveniente dos separadores óleo/água | Resíduos perigosos | 143,39 |
Absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção, contaminados por substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 240,92 |
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista | Resíduos perigosos | 0,23 |
Pilhas e acumuladores | Resíduos perigosos | 18,91 |
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde | Resíduos perigosos | 0,03 |
Produtos eletroeletrônicos e seus componentes fora de uso | Resíduos perigosos | 1,96 |
Lodos do tratamento local de efluentes | Resíduos não perigosos | 69471,92 |
Embalagens de plástico | Resíduos não perigosos | 66,79 |
Pneus inservíveis/usados outras aplicações | Resíduos não perigosos | 277,85 |
Resíduos do descasque da madeira e resíduos de madeira | Resíduos não perigosos | 68.205,57 |
Ferro e aço (Classe B conforme Resolução Conama n° 307/02) | Resíduos não perigosos | 1074.63 |
Resíduos biodegradáveis de cozinha e cantinas | Resíduos não perigosos | 403,04 |
Outras frações não anteriormente especificadas | Resíduos não perigosos | 843,69 |
Resíduos recicláveis para outras destinações (Classe B conforme Resolução Conama n° 307/02) | Resíduos não perigosos | 114.22 |
Outros resíduos não anteriormente especificados | Resíduos não perigosos | 69.396,31 |
Resíduos de lodo de cal | Resíduos não perigosos | 58.721,41 |
Resíduos de materiais fibrosos à base de vidro | Resíduos não perigosos | 2,66 |
Alumínio | Resíduos não perigosos | 6,7 |
Madeira | Resíduos não perigosos | 124,12 |
Embalagens de qualquer um dos tipos acima descritos contendo ou contaminadas por resíduos de substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 57,76 |
Revestimentos de fornos e refratários provenientes de processos não metalúrgicos | Resíduos não perigosos | 320,55 |
Mistura Embalagens | Resíduos não perigosos | 7,44 |
Cobre, bronze e latão | Resíduos não perigosos | 36,77 |
Mistura de resíduos de construção e demolição | Resíduos não perigosos | 95,63 |
Total de resíduos gerados nas operações industriais de celulose de São Paulo | 269.790,67 |
Classificação | Classe | Geração (t) |
---|---|---|
Produtos de petróleo, solventes e plásticos | Resíduos perigosos | 41,97 |
Borrachas | Resíduos não perigosos | 3,68 |
Vidro | Resíduos não perigosos | 0,13 |
Papel e cartão | Resíduos não perigosos | 1,8 |
Plásticos | Resíduos não perigosos | 0,46 |
Metais | Resíduos não perigosos | 5,83 |
Outros inertes | Resíduos não perigosos | 7,89 |
Total de resíduos gerados nas operações florestais de celulose de São Paulo | 61,76 |
Classificação | Classe | Geração (t) |
---|---|---|
Materiais diversos contaminados | Resíduos perigosos | 32,17 |
Tambores metálicos vazios contaminados | Resíduos perigosos | 3,24 |
Resíduos de saúde | Resíduos perigosos | 0,02 |
Óleo lubrificante usado | Resíduos perigosos | 27,6 |
Lâmpadas | Resíduos perigosos | 0,29 |
Pilhas e baterias | Resíduos perigosos | 3,21 |
Pneu inservível | Resíduos não perigosos | 1,80 |
Dregs | Resíduos não perigosos | 8.940,30 |
Grits | Resíduos não perigosos | 3.736,74 |
Rejeito de cal | Resíduos não perigosos | 1.482,40 |
Lama de cal | Resíduos não perigosos | 28.959,14 |
Nós e rejeito | Resíduos não perigosos | 15.410,86 |
Lodo primário | Resíduos não perigosos | 13.198,68 |
Nós e rejeito misturado com outros resíduos | Resíduos não perigosos | 543,22 |
Serragem | Resíduos não perigosos | 26.103,20 |
Raspagem de área (cavaco desclassificado) | Resíduos não perigosos | 457 |
Casca | Resíduos não perigosos | 31.969,98 |
Sólido grade mecanizada | Resíduos não perigosos | 10,80 |
Resíduo do pátio | Resíduos não perigosos | 752,40 |
Resíduo industrial | Resíduos não perigosos | 4.610,50 |
Resíduo não reciclado | Resíduos não perigosos | 304,18 |
Papel | Resíduos não perigosos | 128,44 |
Plástico | Resíduos não perigosos | 44,07 |
Sucata metálica | Resíduos não perigosos | 699,62 |
Madeira | Resíduos não perigosos | 167,71 |
Vidro | Resíduos não perigosos | 7,04 |
Lodo da bacia de emergência | Resíduos não perigosos | 6.635,72 |
Total de resíduos gerados nas operações industriais de celulose da Bahia | 144.230,30 |
Classificação | Classe | Geração (t) |
Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 27,46 |
Borra oleosa (caixa separadora) | Resíduos perigosos | 1,00 |
Óleo lubrificante usado ou contaminado | Resíduos perigosos | 24,45 |
Resíduo laboratorial | Resíduos perigosos | 0,18 |
Pilhas e baterias | Resíduos perigosos | 0,02 |
Pneus | Resíduos não perigosos | 29,58 |
Big bag | Resíduos não perigosos | 36,18 |
Recicláveis (papel, papelão, vidro e plástico) | Resíduos não perigosos | 38,01 |
Sucata metálica | Resíduos não perigosos | 53,15 |
Tambores metálicos | Resíduos não perigosos | 3,08 |
EPIs usados e sem contaminação | Resíduos não perigosos | 2,60 |
Resíduos de construção civil (RCC) | Resíduos não perigosos | 9,97 |
Resíduo comum (não reciclável) | Resíduos não perigosos | 17,37 |
Embalagens de defensivos agrícolas (EDA) | Resíduos não perigosos | 42,50 |
Lâmpada e resíduos eletrônicos | Resíduos não perigosos | 1,31 |
Total de resíduos gerados nas operações florestais de celulose da Bahia | 286,86 |
Nota 1: os resíduos gerados nas operações industriais da Bracell em São Paulo incluem os resíduos florestais do estado, gerenciados pelo setor de Meio Ambiente Industrial. Esses resíduos florestais não são mensurados, mas são integralmente destinados conforme critérios ambientais. Já os resíduos das operações florestais gerados fora de São Paulo são encaminhados por empresas terceirizadas, seguindo protocolos específicos, os quais estão listados acima.
Nota 2: os resíduos gerados nas operações industriais da Bahia foram obtidos pela soma das quantidades destinadas, conforme disponíveis nos Certificados de Destinação Final (CDFs), e do peso estimado dos resíduos ainda armazenados na Central de Armazenamento de Resíduos (CAR) até 31 de dezembro de 2024. O processo inclui coleta, identificação, armazenamento temporário ou destinação final (aterro industrial Bracell), transporte, tratamento e disposição final. Todas as movimentações são registradas para controle da geração e destinação de resíduos.
Geração de resíduo versus destinação de resíduos para celulose
O monitoramento dos resíduos sólidos, realizado por meio de indicadores-chave de desempenho (KPIs), reflete o compromisso da Companhia com as metas do Bracell 2030, que inclui a redução de 90% dos resíduos sólidos industriais Classe II enviados a aterro, considerando as operações da Bracell São Paulo Celulose e Bahia Celulose.
Em 2024, o total de resíduos gerados nas operações de celulose da Bracell foi de 449.019,30 toneladas, com a maior parte proveniente da operação industrial de São Paulo, que respondeu por 269.790,67 toneladas (65,16%). A operação industrial da Bahia Celulose contribuiu com 144.230,30 toneladas (34,84%), enquanto as atividades florestais apresentaram volumes significativamente menores, refletindo a natureza específica dessas operações.
Nas operações de celulose da Bracell, o total de resíduos destinados para aterro, em 2024, foi de 98.961,37 toneladas. Desse montante, 84.836,39 toneladas (85,73%) foram geradas na operação da unidade de São Paulo, enquanto 14.123,27 toneladas (14,27%) foram provenientes da operação da Bahia.
Total de resíduos gerados e destinados para aterro, por unidade de negócio e operação
Operação | 2023 | 2024 | ||||
Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | |
Industrial | 255.958,07 | 116.822,98 | 45,64% | 269.790,67 | 84.836,39 | 31,45% |
Florestal | 5.672,30 | 492,05 | 8,67% | 61,76 | 1,71 | 2,77% |
Total | 261.630,37 | 117.315,03 | 44,84% | 269.852,43 | 84.838,09 | 31,44% |
Operação | 2023 | 2024 | ||||
Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | |
Industrial | 124.615,72 | 11.315,45 | 9,08% | 144.230,30 | 14.077,90 | 9,76% |
Florestal | 259,63 | 91,39 | 35,20% | 286,86 | 45,37 | 15,82% |
Total | 124.875,35 | 11.406,84 | 9,13% | 144.517,16 | 14.123,27 | 9,77% |
Operação | 2023 | 2024 | ||||
Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | Geração (t) | Destinados para aterro (t) | Percentual | |
Industrial | 380.573,79 | 128.138,43 | 33,67% | 414.020,97 | 98.914,31 | 23,89% |
Florestal | 5.931,93 | 583,44 | 9,84% | 348,62 | 47,08 | 13,50% |
Total | 386.505,72 | 128.721,87 | 33,30% | 414.369,59 | 98.961,37 | 23,88% |
Geração de resíduos para papéis
Classificação | Classe | Geração (t) |
---|---|---|
Embalagens contendo ou contaminadas por resíduos de substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 4,10 |
Resíduos recicláveis para outras destinações | Resíduos não perigosos | 355,70 |
Embalagens de plástico | Resíduos não perigosos | 139,40 |
Madeira | Resíduos não perigosos | 151,50 |
Total de resíduos gerados nas operações industriais de papel no Sudeste | 650,70 |
Classificação | Classe | Geração (t) |
---|---|---|
Estopas, latas de tintas e solventes | Resíduos perigosos | 2,13 |
Eletrônico | Resíduos perigosos | 0,30 |
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista | Resíduos perigosos | 2,57 |
Óleos de motores, transmissões e lubrificação usados ou contaminados | Resíduos perigosos | 1,22 |
Óleo lubrificante | Resíduos perigosos | 9,345 |
Tubete | Resíduos não perigosos | 132,36 |
Papelão | Resíduos não perigosos | 78,12 |
Maculatura | Resíduos não perigosos | 136,049 |
Sucata ferrosa | Resíduos não perigosos | 124,62 |
Cinzas | Resíduos não perigosos | 61,63 |
Filme liso | Resíduos não perigosos | 221,290 |
Filme impresso | Resíduos não perigosos | 54,032 |
Refugo de toalha | Resíduos não perigosos | 298,720 |
Envelopamento de fraldas | Resíduos não perigosos | 2,580 |
Pallets | Resíduos não perigosos | 197,22 |
Pó de celulose | Resíduos não perigosos | 39,42 |
Tiras de fraldas | Resíduos não perigosos | 230,372 |
Sucata de TNT | Resíduos não perigosos | 14,260 |
Lodos de clarificação da água | Resíduos não perigosos | 14.858,44 |
Lixo comum | Resíduos não perigosos | 964,00 |
Total de resíduos gerados nas operações industriais de papel no Nordeste | 17.428,68 |
GRI 306-4 Resíduos não destinados para disposição final
A gestão de resíduos industriais na Bracell é orientada pelos princípios da bioeconomia circular e segue uma lógica hierárquica que prioriza, em primeiro lugar, a redução da geração de resíduos nos processos produtivos. Sempre que possível, os materiais são reaproveitados internamente, e, quando essa alternativa não é viável, buscamos parcerias para a reciclagem dos resíduos, garantindo uma destinação ambientalmente adequada. Essa abordagem fortalece nosso compromisso com a eficiência operacional e a sustentabilidade em toda a cadeia de valor (leia mais no conteúdo GRI 306-1 Geração de resíduos e impactos significativos relacionados a resíduos).
Os resíduos gerados em nossas operações são tratados de forma responsável, com foco na valorização e no desvio de aterro sempre que possível. Entre as alternativas de destinação adotadas estão a reciclagem, recuperação energética, reutilização, compostagem, tratamento de efluentes e rerrefino — processo industrial que transforma o óleo usado em um novo produto, descontaminado.
A partir de abril de 2024, o lodo biológico úmido, anteriormente enviado a aterro, passou a ser integralmente destinado à produção de fertilizantes orgânicos por meio da compostagem. O lodo primário começou a ser utilizado na fabricação de artefatos de papel e os resíduos calcíticos foram totalmente direcionados à produção de corretivos agrícolas, após auditorias que comprovaram a conformidade legal e ambiental.
Essas ações, somadas à homologação de novos fornecedores para o reaproveitamento de resíduos na produção de insumos agrícolas, resultaram na redução do volume de resíduos enviados a aterro na unidade de São Paulo. Esse avanço reforça a evolução das iniciativas alinhadas à bioeconomia circular e contribui diretamente para o alcance das metas ambientais previstas no Compromisso Bracell 2030.
Resíduos da produção de celulose não destinados para disposição final
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Óleos de motores, transmissões e lubrificação usados ou contaminados | Resíduos perigosos | 158,17 | Rerrefino |
Embalagens de qualquer um dos tipos acima descritos contendo ou contaminadas por resíduos de substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 57,76 | Reciclagem |
Pilhas e acumuladores | Resíduos perigosos | 18,91 | Reciclagem |
Água com óleo proveniente dos separadores óleo/água | Resíduos perigosos | 143,39 | Tratamento de efluentes |
Absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção, contaminados por substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 240,92 | Coprocessamento |
Produtos eletroeletrônicos e seus componentes fora de uso | Resíduos perigosos | 1,96 | Reciclagem |
Embalagens de plástico | Resíduos não perigosos | 66,79 | Reciclagem |
Pneus inservíveis/usados outras aplicações | Resíduos não perigosos | 81,65 | Coprocessamento |
Pneus inservíveis/usados outras aplicações | Resíduos não perigosos | 196,2 | Reciclagem |
Ferro e aço | Resíduos não perigosos | 1074.63 | Reciclagem |
Resíduos biodegradáveis de cozinha e cantinas | Resíduos não perigosos | 403,04 | Compostagem |
Outras frações não anteriormente especificadas | Resíduos não perigosos | 653,96 | Reciclagem |
Resíduos recicláveis para outras destinações | Resíduos não perigosos | 114,22 | Reciclagem |
Lodos do tratamento local de efluentes | Resíduos não perigosos | 54.452,21 | Compostagem |
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista | Resíduos perigosos | 0,23 | Triagem com armazenamento |
Revestimentos de fornos e refratários provenientes de processos não metalúrgicos | Resíduos não perigosos | 320,55 | Reciclagem |
Resíduos do descasque da madeira e resíduos de madeira | Resíduos não perigosos | 67.973,98 | Recuperação energética |
Resíduos de lodo de cal | Resíduos não perigosos | 58.721,41 | Uso agrícola |
Madeira | Resíduos não perigosos | 124,12 | Reciclagem |
Alumínio | Resíduos não perigosos | 6,70 | Reciclagem |
Cobre, bronze e latão | Resíduos não perigosos | 36,77 | Reciclagem |
Outros resíduos não anteriormente especificados | Resíduos não perigosos | 99,24 | Reciclagem |
Mistura Embalagens | Resíduos não perigosos | 7,44 | Reciclagem |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações industriais de São Paulo | 184.954,25 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Produtos de petróleo, solventes e plásticos | Resíduos perigosos | 0,71 | Reciclagem |
Metais | Resíduos não perigosos | 5,83 | Reciclagem |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações florestais de São Paulo | 6,54 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Óleo lubrificante usado ou contaminado | Resíduos perigosos | 26,32 | Rerrefino |
Lama de cal | Resíduos não perigosos | 4.934,93 | Preparação para reutilização |
Rejeito de depuração | Resíduos não perigosos | 7.807,67 | Preparação para reutilização |
Lodo primário | Resíduos não perigosos | 2.300,60 | Preparação para reutilização |
Serragem | Resíduos não perigosos | 28.633,58 | Preparação para reutilização |
Casca limpa | Resíduos não perigosos | 21.255,92 | Preparação para reutilização |
Papel | Resíduos não perigosos | 139,86 | Reciclagem |
Plástico | Resíduos não perigosos | 51,98 | Reciclagem |
Ferro | Resíduos não perigosos | 678,70 | Reciclagem |
Metal | Resíduos não perigosos | 21,03 | Reciclagem |
Madeira | Resíduos não perigosos | 167,71 | Reciclagem |
Vidro | Resíduos não perigosos | 6,15 | Reciclagem |
Tonel metálico vazio | Resíduos não perigosos | 1,32 | Reciclagem |
Resíduo orgânico fibroso | Resíduos não perigosos | 543,22 | Preparação para reutilização |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações industriais da Bahia | 66.568,99 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Borra oleosa (caixa separadora) | Resíduos perigosos | 1,00 | Preparação para reutilização |
Óleo lubrificante usado ou contaminado | Resíduos perigosos | 22,11 | Preparação para reutilização |
Pneus | Resíduos não perigosos | 25,13 | Preparação para reutilização |
Big bag | Resíduos não perigosos | 36,18 | Reciclagem |
Recicláveis (papel, papelão, vidro e plástico) | Resíduos não perigosos | 38,01 | Reciclagem |
Sucata metálica | Resíduos não perigosos | 50,81 | Reciclagem |
Tambores metálicos | Resíduos não perigosos | 42,50 | Reciclagem |
Embalagens de defensivos agrícolas (EDA) | Resíduos não perigosos | 42,50 | Logística reversa |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações florestais da Bahia | 258,24 | – |
Nota: os volumes de resíduos reportados pelas operações florestais e industriais da Bahia consideram apenas o volume que foi efetivamente destinado durante o ano de 2024, independentemente do ano em que foram gerados. Isso pode resultar em diferenças entre o total de resíduos gerados e o total de resíduos destinados no mesmo ano.
Resíduos da produção papel não destinados para disposição final
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Resíduos recicláveis para outras destinações | Resíduos não perigosos | 355,70 | Reciclagem |
Embalagens de plástico | Resíduos não perigosos | 139,40 | Reciclagem |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações industriais de papel no Sudeste | 495,10 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Recuperação |
---|---|---|---|
Eletrônico | Resíduos perigosos | 0,30 | Reciclagem |
Óleos de motores, transmissões e lubrificação usados ou contaminados | Resíduos perigosos | 1,22 | Rerrefino |
Óleo lubrificante | Resíduos perigosos | 9,34 | Rerrefino |
Tubete | Resíduos não perigosos | 132,36 | Reciclagem |
Papelão | Resíduos não perigosos | 78,12 | Reciclagem |
Maculatura | Resíduos não perigosos | 136,05 | Reciclagem |
Sucata ferrosa | Resíduos não perigosos | 124,62 | Reciclagem |
Cinzas | Resíduos não perigosos | 61,63 | Reciclagem |
Filme liso | Resíduos não perigosos | 221,29 | Reciclagem |
Filme impresso | Resíduos não perigosos | 54,03 | Reciclagem |
Refugo de toalha | Resíduos não perigosos | 298,72 | Reciclagem |
Envelopamento de fraldas | Resíduos não perigosos | 2,580 | Reciclagem |
Pallets | Resíduos não perigosos | 197,20 | Reciclagem |
Pó de celulose | Resíduos não perigosos | 39,42 | Reciclagem |
Tiras de fraldas | Resíduos não perigosos | 230,37 | Reciclagem |
Sucata de TNT | Resíduos não perigosos | 14,26 | Reciclagem |
Total de resíduos não destinados para disposição final nas operações industriais de papel no Nordeste | 1.601,52 | – |
GRI 306-5 Resíduos destinados para disposição final
Nas operações florestais e industriais da Bracell, parte dos resíduos gerados ainda requer destinação final, como aterro, coprocessamento, incineração e autoclavagem. Entre eles, estão lodos do tratamento de efluentes, resíduos de descasque de madeira, pneus inservíveis de caminhões e ônibus, borracha, vidro e materiais contaminados.
Em 2024, a Bracell registrou uma redução significativa no volume de resíduos industriais enviados a aterro, impulsionada pela ampliação de iniciativas alinhadas à bioeconomia circular. Uma das principais ações que possibilitaram esse avanço foi a homologação de novos fornecedores para o reaproveitamento de resíduos na produção de insumos agrícolas, como corretivos de solo e fertilizantes orgânicos. Essa estratégia não apenas mitiga impactos ambientais, como também fortalece cadeias produtivas locais ao destinar materiais antes considerados descartáveis para usos produtivos.
Na unidade de Camaçari (BA), os grits – resíduos sólidos industriais gerados no processo de produção de celulose – passaram a ser testados, com acompanhamento do órgão ambiental competente, como material para revestimento de solo em áreas de tráfego de caminhões, próximas às operações florestais.
Em Lençóis Paulista (SP), o lodo biológico úmido, anteriormente enviado a aterro, passou a ser integralmente utilizado na produção de fertilizantes orgânicos por meio da compostagem.
O lodo primário foi direcionado à fabricação de artefatos de papel, e os resíduos calcíticos passaram a ser destinados à produção de corretivos agrícolas, após auditorias que atestaram conformidade com os requisitos legais e ambientais.
Essas ações refletem o avanço contínuo na busca por soluções sustentáveis de gestão de resíduos e contribuem diretamente para o alcance das metas ambientais do Compromisso Bracell 2030.
Resíduos da produção de celulose destinados para disposição final
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
Lodos do tratamento local de efluentes | Resíduos não perigosos | 15.019,71 | Aterro |
Outros resíduos não anteriormente especificados | Resíduos não perigosos | 69.297,07 | Aterro |
Outras frações não anteriormente especificadas | Resíduos não perigosos | 189,73
|
Aterro |
Resíduos de materiais fibrosos à base de vidro | Resíduos não perigosos | 2,66 | Aterro |
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre | Resíduos perigosos | 0,03 | Autoclave |
Resíduos do descasque da madeira e resíduos de madeira | Resíduos não perigosos | 231,59
|
Aterro |
Mistura de resíduos de construção e demolição | Resíduos não perigosos | 95,63 | Aterro |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações industriais de São Paulo | 84.836,39 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
Produtos de petróleo, solventes e plásticos | Resíduos perigosos | 1,71 | Aterro |
Produtos de petróleo, solventes e plásticos | Resíduos perigosos | 39,55 | Coprocessamento |
Borrachas | Resíduos não perigosos | 3,68 | Incineração (sem recuperação energética) |
Plásticos | Resíduos não perigosos | 0,46 | Incineração (sem recuperação energética) |
Vidro | Resíduos não perigosos | 0,13 | Coprocessamento |
Papel e cartão | Resíduos não perigosos | 1,80 | Coprocessamento |
Outros inertes | Resíduos não perigosos | 7,89 | Coprocessamento |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações florestais de São Paulo | 55,22 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
EPI contaminado | Resíduos perigosos | 4,32 | Coprocessamento |
Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 21,60 | Aterro |
Resíduos Classe I contaminados com tintas e solvente | Resíduos perigosos | 4,31 | Aterro |
Embalagens contaminadas com tintas/solventes | Resíduos perigosos | 4,60 | Aterro |
Resíduos saúde | Resíduos perigosos | 0,02 | Autoclave |
Lâmpadas | Resíduos perigosos | 0,39 | Aterro |
Dregs | Resíduos não perigosos | 8.940,30 | Aterro |
Grits | Resíduos não perigosos | 3.375,12 | Aterro |
Resíduos do pátio | Resíduos não perigosos | 752,4 | Aterro |
Resíduos industrial (limpeza) | Resíduos não perigosos | 1.124,00 | Aterro |
Caixa grade mecanizada | Resíduos não perigosos | 8,10 | Aterro |
Resíduo não reciclável | Resíduos não perigosos | 304,18 | Aterro |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações industriais da Bahia | 14.539,34 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 2,62 | Coprocessamento |
Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 15,94 | Aterro |
Resíduo laboratorial | Resíduos perigosos | 0,18 | Aterro |
Pilhas e baterias | Resíduos perigosos | 0,02 | Aterro |
EPIs usados e sem contaminação | Resíduos não perigosos | 1,22 | Aterro |
Resíduos de construção civil (RCC) | Resíduos não perigosos | 9,97 | Aterro |
Resíduo comum (não reciclável) | Resíduos não perigosos | 17,37 | Aterro |
Lâmpada e resíduos eletrônicos | Resíduos não perigosos | 0,67 | Aterro |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações florestais da Bahia | 47,99 | – |
Resíduos de papel destinados para disposição final
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
Embalagens contendo ou contaminadas por resíduos de substâncias perigosas | Resíduos perigosos | 4,10 | Coprocessamento |
Madeira (Classe B conforme Resolução Conama n° 307/02) | Resíduos não perigosos | 151,50 | Incineração (com recuperação energética) |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações industriais de papel no Sudeste | 155,60 | – |
Classificação | Classe | Destinação (t) | Disposição |
---|---|---|---|
Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista | Resíduos perigosos | 2,57 | Coprocessamento |
Estopas, latas de tintas e solventes | Resíduos perigosos | 2,13 | Incineração (com recuperação energética) |
Lodos de clarificação da água | Resíduos não perigosos | 14.858,44 | Aterro |
Lixo comum | Resíduos não perigosos | 964,00 | Aterro |
Total de resíduos destinados para disposição final nas operações industriais de papel no Nordeste | 15.827,14 | – |
Resíduos destinados para aterro de 2020 a 2024
Ano | Total destinados para aterro (kg) | Resíduos destinados para aterro por tonelada de celulose produzida (kg/ADT) |
---|---|---|
2020 | 12.835.672 | 52,1 |
2021 | 53.088.992 | 65,0 |
2022 | 237.543.980 | 80,9 |
2023 | 255.960.241 | 85,0 |
2024 | 140.243.510 | 44,3 |
Ano | Resíduo | Classe | Aterro (t) | Unidade de Negócio | Operação |
---|---|---|---|---|---|
2024 | Lodos do tratamento local de efluentes | Resíduos não perigosos | 15.019,71 | São Paulo | Industrial |
2024 | Outras frações não anteriormente especificadas | Resíduos não perigosos | 189,73 | São Paulo | Industrial |
2024 | Resíduos de materiais fibrosos à base de vidro | Resíduos não perigosos | 2,66 | São Paulo | Industrial |
2024 | Mistura de resíduos de construção e demolição | Resíduos não perigosos | 95,63 | São Paulo | Industrial |
2024 | Resíduos do descasque da madeira e resíduos de madeira | Resíduos não perigosos | 231,59 | São Paulo | Industrial |
2024 | Outros resíduos não anteriormente especificados | Resíduos não perigosos | 69.297,07 | São Paulo | Industrial |
2024 | Produtos de petróleo, solventes e plásticos | Resíduos perigosos | 1,71 | São Paulo | Florestal |
2024 | Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 21,60 | Bahia | Industrial |
2024 | Resíduos Classe I contaminados com tintas e solvente | Resíduos perigosos | 4,31 | Bahia | Industrial |
2024 | Embalagens contaminadas com tintas/solventes | Resíduos perigosos | 4,60 | Bahia | Industrial |
2024 | Lâmpadas | Resíduos perigosos | 0,39 | Bahia | Industrial |
2024 | Dregs | Resíduos não perigosos | 8.940,30 | Bahia | Industrial |
2024 | Grits | Resíduos não perigosos | 3.375,12 | Bahia | Industrial |
2024 | Areia do pátio | Resíduos não perigosos | 752,4 | Bahia | Industrial |
2024 | Limpeza industrial | Resíduos não perigosos | 1.124,00 | Bahia | Industrial |
2024 | Caixa grade mecanizada | Resíduos não perigosos | 8,10 | Bahia | Industrial |
2024 | Resíduo não reciclado | Resíduos não perigosos | 304,18 | Bahia | Industrial |
2024 | Borra oleosa, água oleosa, resíduos diversos contaminados com óleos e graxas | Resíduos perigosos | 15,94 | Bahia | Florestal |
2024 | Resíduo laboratorial | Resíduos perigosos | 0,18 | Bahia | Florestal |
2024 | Pilhas e baterias | Resíduos perigosos | 0,02 | Bahia | Florestal |
2024 | EPIs usados e sem contaminação | Resíduos não perigosos | 1,22 | Bahia | Florestal |
2024 | Resíduos de construção civil (RCC) | Resíduos não perigosos | 9,97 | Bahia | Florestal |
2024 | Resíduo comum (não reciclável) | Resíduos não perigosos | 17,37 | Bahia | Florestal |
2023 | Lâmpada e resíduos eletrônicos | Resíduos não perigosos | 0,67 | Bahia | Florestal |
2023 | Classe II geral/inservíveis | Resíduos não perigosos | 135,83 | São Paulo | Industrial |
2023 | Lodo (ETE/ETA) | Resíduos não perigosos | 33.873,74 | São Paulo | Industrial |
2023 | Mix resíduos (dregs, grits, nós, palitos, cinzas, areia) | Resíduos não perigosos | 82.813,41 | São Paulo | Industrial |
2023 | Resíduos orgânicos | Resíduos não perigosos | 492,05 | São Paulo | Florestal |
2023 | Resíduo de saúde | Resíduos perigosos | 0,02 | Bahia | Industrial |
2023 | Materiais diversos contaminados por óleos e graxas | Resíduos perigosos | 18,05 | Bahia | Industrial |
2023 | Lâmpadas | Resíduos perigosos | 0,29 | Bahia | Industrial |
2023 | Grits | Resíduos não perigosos | 1.831,56 | Bahia | Industrial |
2023 | Dregs | Resíduos não perigosos | 7.515,87 | Bahia | Industrial |
2023 | Resíduos não recicláveis | Resíduos não perigosos | 287,18 | Bahia | Industrial |
2023 | Resíduo do pátio | Resíduos não perigosos | 664,40 | Bahia | Industrial |
2023 | Resíduos industriais | Resíduos não perigosos | 988,00 | Bahia | Industrial |
2023 | Sólido da grade mecanizada | Resíduos não perigosos | 10,08 | Bahia | Industrial |
2022 | Resíduo de saúde | Resíduos perigosos | 0,12 | Bahia | Industrial |
2023 | Filtros contaminados | Resíduos perigosos | 4,60 | Bahia | Florestal |
2023 | Mangueiras contaminadas | Resíduos perigosos | 8,08 | Bahia | Florestal |
2023 | Diversos contaminados | Resíduos perigosos | 4,64 | Bahia | Florestal |
2023 | Resíduos comuns | Resíduos não perigosos | 14,76 | Bahia | Florestal |
2023 | Solo contaminado | Resíduos perigosos | 2,41 | Bahia | Florestal |
2023 | EPIs e fardamentos usados | Resíduos não perigosos | 2,58 | Bahia | Florestal |
2023 | Resíduos de construção civil (RCC) | Resíduos não perigosos | 53,60 | Bahia | Florestal |
2023 | Pilhas | Resíduos não perigosos | 0,05 | Bahia | Florestal |
2022 | Resíduo de saúde | Resíduos perigosos | 0,12 | Bahia | Industrial |
2022 | Materiais diversos contaminados por óleos e graxas | Resíduos perigosos | 18,40 | Bahia | Industrial |
2022 | Lâmpadas | Resíduos perigosos | 1,60 | Bahia | Industrial |
2022 | Grits | Resíduos não perigosos | 4.185,02 | Bahia | Industrial |
2022 | Dregs | Resíduos não perigosos | 8.150,74 | Bahia | Industrial |
2022 | Nós e rejeitos | Resíduos não perigosos | 325,78 | Bahia | Industrial |
2022 | Casca | Resíduos não perigosos | 157,00 | Bahia | Industrial |
2022 | Resíduo do pátio | Resíduos não perigosos | 673,01 | Bahia | Industrial |
2022 | Resíduos industriais | Resíduos não perigosos | 3.731,91 | Bahia | Industrial |
2022 | Lodo primário | Resíduos não perigosos | 13.013,91 | Bahia | Industrial |
2022 | Bombonas plásticas | Resíduos não perigosos | 0,13 | Bahia | Industrial |
2022 | Sucata metálica | Resíduos não perigosos | 245,74 | Bahia | Industrial |
2022 | Pilhas e baterias | Resíduos não perigosos | 2,85 | Bahia | Industrial |
2022 | Diversos contaminados | Resíduos perigosos | 9,60 | Bahia | Florestal |
2022 | Bag | Resíduos não perigosos | 9,36 | Bahia | Florestal |
2022 | Classe II geral/inservíveis | Resíduos não perigosos | 9,67 | São Paulo | Industrial |
2022 | Fibra de vidro e lã de rocha | Resíduos não perigosos | 107,50 | São Paulo | Industrial |
2022 | Lodo (ETE/ETA) | Resíduos não perigosos | 164.455,78 | São Paulo | Industrial |
2022 | Mix resíduos (dregs, grits, nós, palitos, cinzas e areia) | Resíduos não perigosos | 25.002,84 | São Paulo | Industrial |
2021 | Resíduo de saúde | Resíduos perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Lâmpadas | Resíduos perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Grits | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Dregs | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Nós e rejeitos | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Resíduos não recicláveis | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Casca | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Resíduo do pátio | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Resíduos industriais | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Sólido da grade mecanizada | Resíduos não perigosos | 0,00 | Bahia | Industrial |
2021 | Filtros contaminados | Resíduos perigosos | 8,20 | Bahia | Florestal |
2021 | Mangueiras contaminadas | Resíduos perigosos | 2,87 | Bahia | Florestal |
2021 | Diversos contaminados | Resíduos perigosos | 10,71 | Bahia | Florestal |
2021 | Resíduos eletrônicos | Resíduos perigosos | 0,43 | Bahia | Florestal |
2021 | Madeira | Resíduos não perigosos | 0,67 | Bahia | Florestal |
2021 | Resíduo de construção contendo amianto | Resíduos perigosos | 12,58 | São Paulo | Florestal |
2021 | Lama de cal | Resíduos não perigosos | 19.682,64 | São Paulo | Industrial |
2021 | Lodo da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) | Resíduos não perigosos | 21.429,05 | São Paulo | Industrial |
2021 | Resíduo restaurante (orgânico) | Resíduos não perigosos | 6,78 | São Paulo | Industrial |
2021 | Resíduos de materiais fibrosos à base de vidro | Resíduos não perigosos | 112,27 | São Paulo | Industrial |
2020 | Grits, dregs e lama, oriundos do processo de recuperação | Resíduos não perigosos | 25.205,00 | Bahia | Industrial |
2020 | Resíduos comuns | Resíduos não perigosos | 10,80 | Bahia | Florestal |
2020 | Resíduo restaurante (orgânico) | Resíduos não perigosos | 13,24 | São Paulo | Industrial |
2020 | Lã de rocha e fibra de vidro | Resíduos não perigosos | 13,09 | São Paulo | Industrial |
GRI 308-1 Novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais
A contratação e gestão de fornecedores de equipamentos, produtos e serviços inclui uma etapa de avaliação, apresentada no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Gestão da cadeia de fornecedores. A diretriz é aplicada a todos os fornecedores contratados pela Bracell, portanto é também aplicável aos novos fornecedores.
A Bracell realiza monitoramento contínuo do desempenho dos parceiros comerciais, com base na ISO 9001:2015, avaliando anualmente fornecedores de insumos químicos, transporte e calibração. Essa avaliação determina se podem ser contratados, permanecer na cadeia de suprimentos ou se devem ter o relacionamento encerrado. Os resultados dessas análises são comunicados diretamente aos fornecedores de forma transparente.
Auditorias são realizadas periodicamente nas operações de prestadores de serviços para assegurar conformidade com políticas internas e regulamentações ambientais, de segurança e ética.
aprimorar a seleção e o monitoramento de fornecedores com base em critérios de gestão ambiental, prevenção de impactos e compromissos cumpridos em relação a práticas sustentáveis. Faz parte dessa avaliação a análise de conformidade a normas ambientais nacionais e internacionais, de informações públicas da Receita Federal, certidões negativas, listas restritivas e índices de sustentabilidade. Após a validação dos dados, o score de confiança define as recomendações de risco e direciona o processo para fluxos de aprovação automáticos ou manuais.
GRI 308-2 Impactos ambientais negativos da cadeia de fornecedores e medidas tomadas
A Bracell realiza avaliação de riscos e impactos ambientais dos fornecedores que atendem e atuam diretamente em suas operações. A gestão do tema é realizada de acordo com a matriz de aspectos e impactos ambientais da Bracell, que atende aos requisitos das normas certificadoras de suas operações, bem como à legislação. Em 2024, nenhum fornecedor das operações industriais da Companhia foi identificado como causador de impactos ambientais negativos.
Os principais riscos ambientais avaliados na cadeia de fornecedores são: desmatamento, impactos à biodiversidade, poluição e captação de água, consumo de energia não renovável, geração e descarte inadequado de resíduos e efluentes, além de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Para gerenciar esses impactos, realizamos auditorias ambientais internas e externas, avaliando a conformidade com padrões de certificação, procedimentos internos e requisitos legais. Essas auditorias, realizadas pelo menos duas vezes ao ano, abrangem 18 setores por amostragem. Além disso, a empresa possui certificações ambientais como a NBR ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), a NBR 14789 (Manejo Florestal Sustentável) e NBR ISO 19001.
Além disso, realizamos auditorias periódicas em nossas operações nas quais dispomos de colaboradores terceiros, contratados diretamente pelas empresas prestadoras de serviço. Nessas auditorias avaliamos a conformidade das práticas operacionais em relação às normas certificadoras, políticas corporativas, legislação e normas regulamentadoras de segurança, ética e compliance.
Os critérios utilizados para essas avaliações incluem análise da cadeia de suprimentos e do ciclo de vida do produto, assegurando que as operações estejam alinhadas às práticas sustentáveis.
Os fornecedores de insumos, equipamentos e serviços que atendem e atuam diretamente em nossas operações são avaliados ao longo do processo que se inicia na homologação do cadastro dos fornecedores e se encerra após a conclusão do contrato.
A contratação e gestão de fornecedores é realizada em conformidade a políticas corporativas e procedimentos internos do Sistema Integrado de Gestão, que regulam a gestão de temas sociais (saúde ocupacional, segurança do trabalho, direitos trabalhistas, direitos da criança e do adolescente, Diversidade & Inclusão, direitos humanos, riscos e impactos sociais), ambientais (água, efluentes, resíduos, energia, licença ambiental, plano de manejo, riscos e impactos ambientais), e de governança (compliance, ética, concorrência desleal, conflitos de interesses e anticorrupção).
Os normativos internos são elaborados em conformidade à legislação, normas certificadoras florestais e industriais, protocolos internacionais de sustentabilidade e outras normas regulamentadoras.
Os procedimentos operacionais do Sistema Integrado de Gestão são internos e nossas políticas corporativas são públicas e estão disponíveis no site da Bracell.
Os processos de gestão de fornecedores estão descritos no conteúdo GRI 3-3: Gestão do tema material Gestão da cadeia de fornecedores. A Companhia não identificou fornecedores causadores de impactos ambientais negativos significativos — reais e potenciais — diretamente atuantes em suas operações.
Saiba mais sobre as avaliações socioambientais realizadas pela Bracell junto aos fornecedores no conteúdo GRI 308-1 Novos fornecedores selecionados com base em critérios ambientais.
GRI 408-1 Operações e fornecedores com risco significativo de casos de trabalho infantil
A Bracell não possui, nem possuiu operações com ocorrência de trabalho infantil ou de trabalhadores jovens expostos a trabalho perigoso.
A Companhia considera como operações que apresentam riscos potenciais de ocorrência de trabalho infantil e de trabalhadores jovens expostos a trabalho perigoso as atividades de plantio, construção e manutenção de estradas, além da manutenção de máquinas e equipamentos florestais. São operações localizadas nas regiões onde estão situados nossos sites industriais, quais sejam os estados de São Paulo e Bahia, abrangendo áreas operadas por terceiros.
Para garantir a mitigação de qualquer risco relacionado ao tema, a empresa adota medidas rigorosas e preventivas. Para os trabalhadores terceirizados, exigimos o fornecimento de documentação e realizamos visitas periódicas às operações florestais, com equipes de Auditoria Interna e Certificações.
Durante as integrações de colaboradores próprios e terceirizados, é apresentado e disponibilizado o Código de Conduta em versão impressa e on-line, acessível por QR Code, juntamente com documentos como as políticas Anticorrupção e Antissuborno e de Direitos Humanos, disponíveis no site da Bracell. A Política de Direitos Humanos, aplicável a colaboradores diretos, terceiros e subcontratados, reforça a intolerância total ao trabalho infantil e análogo à escravidão.
Todos os contratos firmados com terceiros ou subcontratados incluem cláusulas padrão que asseguram a tolerância zero ao trabalho infantil.
O risco de trabalho infantil está mapeado na matriz de compliance da Bracell como uma violação extrema. Entre as causas potenciais identificadas estão: atividades com longos turnos e alta demanda de mão de obra operacional; elevado volume de terceirização; e ausência de monitoramento em locais de trabalho geridos por terceiros, especialmente em atividades rurais.
Auditorias nas operações
Realizamos auditorias internas e externas para a gestão de requisitos ambientais, sociais, de gestão e de qualidade. Os requisitos são avaliados nos processos de certificação ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC). Também passamos por processo de auditoria externa dos Padrões de Desempenho do IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla em inglês), que abrange nosso site de Lençóis Paulista (SP), em razão do financiamento do Projeto Star – de construção das duas linhas flexíveis de celulose, em operação desde 2021.
Auditorias são realizadas periodicamente nas operações de prestadores de serviços para assegurar conformidade com políticas internas e regulamentações ambientais, de segurança e ética.
GRI 409-1 Operações e fornecedores com risco significativo de casos de trabalho forçado ou análogo ao escravo
A Bracell não possui, nem possuiu, operações com ocorrência de trabalho forçado ou análogo à escravidão.
Durante as integrações de colaboradores próprios e terceirizados, é apresentado e disponibilizado o Código de Conduta em versão impressa e on-line, acessível por QR Code, juntamente com documentos como as políticas Anticorrupção e Antissuborno e de Direitos Humanos, disponíveis no site da Bracell. A Política de Direitos Humanos, aplicável a colaboradores diretos, terceiros e subcontratados, reforça a intolerância total ao trabalho forçado ou análogo à escravidão.
Todos os contratos firmados com terceiros ou subcontratados incluem cláusulas padrão que asseguram a tolerância zero ao trabalho escravo ou análogo à escravidão (leia mais no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Gestão da cadeia de fornecedores em GRI 3-3: Gestão do tema material Gestão da cadeia de fornecedores).
A Companhia considera como operações que apresentam riscos potenciais de ocorrência de trabalho forçado ou análogo à escravidão as atividades de plantio, construção e manutenção de estradas, além da manutenção de máquinas e equipamentos florestais e a terceirização de mão de obra. São operações localizadas nas regiões onde estão situados nossos sites industriais, quais sejam os estados de São Paulo e Bahia, abrangendo áreas operadas por terceiros.
Para garantir a mitigação de qualquer risco relacionado ao tema, a empresa adota medidas rigorosas e preventivas. Para os trabalhadores terceirizados, exigimos o fornecimento de documentação e realizamos visitas periódicas às operações florestais por equipes de Auditoria Interna e Certificações.
Auditorias nas operações
Realizamos auditorias internas e externas para a gestão de requisitos ambientais, sociais, de gestão e qualidade. Os requisitos são avaliados nos processos de certificação ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC). Também passamos por processo de auditoria externa dos Padrões de Desempenho do IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla em inglês), que abrange nosso site de Lençóis Paulista (SP) em razão do financiamento do Projeto Star – de construção das duas linhas flexíveis de celulose, em operação desde 2021.
Auditorias são realizadas periodicamente nas operações de prestadores de serviços para assegurar conformidade com políticas internas e regulamentações ambientais, de segurança e ética.
A Auditoria Interna possui um plano específico para áreas florestais onde trabalham colaboradores terceiros e apresentam potenciais riscos, garantindo a conformidade com as políticas e procedimentos da empresa e a proteção dos direitos dos trabalhadores. O risco de trabalho forçado ou análogo à escravidão está mapeado na matriz de compliance da Bracell como uma violação extrema. Entre as causas potenciais identificadas estão: atividades com longos turnos e alta demanda de mão de obra operacional; elevado volume de terceirização; e ausência de monitoramento em locais de trabalho geridos por terceiros, especialmente em atividades rurais.
GRI 411-1 Casos de violação de direitos de povos indígenas
Em São Paulo, está localizada a Terra Indígena Araribá, em Avaí (SP) e a Aldeia Tekoa Nhanderu Porã, em São Miguel Arcanjo (SP), comunidades indígenas localizadas próximo a área de operação florestal da Bracell – considerando um raio de três quilômetros. A Terra Indígena Araribá é composta por quatro aldeias (Tereguá, Ekeruá, Kopenoti e Nimuendaju), possui 1.900 ha e a aldeia Tekoa Nhanderu Porã, 34,55 ha e 20 habitantes que residem no local desde o ano de 2022. Não há, nas demais localidades de operações da Bracell, comunidades indígenas próximas.
Em 2024, a Bracell não elaborou protocolos de consulta a povos indígenas. No ano, foram realizadas sete reuniões entre representantes da Companhia, da Funai e lideranças indígenas. Esses encontros tiveram como objetivo principal apresentar as atividades operacionais realizadas pela empresa no entorno da Terra Indígena Araribá, o cronograma de atividades, o detalhamento das operações, o canal de reclamações e as medidas preventivas e mitigadoras de potenciais impactos à população local, além de promover a escuta das percepções dessas populações em relação às atividades, no intuito de aumentar a eficácia das medidas adotadas.
Nessas reuniões, também foram discutidos temas como a contratação de consultoria para realização de estudo na terra indígena, conforme documento orientador da Funai, manejo florestal da Bracell, conservação de nascentes da terra indígena e solicitações de doação. Todos os encontros tiveram registro de listas de presença, fotografias e atas, com autorização de coleta de dados dos participantes, que somaram 33 pessoas, totalizando 79 participações, sendo 10 em março, oito em maio, 28 em junho, 21 em agosto e 12 em setembro.
Na Aldeia Tekoa Nhanderu Porã, foi realizado um diálogo junto à liderança da comunidade, no qual a Bracell apresentou a área onde realiza manejo florestal, localizada próxima à aldeia, bem como apresentou seus processos de gestão florestal que integram as atividades realizadas no local. Além disso, realizou o levantamento da percepção da liderança indígena a respeito dos impactos sociais das operações na aldeia. A empresa realizou também o cadastro da comunidade, com uma breve caracterização socioeconômica-ambiental.
Esses diálogos são realizados antes do início das operações. Neles, apresentamos informações relevantes a respeito do trabalho da Companhia, abrindo espaço para que as representações indígenas possam manifestar suas preocupações, que são analisadas e endereçadas pela Bracell.
Nossas práticas de relacionamento com o stakeholder são conduzidas com respeito à coletividade, com inclusão de mulheres e idosos e, ao tempo, das comunidades indígenas, com tempo hábil para que a comunidade se informe sobre o assunto e para que a Bracell incorpore as necessidades, desejos e preocupações compartilhados pelos indígenas durante as interações com a Companhia.
Os encontros com as comunidades indígenas são registrados em atas que documentam as medidas consensadas em reunião com as lideranças. Todas as aldeias são consultadas por meio da escuta de suas lideranças e 100% delas contam com caciques ou vice-caciques como representantes.
Em 2024, as reuniões com as aldeias foram agendadas pela Funai, que considerou as atividades da comunidade indígena e informou previamente os horários de início e término do encontro, bem como assuntos abordados. Nessas reuniões, a Bracell não incluiu a participação de pessoas que vivem nas cidades.
No ano, a Companhia identificou e mapeou os impactos reais e potenciais de suas operações às comunidades indígenas e não foi identificado nenhum caso de violação dos direitos dos povos indígenas. A Bracell realizou também a contratação de uma consultoria qualificada e especializada para a realização do estudo na Terra Indígena Araribá e para a elaboração do plano de ação e recomendações para garantir os direitos humanos, consuetudinários e a segurança dos indígenas no acesso à área de pesca que margeia a operação florestal da empresa. Para a realização desse estudo, obtivemos autorização formal das lideranças para a realização dos trabalhos de campo, acordado durante momento de diálogo.
GRI 413-1 Operações com engajamento, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento voltados à comunidade local
A Bracell implementa ações de engajamento, avaliações de impacto e programas de desenvolvimento voltados à comunidade local, para 100% de nossas operações. As matrizes de impactos, riscos e oportunidades, ambientais e sociais, são parte dos processos do nosso Sistema Integrado de Gestão e estão relacionados às nossas atividades para as operações florestais e industriais.
Os resultados de nossas avaliações de impacto ambiental e social são compartilhados com nossas partes interessadas. Por meio dessa prática, reforçamos nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade corporativa.
Nosso planejamento de desenvolvimento local é elaborado com base nas necessidades e prioridades apontadas pelas comunidades locais, garantindo a implementação de iniciativas alinhadas aos seus interesses.
Da mesma forma, os planos de engajamento de stakeholders externos são fundamentados no mapeamento desses públicos, assegurando uma comunicação efetiva e ações alinhadas às expectativas das partes interessadas consultadas.
Para promover a participação ativa da comunidade em relação à gestão do impacto em nossas operações florestais, constituímos comitês e processos de consulta ampla aos membros das comunidades locais, incluindo a participação de grupos vulneráveis. Para as comunidades localizadas na área de influência de nossas operações industriais e florestais, o departamento de Relações com Comunidades mantém um diálogo frequente com os vizinhos, informando-os sobre os impactos e as medidas de controle adotadas.
Dispomos de processos formais para o registro e tratativa de preocupações e reclamações da comunidade local. Por meio do diálogo operacional, a área de Relações com Comunidades divulga amplamente o Canal Fale Conosco (0800 709 1490, no estado de São Paulo, 0800 284 4747, no estado da Bahia e Sergipe) para os moradores de localidades próximas às áreas da operação florestal. Outras iniciativas incluem campanhas de conscientização contra incêndios florestais e a divulgação do canal de atendimento nos veículos da empresa que circulam em nossas operações para recebimento de preocupações e reclamações especificamente relacionadas às operações da nossa frota.
Comitês | É característica de nossa área de atuação na Bahia a existência de associações comunitárias. Nesse contexto, a Bracell mantém comitês e outros canais permanentes de diálogo para estabelecer bom relacionamento com essas entidades e manter proximidade com as lideranças de cada região. Um dos objetivos é contribuir com instituições públicas como as polícias Civil e Militar, Ministério Público, Tribunal de Justiça e outros órgãos governamentais. Para atuação em São Paulo, o diálogo com as comunidades é realizado de forma individual com os vizinhos e por meio de reuniões com os grupos comunitários, quando há lideranças presentes. |
Cadastro de comunidades | Realizamos visitas a campo para cadastrar as comunidades vizinhas às nossas operações. Nesse processo, identificamos quem são as famílias moradoras, suas lideranças e principais demandas e anseios de cada uma. Levantamos, também, a infraestrutura existente, os possíveis impactos das atividades da empresa, bem como a existência de comunidades tradicionais e povos originários ou Áreas de Alto Valor de Conservação Social e/ou Cultural. |
Mapa de zoneamento de impacto | Mapeamos nossas áreas de plantio, preservação e fomento, identificando as atividades da Bracell nos territórios. As comunidades localizadas nessas áreas são classificadas conforme o grau de influência em relação aos projetos da Companhia. Também destacamos as comunidades tradicionais, como quilombolas e comunidades indígenas. Produzido pela equipe de Planejamento, esse mapeamento permite visualizar as áreas contempladas e a distribuição das comunidades, incluindo a identificação específica de comunidades quilombolas na Bahia e indígenas em São Paulo. |
Mapeamento e matriz de partes interessadas | As informações do cadastro de comunidades são organizadas em uma matriz de stakeholders, categorizando-os por município, entidade representativa, tipo de instituição, contato, nível de influência, perfil e interesses. Em 2024, a matriz de stakeholders da Bracell na Bahia cresceu em relação a 2023, totalizando 2.010 stakeholders relevantes, dos quais 96% são favoráveis (1.004) ou neutros (927) à atuação da empresa. |
Encontro com comunidades | Promovemos encontros para manter as partes interessadas informadas sobre as atividades do manejo florestal da Bracell, como plantio, colheita e transporte, entre outras iniciativas desenvolvidas próximas às comunidades. Nessas ocasiões, também esclarecemos dúvidas, registramos reclamações e levantamos as principais demandas das comunidades. Entregamos, ainda, material informativo sobre a empresa e os canais de comunicação abertos. Os diálogos também são realizados com comunidades indígenas (leia mais no conteúdo GRI 411-1 Casos de violação de direitos de povos indígenas). |
Diálogo operacional em São Paulo e Bahia | A Bracell realiza diálogo operacional e monitoramento de impactos diretamente com vizinhos e comunidades próximas às fazendas de eucalipto, incluindo indígenas (em São Paulo, leia mais no conteúdo GRI 411-1 Casos de violação de direitos de povos indígenas) e comunidades quilombolas (para a Bahia, onde estão localizadas essas comunidades).
Na Bahia, a empresa promove encontros para compartilhar informações sobre plantio, colheita, transporte e outras ações. Durante esses diálogos, esclarece dúvidas, registra reclamações, identifica demandas e mapeia pontos de atenção.
Em São Paulo, o monitoramento e a gestão de riscos ocorrem em três etapas: pré-operação, durante a operação e pós-operação. O foco é a prevenção e, quando necessário, a aplicação de medidas mitigatórias para minimizar impactos.
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Produção e distribuição de material informativo | Divulgamos o canal Fale Conosco por meio do kit de diálogo operacional, que contém folders informativos sobre o ciclo florestal, vídeos com informações sobre o cultivo de eucalipto, campanha contra incêndios florestais e cópias do Resumo Público do Manejo Florestal da empresa. |
GRI 413-2 Operações com impactos negativos significativos reais ou potenciais nas comunidades locais
Em 2024, realizamos ações de relacionamento e engajamento com comunidades de 115 municípios do estado de São Paulo, 14 em Minas Gerais, dois em Goiás e dois no Paraná. Na região Nordeste, nossas ações abrangeram 42 municípios, sendo 39 na Bahia e três em Sergipe, incluindo localidades como Acajutiba, Alagoinhas, Camaçari, Feira de Santana, Pojuca e Rio Real na Bahia, além de Cristinápolis, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba em Sergipe.
Nos territórios das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, foram identificados como impactos operacionais: poluição sonora na área de nossa operação industrial e, nas operações florestais, excesso de poeira, danos ou obstrução de vias de acesso, excesso de velocidade, deriva de produtos agroquímicos e danos a estruturas, que foram mitigados. Na região Nordeste, os principais impactos identificados são danos a propriedades vizinhas às operações da Bahia.
Nossas ações preventivas contribuíram para a redução do número de ocorrências ligadas aos impactos das operações, passando de 71 em 2023 para 60 em 2024.
O número de reclamações registradas aumentou para as operações de São Paulo, de 117 em 2023 para 363 em 2024. O aumento ocorreu devido ao incremento das operações florestais, com maior número de reclamações relacionadas a danos causados à estrutura de terceiros, precipitação de poeira por tráfego de caminhões, manutenção em estradas, danos em estradas e via de acesso e excesso de velocidade. Houve redução de reclamações relacionadas à manutenção de cercas. A divulgação dos canais para registro de reclamações e impactos de nossas operações, somado ao relacionamento próximo com as comunidades locais também contribuiu para o maior número de registros para a tratativa dos casos.
Reclamações | 2022 | 2023 | 2024 |
Danos causados às estruturas de terceiros | 33 | 41 | 88 |
Poeira por tráfego de caminhões e máquinas | 51 | 37 | 101 |
Manutenção em estradas | 0 | 63 | 113 |
Danos em estradas e vias de acesso | 0 | 0 | 28 |
Manutenção de estradas, pontes e mata-burros | 36 | 0 | 0 |
Excesso de velocidade | 19 | 0 | 26 |
Manutenção de cercas | 0 | 27 | 6 |
Total | 139 | 168 | 362 |
Total industrial e florestal | 141 | 171 | 363 |
Reclamações | 2022 | 2023 | 2024 |
Dano à propriedade | 8 | 12 | 14 |
Estradas | 8 | 14 | 6 |
Poeira (somente operação florestal) | 12 | 8 | 2 |
Terceiros (reclamação de colaboradores terceirizados direcionados a empresas contratantes) | 11 | 14 | 18 |
Imprudência no trânsito | 12 | 11 | 9 |
Ruído | 1 | 2 | 0 |
Outros | 6 | 16 | 11 |
Total industrial e florestal | 58 | 77 | 60 |
GRI 414-1 Novos fornecedores selecionados com base em critérios sociais
A contratação e gestão de fornecedores é realizada em conformidade a políticas corporativas e procedimentos internos do Sistema Integrado de Gestão, que regulam a gestão de temas sociais (saúde ocupacional, segurança do trabalho, direitos trabalhistas, direitos da criança e do adolescente, Diversidade & Inclusão, direitos humanos, riscos e impactos sociais).
Os critérios sociais são avaliados nos processos de gestão de contratos de terceiros, contratados diretamente pelas empresas prestadoras de serviço que atuam em nossas operações. Por meio do Sistema de Gestão de Contratos, analisamos e controlamos a documentação mandatória por lei das empresas prestadoras de serviço, incluindo as cláusulas de acordo coletivo dos terceiros, treinamentos técnicos e operacionais mandatórios para atendimento à legislação e normas regulamentadoras, critérios de saúde ocupacional e licença operacional. Essa prática de gestão é aplicada a todos os fornecedores da Bracell, portanto aplica-se aos novos fornecedores.
Processos que integram a gestão de fornecedores:
- Devida diligência de terceiros: antes do processo de contratação, submetemos os fornecedores ao processo de devida diligência. Essa ação integra as políticas de Devida Diligência de Terceiros, de Qualificação e Avaliação de Fornecedores, de Sustentabilidade e de Direitos Humanos da Bracell.
- Validação de conformidade ambiental: na homologação do cadastro e na etapa de verificação das condicionantes, os fornecedores tomam conhecimento e assumem o compromisso de conhecer, compreender e respeitar o Código de Ética de Compras da Bracell. Em nossas operações, os fornecedores contratados são avaliados em relação à gestão de riscos e impactos ambientais.
- Validação de conformidade social: os requisitos e riscos sociais são avaliados na gestão de fornecedores de serviços prestados diretamente em nossas operações por meio de colaboradores terceiros. É parte de nosso processo a gestão de contratos de terceiros, que abrange a averiguação do cumprimento dos direitos trabalhistas como remuneração, acordo coletivo, treinamentos, saúde ocupacional e segurança do trabalho entre outros requisitos mandatórios para a gestão de riscos sociais. Essa gestão é realizada por meio do Sistema de Gestão de Contratos, no qual são cadastrados os documentos contratuais e verificadas as exigências legais.
- Avaliação e qualificação de fornecedores: avaliamos a capacidade do fornecimento de produtos e serviços em conformidade aos requisitos legais, de certificações e técnicos.
- Auditorias: são realizadas nas operações da Bracell nas quais atuam as empresas prestadoras de serviços, contratantes diretas dos terceiros que trabalham nas operações da Companhia.
A partir de dezembro de 2024, a empresa passou a utilizar a ferramenta Linkana para aprimorar a seleção e o monitoramento de fornecedores com base em critérios de gestão ambiental, prevenção de impactos e compromissos cumpridos em relação a práticas sustentáveis. É parte dessa avaliação a análise de conformidade a normas ambientais nacionais e internacionais, de informações públicas da Receita Federal, certidões negativas, listas restritivas e índices de sustentabilidade. Após a validação dos dados, o score de confiança define as recomendações de risco e direciona o processo para fluxos de aprovação automáticos ou manuais.
Em 2024, nenhum parceiro comercial foi identificado como causador ou possível causador de impactos sociais negativos.
GRI 414-2 Impactos sociais negativos da cadeia de fornecedores e medidas tomadas
Monitoramos os riscos sociais de fornecedores prestadores de serviço que atuam diretamente em nossas operações. Em 2024, nenhum parceiro comercial foi identificado como causador ou possível causador de impactos sociais negativos.
RR-PP-110a.1: Total de emissões brutas do Escopo 1
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além do Mato Grosso do Sul.
Em 2024, as emissões fósseis da Bracell de escopo 1 representaram 43% das nossas emissões e totalizaram 731.362,80 tCO2e, com um aumento de 21,9% em comparação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado majoritariamente pelo incremento no uso de combustíveis fósseis em nossa logística, principalmente devido ao aumento no raio do transporte de madeira das áreas de plantio até a fábrica, e crescimento expressivo no número de incêndios florestais.
Os gases incluídos no cálculo do escopo 1 de emissões são: CO2, CH4, N2O, HFCs e SF6.
A Bracell reporta suas emissões biogênicas de CO₂ associadas às suas operações florestais e industriais. Essas emissões incluem a combustão de biomassa, o uso de biocombustíveis renováveis na frota logística, ocorrência de incêndios e a dinâmica natural do ciclo do manejo do eucalipto. Diferentemente das emissões de origem fóssil, as emissões biogênicas são geralmente consideradas neutras em termos de carbono no longo prazo, uma vez que derivam de biomassa renovável que, durante seu crescimento, absorve CO₂ da atmosfera.
Emissões (tCO2e) | 2022 | 2023 | 2024 |
Escopo 1 | 614.673,00 | 597.454,00 | 731.362,80 |
Escopo 1 – Biogênicas | 10.415.840,85 | 10.810.512,98 | 9.156.105,51 |
Nota: as emissões biogênicas de escopo 1 acima consideram combustão estacionária (biomassa), combustão móvel, atividades agrícolas e mudança do uso do solo.
RR-PP-110a.2: Discussão da estratégia de longo e curto prazos ou plano para gerenciar as emissões do Escopo 1, metas de redução de emissões e uma análise do desempenho em relação a essas metas.
Nosso Inventário de Gases de Efeito Estufa da Bracell utiliza orientações metodológicas dispostas na versão mais atualizada da norma ABNT-NBR ISO 14064, GHG Protocol e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é realizado de forma corporativa, contemplando as unidades fabris de celulose de São Paulo e da Bahia, e as operações florestais nesses dois estados, além de Mato Grosso do Sul.
Para gerenciar o tema material Mudanças climáticas, contamos com políticas, planejamento de ações, metas e monitoramento contínuo de resultados de nossas iniciativas nessa área. Buscamos atuar em uma economia de baixo carbono e adaptada ao cenário de um planeta com temperatura média mais alta.
Estabelecemos, com o Bracell 2030, compromissos para redução de emissões de gases de efeito estufa, dentro do pilar Ação pelo Clima.
A tabela abaixo reporta nosso desempenho em 2024:
Pilar estratégico | Meta 2030 | Baseline 2020 | Meta 2030 | Meta 2024 | Desempenho 2024 | ODS atendidos |
AÇÃO PELO CLIMA |
Reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt. |
0.482 tCO2e/adt | 0,122 tCO2e/adt | 0,151 tCO2e/adt | 0,208 tCO2e/adt | 13, 14, 15 |
25 MtCO₂e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030 |
Remoções líquidas de carbono =
emissões fósseis de GEE + emissões biogênicas LULUCF – remoções totais de CO₂ dos plantios de eucalipto e áreas de vegetação nativa |
25 MtCO2e | 22,19 MtCO2e | 4,30MtCO2e | 13, 14, 15 |
Nota: a meta de intensidade de emissões da Bracell (tCO₂e/t de produção) considera as produções de celulose kraft e celulose solúvel (dissolving). A linha de base de 2020 foi calculada com a soma direta dos volumes físicos dos dois produtos, sem aplicação de fator de conversão. A partir de 2022, com o início da produção de dissolving na unidade de São Paulo, passou-se a aplicar um fator técnico de conversão para expressar a produção de dissolving em equivalente kraft. Essa atualização traz mais aderência à realidade dos processos industriais, ao considerar as diferenças entre os tipos de produto e seus respectivos consumos e emissões.
No Bracell 2030, temos dois compromissos relacionados ao tema material Mudanças climáticas. Nossas metas foram elaboradas considerando a análise de riscos e impactos – positivos e negativos – das operações da Bracell no contexto das mudanças climáticas. Nossas operações emitem gases de efeito estufa (GEE) e capturam CO2 da atmosfera por meio do crescimento e conservação das áreas florestais sob gestão da Companhia, tanto as plantadas, de eucalipto, como as nativas.
Até 2030, assumimos o compromisso de reduzir em 75% nossas emissões de carbono por tonelada de produto fabricado, tendo 2020 como ano de referência para realizar a comparação dos dados medidos. Isso significa chegar a 0,122 tCO2e/adt. Adicionalmente, vamos remover 25 MtCO2e da atmosfera considerando o intervalo de uma década — de 2020 até 2030.
Para 2024, estabelecemos como metas intermediárias fechar o ano com 0,151 tCO2e/adt e tendo removido 22,19 MtCO2e. Os resultados mensurados são detalhados abaixo:
Meta 1: reduzir as emissões de carbono por tonelada de produto em 75%, para atingir 0,122 tCO₂e/adt.
De 2020 a 2024, reduzimos 61% de emissões de carbono por tonelada de produto, atingindo o valor de 0,208 tCO2e/adt.
Embora tenhamos alcançado uma redução de 63% de nossas emissões em intensidade nesse período, alguns fatores contribuíram para que não fosse atingida a meta estabelecida para 2024. A redução das emissões foi afetada negativamente, principalmente, pelo aumento da combustão móvel nas nossas operações e uma maior ocorrência de incêndios. Por outro lado, nesse ano alcançamos resultados significativos em nossas operações, como a diminuição no consumo de gás natural e a ampliação do uso de biomassa nos gaseificadores, o que reduziu nossas emissões de combustão estacionária – nossa categoria de mais emissão de escopo 1 – e nos coloca no caminho certo para cumprir nossas metas de longo prazo.
Estamos implementando, ainda, diversas ações para mitigar os impactos relacionados às mudanças climáticas e continuar avançando em direção à descarbonização de nossas operações. Os investimentos realizados para o uso de caminhões elétricos no transporte de celulose, em fase de testes, e para a geração e utilização de energia renovável são exemplos que detalhamos no capítulo Eficiência energética.
Meta 2: 25 MtCO2e removidos da atmosfera entre 2020 e 2030
De 2020 a 2024, removemos 4.229.568 tCO2e. Esse valor considera o balanço de carbono de nossas operações, ou seja, a diferença entre o total de remoções e emissões (antropogênicas e biogênicas LULUCF).
Em 2024, enfrentamos o mais desafiador cenário hidrológico dos últimos cinco anos na região do estado de São Paulo. Essa condição extrema foi provocada, principalmente, pelo aumento das temperaturas e pela redução significativa do volume de chuvas. O déficit hídrico tem impacto direto na produtividade florestal: quanto maior o déficit, menor o crescimento das florestas de eucalipto, o que compromete a capacidade de remoção de CO₂ da atmosfera, realizada por essas florestas em processo de crescimento.
Além disso, as condições climáticas adversas intensificaram significativamente a ocorrência de incêndios florestais.
Como resultado desses fatores climáticos extremos, alcançamos apenas 19% da meta de remoções estabelecida para 2024.
A Bracell tem desenvolvido uma série de iniciativas para mitigar esses impactos e aumentar a resiliência de suas operações frente às mudanças climáticas. Entre as principais ações estão: o monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto; investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal (P&D); a gestão integrada de riscos e impactos relacionados ao clima; e a realização de estudos de zoneamento climático. Saiba mais nos capítulos Monitoramento do fluxo de carbono e água em florestas plantadas de eucalipto e Estudo de zoneamento climático.
RR-PP-120a.1: Emissões atmosféricas dos seguintes poluentes: (1) NOx (excluindo N2O), (2) SO2, (3) compostos orgânicos voláteis (VOCs), (4) material particulado (PM) e (5) poluentes atmosféricos perigosos (HAPs)
Os óxidos de nitrogênio (NOx), os óxidos de enxofre (SOx), o material particulado (MP) e os compostos de enxofre reduzido total (TRS) estão entre os poluentes atmosféricos mais críticos devido aos seus impactos diretos e indiretos sobre o clima e a saúde humana. Esses poluentes são principalmente gerados pela queima de combustíveis fósseis e processos industriais.
A redução dessas emissões é essencial para proteger a saúde humana, melhorar a qualidade do ar e mitigar impactos ambientais, pois são gases que estão associados a doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer, além de contribuírem para a formação de chuva ácida e para a poluição secundária. Sua redução também ajuda na proteção de sensíveis.
Em 2024, as emissões da Bracell estiveram dentro dos parâmetros exigidos pela legislação brasileira.
Substância | Unidade | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Bracell | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | 20221 | 2023 | 2024 | ||
NOX | t | NA | 451,93 | 448,42 | NA | 2.847,74 | 3.131,48 | NA | 3.299,64 | 3.579,90 |
SOX | t | NA | 30,47 | 39,65 | NA | 139,89 | 59,05 | NA | 170,36 | 98,70 |
MP | t | NA | 197,30 | 199,99 | NA | 643,26 | 473,22 | NA | 840,56 | 673,21 |
TRS | t | NA | 2,70 | 12,57 | 59,14 | 43,04 | 30,93 |
59,14 |
45,74 | 43,5 |
Notas: 1. Pela materialidade do tema, a Companhia passou a reportar os dados a partir de 2023, incluindo emissões de NOx, SO₂ e material particulado.
2. Dados consideram os reportes para EU Ecolabel e Nordic Swan para celulose kraft.
3. Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs, na sigla em inglês) não são mensurados em emissões atmosféricas.
RR-PP-130a.1: (1) Energia total consumida, (2) porcentagem de eletricidade oriunda da rede pública (grid), (3) porcentagem de biomassa, (4) porcentagem de outras energias renováveis.
Temos como objetivo garantir que nossas fábricas sejam autossuficientes na geração de . Trabalhamos para que o uso da rede elétrica nacional só seja realizado nas paradas de manutenção das fábricas. Nesses casos, adquirimos energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A matriz energética brasileira é um diferencial importante para as operações da Bracell, com uma alta participação de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares. Isso contribui para a eficiência de nossas operações, ao mesmo tempo em que reflete nosso compromisso com práticas sustentáveis. Embora a variabilidade da oferta de energia possa afetar a disponibilidade e o custo em períodos de seca, a predominância das fontes renováveis ajuda a mitigar esses impactos e garantir a continuidade das operações de forma estável e sustentável.
Energia consumida | Bahia Celulose | São Paulo Celulose | Papéis Sudeste1 | Papéis Norddeste |
Total de energia consumida (GJ)² | 17.706.299,98 | 177.670.455,60 | 380.731,13 | 543.413,07 |
Porcentagem eletricidade de rede | 3,04 | 0,18 | 0,00
|
31,80 |
Porcentagem oriunda de biomassa³ | 77,15 | 36,46 | 0,00 | 35,36 |
Notas: 1. A Bracell Papéis Sudeste utiliza energia gerada a partir do processo de fabricação de celulose. Por esse motivo, a unidade não realiza a compra de energia.
2. Energia consumida = energia gerada + energia comprada – energia vendida.
3. Como referência para a “Porcentagem oriunda de Biomassa”, foi considerando a soma do Licor Negro e da Biomassa.
RR-PP-140a.1: Setor de Recursos Renováveis e Energia Alternativa – Produtos de Celulose e Papel | Gerenciamento Hídrico
O volume total de captação de água para as operações de São Paulo Celulose e Papéis Sudeste considera exclusivamente as fontes primárias da fábrica de celulose: seis poços subterrâneos e uma captação superficial no Rio Tietê.
Em relação às operações da Bracell Papéis, a unidade de negócio foi fundada em 2023 e reporta pela primeira vez a sua performance ambiental, referente ao ano de 2024. A Bracell Papéis Sudeste não possui pontos de captação próprios (superficial e subterrânea) e utiliza a água já captada na fabricação de celulose.
O volume de captação da operação de Papéis Nordeste considera a unidades fabris de Feira de Santana (BA). Nas unidades em São Gonçalo dos Campos (BA) e em Pombos (PE) não há captação de água, uma vez que os processos industriais empregados são considerados secos.
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 2.198 | 0 | 2.198 | 29.456 | 0 | 29.456 | 4.811 | 0 | 4.811 | 64.927 | 0 | 64.927 | 25.351 | 0 | 25.351 |
São Paulo Celulose | 309.165 | 0 | 309.165 | 328.484 | 12.947.445 | 13.275.929 | 314.537 | 49.223.892 | 49.538.429 | 457.789 | 52.016.479 | 52.474.269 | 550.327 | 49.972.528 | 50.522.855 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 1.144.604 | 1.144.604 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Bracell | 311.363 | 0 | 311.363 | 357.940 | 12.947.445 | 13.305.385 | 319.348 | 49.223.892 | 49.543.240 | 522.716 | 52.016.479 | 52.539.196 | 575.678 | 51.117.132 | 51.692.810 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 889.754 | 14.720.841 | 15.610.595 | 872.245 | 14.559.672 | 15.431.917 | 851.887 | 15.145.471 | 15.997.358 | 874.462 | 15.738.831 | 16.613.293 | 827.071 | 15.681.068 | 16.508.139 |
São Paulo Celulose | 282.428 | 6.831.882 | 7.114.310 | 395.258 | 7.071.663 | 7.466.921 | 405.286 | 6.520.494 | 6.925.780 | 556.641 | 4.342.162 | 4.898.803 | 486.285 | 4.231.181 | 4.717.466 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 0 | 0 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 214.184 | 214.184 |
Bracell | 889.754 | 14.720.841 | 22.724.905 | 1.267.503 | 21.631.336 | 22.898.838 | 1.257.173 | 21.665.965 | 22.923.138 | 1.431.103 | 20.080.993 | 21.512.096 | 1.313.356 | 20.126.433 | 21.439.789 |
Operação | 2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | ||||||||||
Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | Florestal | Industrial | Total | |
Bahia Celulose | 891.952 | 14.720.841 | 15.612.793 | 901.701 | 14.559.672 | 15.461.373 | 856.698 | 15.145.471 | 16.002.169 | 939.389 | 15.738.831 | 16.678.220 | 852.422 | 15.681.068 | 16.533.490 |
São Paulo Celulose | 591.593 | 6.831.882 | 7.423.475 | 723.742 | 20.019.108 | 20.742.850 | 719.823 | 55.744.386 | 56.464.209 | 1.014.430 | 56.358.642 | 57.373.072 | 1.036.612 | 54.203.709 | 55.240.321 |
Papéis Sudeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 1.144.604 | 1.144.604 |
Papéis Nordeste | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | N/A | 214.184 | 214.184 |
Bracell | 1.483.545 | 21.552.723 | 23.036.268 | 1.625.443 | 34.578.781 | 36.204.224 | 1.576.521 | 70.889.856 | 72.466.377 | 1.953.819 | 72.097.472 | 74.051.291 | 1.889.034 | 71.243.565 | 73.132.599 |
Nota 1: a Bracell Papéis foi fundada em 2023 e reporta pela primeira vez a sua performance ambiental referente ao ano de 2024. A Bracell Papéis Sudeste não possui pontos de captação próprios (superficial e subterrânea), utilizando água já captada pelo site industrial da Bracell, de Lençóis Paulista (SP), onde há fabricação de celulose.
Nota 2: o volume de captação de água para as operações de São Paulo Celulose e Papéis Sudeste, considera exclusivamente as fontes primárias da fábrica de celulose, quais sejam: seis poços subterrâneos e uma captação superficial no Rio Tietê.
Nota 3: o volume de captação da operação de Papéis Nordeste considera a unidades fabril de Feira de Santana (BA). Nos sites de São Gonçalo dos Campos (BA) e Pombos (PE) não há captação de água, uma vez que os processos industriais empregados são considerados secos.
Nota 4: o volume de captação da operação florestal considera a captação dos pontos outorgados nos estados de Minas Gerais e Paraná, além do estado de São Paulo. Ambos são controlados e monitorados pelo departamento de Meio Ambiente Florestal da Bracell São Paulo Celulose. Saiba mais sobre a gestão de água da florestal no conteúdo GRI 3-3 Gestão do tema material Água e Efluentes.
RR-PP-140a.2: Setor de Recursos Renováveis e Energia Alternativa – Produtos de Celulose e Papel | Gerenciamento Hídrico
Temos operações industriais para fabricação de celulose no Polo Industrial de Camaçari (BA) e no Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP), além de fábricas de papéis Tissue em Lençóis Paulista (SP), Pombos (PE), Feira de Santana (BA) e São Gonçalo dos Campos (BA). São parte de nossas operações de celulose também operações florestais – da silvicultura à colheita – nos estados da Bahia, São Paulo e Sergipe
Água e efluentes é tema material para a Bracell. Nossas práticas de gestão sobre esses temas contemplam metas de redução do consumo hídrico na produção de celulose, políticas e programas para preservar a água e as bacias hidrográficas. Temos a meta de incrementar a eficiência no consumo do recurso em nossas operações industriais, gerenciar riscos e impactos de disponibilidade hídrica, e ter ganho de eficiência na gestão de efluentes gerados em nossos processos de fabricação.
Integram nossas práticas de gestão de água processos de monitoramento e controle da captação, do descarte e do consumo, em nossas operações florestais e industriais. São parte de nosso Sistema Integrado de Gestão políticas corporativas, procedimentos operacionais, matrizes de riscos, aspectos e impactos ambientais. Essas regras atendem aos requisitos das normas certificadoras ISO 14001, ISO 9001, Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC), à legislação brasileira competente, às normas regulamentadoras e a protocolos internacionais de gestão em sustentabilidade.
Os departamentos de Meio Ambiente e Certificações das operações florestais e industriais são responsáveis pelo Sistema Integrado de Gestão e têm reporte direto ao seu respectivo diretor-geral de Operação em relação à melhoria contínua de práticas de gestão e performance nas certificações, processos realizados anualmente.
Como parte do Bracell 2030, nossa estratégia de sustentabilidade, temos meta de eficiência hídrica em nosso processo industrial. Até 2030, queremos atingir 47% de redução no consumo de água por tonelada de celulose produzida, alcançando 16,6 m3/adt. Em 2024, o nosso consumo totalizou 19,2 m3/adt, atingindo a meta prevista para o ano.
Em nossas operações florestais, especificamente na silvicultura, planejamos o plantio de eucalipto a partir do estudo de zoneamento climático, conduzido pelo departamento de Pesquisa & Desenvolvimento Florestal. Esse estudo analisa dados históricos de clima, como índices de precipitação, temperatura e latitude. A partir desses dados são recomendadas áreas para plantio com mais disponibilidade hídrica (leia mais sobre nossa gestão em Ação pelo Clima).
Estamos ativamente engajados na redução do uso de produtos químicos nocivos e fertilizantes inorgânicos em nossas operações florestais com potencial de contaminação do solo e recursos hídricos. No que concerne ao compromisso de não utilizar produtos químicos listados nas convenções de Estocolmo e Roterdã, a empresa busca alternativas à sulfluramida para o manejo de formigas cortadeiras, participando de programas cooperativos e realizando testes internos para identificar opções mais seguras.
Quanto à minimização do uso de fertilizantes inorgânicos, a Bracell investiga o uso de fertilizantes organominerais produzidos a partir de resíduos orgânicos da fábrica, com um estudo de viabilidade para uma planta de compostagem. Além disso, iniciou a produção de sulfato de potássio a partir de um efluente do processo de fabricação de celulose, o que reduzirá a dependência do cloreto de potássio importado.
Classe de produto | Princípio ativo dos produtos |
Fungicida | Azoxistrobina + Difenoconazol |
Fungicida | Mancozebe + Azoxistrobina |
Fungicida | Metconazol |
Fungicida | Piraclostrobina |
Fungicida | Tebuconazol + Trifloxistrobina |
Herbicida | Flumioxazina |
Herbicida | Fluroxipir + Triclopir |
Herbicida | Glifosato |
Herbicida | Haloxifope |
Herbicida | Haloxifope + Cletodim |
Herbicida | Indaziflan |
Herbicida | Isoxaflutole |
Herbicida | Oxyfluorfen |
Herbicida | Saflufenacil |
Herbicida | Sulfentrazone |
Herbicida | Triclopir |
Inseticida | Acetamiprido + Bifentrina |
Inseticida | Alfa-cipermetrina |
Inseticida | Bifentrina |
Inseticida | Deltametrina |
Inseticida | Fipronil |
Inseticida | Imidacloprido |
Inseticida | Isocicloseram |
Inseticida | Sulfluramida |
Inseticida | Tiametoxam |
Gestão da captação de água
Em nossa fábrica do Distrito Industrial de Camaçari (BA), a captação de água é realizada em 11 poços subterrâneos, distribuídos próximos à fábrica, localizados na Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte, com outorga definida pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inema), órgão ambiental do estado da Bahia. Também há captação de água subterrânea na fábrica da Bracell Papéis no Nordeste, em Feira de Santana, realizada por meio de 14 poços subterrâneos, igualmente com outorga emitida pelo Inema. Esses poços são monitorados continuamente para acompanhamento da vazão de captação, do nível da lâmina d’água e da qualidade hídrica disponível, respeitando os padrões estabelecidos pela legislação.
Em nossas fábricas do Distrito Industrial de Lençóis Paulista (SP), a água captada é proveniente de seis poços tubulares e de água superficial do Rio Tietê – essa última fonte a 22 km da fábrica. A unidade possui também um sistema de captação de água da chuva. Temos, ainda, captação de água subterrânea em nossos dois viveiros localizados em São Paulo, um no site de Lençóis Paulista (SP) e outro no município de Avaí (SP).
A captação superficial e subterrânea também é realizada em nossas operações florestais que atendem às fábricas de Camaçari (BA) e Lençóis Paulista (SP). Do total de pontos de captação, 37 estão localizados nas operações florestais da Bahia, 251 em São Paulo, 14 em Minas Gerais e 2 no Paraná, cujos direitos de uso são autorizados pelo órgão ambiental competente. O controle e o monitoramento desses pontos são realizados periodicamente, de acordo com as condicionantes de seu licenciamento (leia mais no conteúdo GRI 303-3).
Na Bahia, a captação ocorre em seis rios principais: Pojuca, Subaúma, Itariri, Inhambupe, Sauípe e Imbassaí. Em São Paulo, ocorrem em nove Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs): Aguapeí, Peixe, Alto Paranapanema, Médio Paranapanema, Pontal do Paranapanema, Tietê Batalha, Tietê Jacaré, Tietê Sorocaba e Piracicaba/Capivari/Jundiaí. A captação em Minas Gerais inclui o Ribeirão da Onça, Ribeirão Jacurutu, afluentes do Ribeirão Jacurutu, Rio do Peixe, Córrego Sobrado e Rio Jequitaí. No Paraná, ocorre no Ribeirão Jundiaí.
Avaliamos os impactos relacionados à água por meio de uma matriz que analisa a escala e intensidade do manejo florestal, implementando medidas para prevenir e mitigar impactos negativos. Estudos periódicos avaliam o impacto do manejo na qualidade dos cursos hídricos, com análises até 2024 indicando um manejo não impactante.
Plano de Monitoramento de Recursos Hídricos
Por meio de nosso Plano de Monitoramento de Recursos Hídricos, registramos os volumes captados de forma a atender às condicionantes das outorgas para uso da água e do licenciamento ambiental que são emitidos pelos órgãos ambientais.
Em nossa fábrica localizada no Polo Industrial de Camaçari (BA), a gestão hídrica é conduzida por uma empresa autônoma do polo, que monitora a disponibilidade hídrica em relação ao volume e qualidade. É parte do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos a gestão de riscos e desenvolvimento de planos de ação direcionado a 100% das empresas do Polo de Camaçari (leia mais sobre a gestão da qualidade de efluente em GRI 303-4 Descarte de água).
A Bracell compromete-se com a proteção dos cursos de água naturais por meio da implementação de zonas de amortecimento. Utilizamos dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para georreferenciar todas as informações sobre as fazendas sob gestão da Bracell. Em nosso sistema de informação geográfica, cruzamos essa coleta com outras bases, como as de unidades de conservação, de zonas de amortecimento e de áreas de proteção ambiental. Isso delimita os procedimentos operacionais em cada propriedade da Companhia, a depender das restrições e condições dos planos de manejo (leia mais em Paisagens Sustentáveis e Biodiversidade).
Gestão do consumo
Nossas fábricas têm circuito parcialmente fechado de água, o que permite a reutilização ao longo do processo produtivo, reduzindo a necessidade de captação. Em nossa nova unidade de Tissue em Lençóis Paulista (SP), a água utilizada no processo de fabricação é retirada da própria celulose, purificada no processo produtivo e reutilizada, garantindo menos captação de recursos hídricos e mais eficiência no uso da água.
Na Bracell Papéis Nordeste, em Feira de Santana (BA), as águas residuárias são recuperadas após tratamento e retornam para o processo, garantindo ainda menos consumo de água fresca. Vale destacar que o conceito de circuito fechado é plenamente aplicado na unidade, que foi concebida para reutilizar 100% da água de processo. (leia mais sobre os atributos de sustentabilidade de nossas operações em GRI 2-6 A Bracell).
No viveiro, utilizamos água para a irrigação das mudas. Em nosso viveiro localizado na Bahia, também temos áreas de florestas plantadas de eucalipto. O excedente da água utilizada na irrigação é direcionado para sistemas de drenagem, infiltrando-se no solo dos talhões de eucaliptos. Nas operações de manejo, a água é utilizada para diversas finalidades, incluindo o molhamento de mudas, a preparação de caldas para aplicação de produtos químicos, o combate a incêndios, a umectação e manutenção de estradas florestais e a lavagem de maquinários.
A Bracell Bahia colabora com entidades públicas e a comunidade para garantir o suprimento sustentável de água, monitorado por uma empresa autônoma no polo de Camaçari, que identifica riscos e estabelece planos de ação (leia mais no conteúdo GRI 303-2 Gestão de impactos relacionados ao descarte de água).
A fim de assegurar o uso adequado da água, é realizado periodicamente o monitoramento ambiental em nossas operações florestais e industriais, tanto em São Paulo quanto na Bahia. Esse monitoramento é conduzido por laboratórios acreditados na NBR ISO/IEC 17025, incluindo análises da qualidade das águas subterrâneas e superficiais, e da potabilidade para água de consumo humano, assegurando conformidade com as legislações vigentes.
Gestão do descarte de efluentes
Nossas fábricas de celulose têm certificação ISO 14001/2015, que garante a identificação sistemática de pontos críticos de consumo, por meio de uma ferramenta interna de gestão de aspectos e impactos ambientais, que estabelece controles específicos, como limites de consumo e estratégias de reúso/redução.
Somos a primeira empresa do setor de celulose no estado de São Paulo a adotar tratamento de efluente em três fases:
-
Primeira fase: remoção de fibras e compostos inorgânicos, utilizando processos mecânicos para separação de resíduos sólidos;
-
Segunda fase: tratamento da matéria orgânica por meio de sistemas biológicos, que reduzem a carga orgânica do efluente;
-
Terceira fase: polimento final do efluente tratado por meio de um sistema de flotação química, garantindo a qualidade do efluente antes do retorno ao Rio Tietê.
O tratamento terciário de efluentes permite uma performance capaz de manter uma eficiência de remoção de carga orgânica, medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), de aproximadamente 98% – resultado superior ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011). Além disso, cerca de 92% da água captada do Tietê é devolvida ao rio após o processo industrial como efluente tratado.
A abordagem da organização para estabelecer os limites de descarte é baseada em regulamentações ambientais, incluindo o art. 18 do Decreto nº 8.468/1976, o art. 16 da Resolução Conama n° 430/2011, o Termo de Referência Cetesb, o Parecer Técnico 072/18/IPSE e certificações como Nordic Swan e EU Ecolabel (leia mais no conteúdo GRI 2-6 A Bracell).
Na fábrica do Polo Industrial de Camaçari, depois de consumidas no processo produtivo, as águas residuais são coletadas e direcionadas para o sistema de tratamento interno da Bracell, que conta com sistema de decantação. Em seguida, o efluente orgânico é direcionado para a Cetrel, empresa responsável pelo tratamento secundário biológico (lodos ativados), com garantia de remoção de carga orgânica superior a 95%. Após essa etapa, o efluente tratado é direcionado por um emissário para lançamento no oceano, em atendimento à legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011) e a determinações do órgão ambiental estadual, o Inema.
A Bracell opera com padrões de qualidade de efluentes que superam as exigências regulatórias nacionais, destacando-se pelo rigor no monitoramento e tratamento de parâmetros como DBO e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Nas operações de São Paulo, a DBO opera com níveis aproximadamente 98% superiores ao exigido pela legislação federal (Resolução Conama n° 430/2011), refletindo a eficiência do sistema de tratamento terciário exclusivo da Companhia. Nas operações da Bahia, o monitoramento contínuo da DQO garante a eficácia do processo primário, enquanto a eficiência na remoção de carga orgânica é assegurada pela etapa secundária – que, devido à mistura com efluentes de outras indústrias no complexo, não permite mensuração direta do resultado específico da Bracell no efluente final lançado via emissário submarino.
RR-PP-430a.1 Porcentagem de fibra de madeira proveniente de (1) áreas florestais certificadas por terceiros e porcentagem para cada padrão e (2) atendendo a outros padrões de fornecimento de fibra e porcentagem para cada padrão
A Bracell conduz suas operações florestais em conformidade com os padrões do Programa para o Endosso da Certificação Florestal (PEFC), garantindo um manejo ambientalmente responsável, economicamente viável e socialmente benéfico. Com a recertificação das áreas de plantio, atualizada em 2024, se dá início a um novo ciclo de cinco anos, no qual a empresa se compromete a seguir os princípios da norma e realizar auditorias externas anuais de suas operações.
Toda a madeira utilizada na produção de celulose é verificada sob padrões de certificação, sendo, em São Paulo, 70% proveniente de áreas florestais certificadas sob manejo da Bracell e 30% de fontes controladas. Na Bahia, 90% da madeira utilizada na produção de celulose é certificada, enquanto 10% provêm de fontes controladas.
Monitoramos 100% da madeira. Todos os fornecimentos passam pelo Due Diligence System (DDS), que identifica riscos ambientais e sociais, evitando a entrada de madeira de fontes controversas, alinhando-se ao compromisso da Bracell de não adquirir madeira de origem duvidosa.
No ano, 73 parceiros comerciais forneceram madeira de fonte controlada para as fábricas de São Paulo e Bahia. A Bracell realiza inspeções documentais e em campo, verificando a conformidade com práticas sustentáveis, como contenção de vazamentos de óleo, destinação adequada de resíduos, proibição de queimadas para limpeza e respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs). Além disso, a unidade da Bahia é certificada pelo padrão NBR ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental.